Suor Sangue A Lagrimas
TEU CHEIRINHO DE SUOR - João Nunes Ventura
Oh! Mocinha bonitinha
Teu dengo teu rebolado,
Até me deixa alucinado
Logo teu corpo balança,
Cabocla da minha terra
Meu docinho meu xodó,
A tua alegria dar um nó
No frenesi da tua dança.
Teu corpinho de mulher
É um gosto bem melhor,
Joga em mim teu feitiço
Com teu cheiro de suor.
Oh! Linda princesinha
Este teu cheiro de fulô,
Apimenta o meu amor
Um gosto bem melhor,
Teu cheiro de lavanda
Foi capricho do Senhor,
E assim tem mais valor
O teu cheirinho de suor.
E no fim de tudo sobra o cansaço, do abraço apertado, do respirar partilhado, do suor bem colado;
sobra o silêncio nas palavras, não caladas, tão bem declaradas, com amor, com ternura e com paixão declamadas;
sobra a cabeça apoiada, no ombro deitada, pelos dedos tocada de suave canção.
E no fim, bem no fim do furor, sobra a paz sossegada e a paixão encerrada no gemer da explosão.
E assim é o amor!
JÁ PROVADO
Dinheiro ganho com o suor do rosto,
Não é consumido sem mensuração.
Aquele que gasta à toa só por gosto,
Deve ter auferido da dita corrupção.
Uns enxergam apenas ondas. Outros descobrem nelas sua própria identidade, enquanto mar, suor e lágrimas.
#filosofiadosurf
Podemos perder tudo o que conquistamos com o nosso suor, isso faz parte da vida e assim sempre será... O que jamais podemos perder é A FÉ, O AMOR E A ESPERANÇA...
Sei que a maioria dos trabalhadores honestos derrama o seu suor sagrado para ganhar um mísero salário para sobreviver e sustentar sua família, apesar de tudo, com a graça de Deus e que aliás deveriam agradecer-lhe todos os dias por ter um emprego para garantir aquele mísero salário.
Tenho certeza de uma coisa; O dinheiro nunca vai ser sagrado, mesmo aquele ganho com seu suor derramado.
O Vale
Vale nasce,
Vale cresce,
Vale se expande e aparece
Vale brilhante
Vale ouro
Vale o suor e o diamante
Vale verde
Vale azul
Hoje pobre, quase nú
Vale da dor
Vale da cor
da cultura e do calor
Nosso Vale tem valor
Suas cidades são seu mundo
Seu povo, seu louvor
Suas águas massacradas
Ainda oferecem o seu amor
O nosso povo se orgulha,
E não sente vergonha
De dizer à todo mundo
Sou do Vale do Jequitinhonha
Descendo nas águas mansas
Pode ver-se que localiza
A margem direita do rio
A cidade de Salto da Divisa
Uma cidade de talentos
Gente que faz com habilidade
Mas que vive no desalento
Pela falta de oportunidade
Em mostrar sua capacidade
Esta cidade tem um sonho de verdade
Incentivar e mostrar a toda população
Que a riqueza cultural do Vale
Não é imaginação e sim realidade
Vale nada
Vale tudo
Vale a expressão e vale o mudo
Vale cara risonha, cara amarrada
Cara tristonha e cara gozada
Vale cores, falas e cantorias
Batuques, desejos e folias
Vale viver
Vale entender
O saber e o crescer
Vale valer.
Vale tudo que vier
Vale tudo que puder e quiser
Valeu o valor e o amor falado
criado, preservado, manifestado e expressado
Pelo pobre mas, nobre
Vale do Jequitinhonha.
Jádia Elane Oliveira, julho de 1996.
Vivo o tempo de brisa suave,
mas o suor derramado já me fez ver
que, como dizem,
não vim ao mundo "a passeio".
Cika Parolin
O carnaval é do diabo
a festa da carne
do suor
do gosto
do povo
o feitiço que atiça
que belisca e trisca
e feito isca
vai e se joga
quando o eu sai do armário
tira do rosto
aquela peça de antiquário
põe na cara um sorriso
sem motivo
só por estar vivo
se o diabo criou isto
meus parabéns
muito agradecido
Plante!
Não espere pela sorte.
Plante para colher
Teu suor é ouro que alimenta
É o sagrado pão que te faz viver.
Não espere pela sorte
Na vida é jogo de azar.
É o prazer da vitória
Que Deus vai valorizar.
Todo Nordestino de verdade
Traz n'alma e no coração
o suor
a simplicidade e
a poesia plantada
em seu pedaço
de chão .
Jeito Simples
É preciso salgar a terra
Com o suor do amor
que escorre pelo corpo temperado
das lidas diárias.
Há que pisar o chão e o acariciar
com os dedos dos pés sagrados
Sangrando o barro que amassado
Mistura-se na pele dourando o caboclo
Tora de aroeira
Pé de pau-brasil.
E ninguém viu
Sua choupana atrás do morro
Ser levada pela enxurrada
E ele nem chorou.
Por que caboclo não tem lágrimas
Tem é brio
Tem é garras de águia
e dentes de tigre
Pra estrangular a caça mal cozida
Feita na panela de ferro e no fogão de lenha
Que o gás esse não exite lá
Na casinha, agora feita de sapé
Amarrada com embiras.
Fazer o quê?
Esse é o jeito simples e belo
De se viver.