Suor Sangue A Lagrimas
EFÊMERO
Quando me percebes, já passei.
O pulsar acelerado
O olhar dissimulado
O suor apresentado
Nada ali ser sou!
Inverno e suor
São nas noites impetuosas de inverno,
Quando o suor invade nossos poros,
Que percebo em nós até onde nossas quimeras amorosas podem nos levar.
Nos levam a conhecer as estrelas em
céus nublados; às aguas salgadas dos rios, por nosso gotejar; à sobrevoar pelos jardins na negritude, quando são nossos pés que nos levam por percorrer.
É o suor mais picante e desejado da que é só eterno delírio.
Dias cinzas, calor na nuca, suor nas mãos, sua vontade morre, voce morre por dentro,em épocas assim não busque a felicidade e sim o conhecimento para saber lhe dar como épocas como essas.
Toca o telefone
Alguém diz:
“Alô”
Os joelhos ?
Estremecem
A voz ?
Ela desaparece !
Suor, arrepios, tremor
Mas por fim
A coragem aflora e ele diz:
“Foi engano”
Lute pelos seus objetivos até derramar o último pingo de suor, até esgotar o último ponto de sua bateria, até atingir o limite máximo, até que seus sonhos seja realizado...
Élcio José Martins
O TEMPLO DO TEMPO
O templo edificado,
De luta e suor sagrado,
Extirpa nódoas do passado,
Do teatro representado.
A vida que descerra,
A bandeira branca na terra,
Corta o verde da serra,
De sangue vermelho encerra.
No teatro da ilusão,
Faz poesia o coração.
Encanto d’alma sem razão,
Do cárcere sem prisão.
Julga o júbilo ao avesso,
Sem nome e endereço.
Rasga seda de adereços,
Das vindas e recomeços.
A lua da madrugada,
Rítmica e desvairada,
De holofotes e camaradas,
Das fronteiras desarmadas.
Na construção do saber,
Reluz um amanhecer.
Anoitece no escurecer,
Vislumbra o conhecer.
Do pecado consumado,
Do delírio rebuscado,
Encanta a alma do famigerado,
Brinda o brado redobrado.
Chora o peito magoado,
Do sentimento esmagado.
Das promessas do passado,
Aspas fechadas do cérebro brindado.
Vem do sol a esperança,
Do seu brilho a confiança,
Do seu calor a temperança,
De sua beleza a perseverança.
Contrasta força e educação,
Dá namoro solução e precisão.
Enlace de poder e decisão,
Lua de mel pedem os filhos da nação.
Élcio José Martins
Lutar sempre, desistir jamais, pois só se sabe o valor da vitória, quando é conquistado com o suor de sua carne.
imagino a luz do teu corpo nu
sobre o chão, frio o suor escorre,
bebo seu prazer, que um delirio,
entre muitos momentos te amo...
sendo teu prazer seu ego,
doida desvairada pelo amor,
torna se paixão que consome até o tempo
entre esse patamar julgo ser merecedor
de um beijo eterno e perfeito.
mas tudo tem um tempo e um desejo,
coberto na imensidão do teu corpo
escorre um mel de prazeres ocultos...
Chegar ao cume de uma montanha é a arte de deixar gotas de suor na estrada, noite e dias de lutas, planejamentos e abdicação dos finais de semanas de laser por objetivos fixados na sua vontade de vencer.
Um olhar!
Tem quase nada na mesa
de que adianta o suor
se a seca na natureza
está cada dia pior
e esse olhar de tristeza
de quem não tem a certeza
de um futuro melhor.
Suor
Pingos sórdidos passeiam e se deleitam em corrimão
São quenturas mínimas, brotadas no seio do coração
Vem de baixo, vem de cima, em uma única mão
São linhas desalinhadas de umidade escorridas em combinação...
Fervidos, salgados, em total desobstrução
Saídas de orifícios com encontros sem razão
Que mergulha e embebeda as curvas do divã
No corpo fervido em sinuosa e mortal pulsação!
São orvalhos que levam o corpo e alma em consagração
Atreladas a passeios em corridas mãos
Nas doces danças do luar em constelação...
Assim são eles, que iluminam as candeias da paixão
Que brincam em conforme intuição
Os prazeres comuns de um organismo em conspiração!
Só sabe o quão é gratificante e valoroso chegar ao topo da montanha quem realmente deu o suor em sua subida.