Suor Sangue A Lagrimas
Eu considero todo o nosso povo como amigo. E, geralmente, aqueles que agem de forma hostil estão apenas refletindo o veneno que alguém colocou neles.
(Muhammad Ali)
O trabalho do mensageiro não é discutir ou explicar a vida pessoal dele. O trabalho é entregar a mensagem.
Amor e Desejo
Amo sua presença constante
Sua voz, gemidos, sussurros...
Sua tez, pelos, suor,
Seu jeito de andar, falar, calar,
Seu corpo, sua alma, você...
Desejo sua libido
Seus suspiros em meus ouvidos
O calor de sua pele na minha
Seus passos, sua alegria, seu silêncio
Seu corpo, sua alma, você...
Amo seus olhos
Sua boca, seu amor
Braços, abraços
Seu corpo, sua alma, você...
Desejo seu olhar profundo
Seus beijos famintos
me refugiar em seus braços
Em seu corpo, sua alma, em você...
Acordei e já me sentia tenso com sua imagem tentando pleitear a realidade. Suor correndo na testa, olhos ainda fechados a resgatar o que fizeste comigo em meu sonho. Lembro-me da sua nudez, do brilho da sua pele, da lascívia em teu olhar e da vontade imperativa com que laborava em meu corpo. Abro os olhos lentamente e ouço ao longe, como uma cantiga, sua voz rouca a pedir mais, e mais e mais e mais...
A cada dia, a cada passo dado, a cada troca de olhares, a cada suor derramado, você
me atrai mais. É como se fosse dois corpos magnetizados
O suor e o cansaço fazem parte dos meus passos
O que nunca esqueci é de onde vim
E o que tem por dentro ninguém pode roubar
Não se torna um fotógrafo num passe de magia, não convertemos sonhos em realidade; é preciso suor, determinação e muito trabalho.
... Emoção...
... ah, que suor! Escorrega junto aos dedos, aos sussurros nos ouvidos, tine n'alma sem ter medo, tantas sensações e intentos que intensificam no interior, palavras que fumegam os pensamentos, um sopro carinhoso no ouvido que translada a outro mundo, perdendo o sentido da razão; ecoa e emana uma tremenda emoção, que norteia e oriunda de tamanha ilusão, porém é muito bom, pois se trata de carinho e muita atração, que encanta o coração: faz de mim?! Um escravo desta sua deliciosa paixão!...
... sivi...
Entre nós
Entre os teus cabelos,
Meu suor.
Entre a tua paz,
Meu descanso.
Entre os teus olhos,
Meu mundo.
Entre a tua alma,
Meu encanto.
Entre a tua dor,
Meu lamento.
Entre a tua voz,
Meu canto.
Entre os teus braços,
Meu corpo.
Entre o teu coração,
Minha alma.
Entre a tua vaidade,
Meu elogio.
Entre o teu caráter,
Minha admiração.
Entre teu sorriso,
Minha dor.
Entre a sua verdade,
Meu amor.
A glória do vaqueiro.
Seca, suor e glória
luta, fome e destino
marcam toda trajetória
do povo de Virgulino
do couro tem a memória
do símbolo da história
do vaqueiro nordestino.
Florestas
Caminho na sombra desse verão mórbido
Que encharca-me de suor e lágrima
Não está aí minha poesia, mas vive.
Meu verso é de lágrima e pranto,
E também é de riso e encanto.
Aprisionado à floresta que me assombra o canto,
E o faz voar, meu poeta do mar.
A via crucis do poeta é a trilha que o nomeia.
Porventura condenado ao sufrágio divino e exaustivo
Da floresta negra, onde caminho
E com vocábulos cortantes que ora encaminho:
Exprimo.
Não lavo os sapatos quando sujos de lama,
E rego as flores, mas não as adoro
Quando me reencontro com o lar e sento no sofá.
Se me nego a cumprir os rituais
Se escondem as palavras principais,
Mais essenciais
Ou deslizam secas pelo papel.
Pois a cor destes versos estão lá!
Na floresta maldita
Vibrando frias, tragando arte perdida
Poesia que uma hora, foi dita
E esculpida em cor:
O azul do pranto
O vermelho dos olhos abatidos do sufoco
O amarelo do sol escaldante,
Do verão mórbido
E o preto, do limbo amniótico.
Das cinzas.
Das cinzas da alma aprisionada,
Reduzida a pó nas chamas da paixão
Nas chamas da liberdade pós prisão.
Que queimam o árduo desejo impossível
E ferve-me o sangue escarlate,
Do poeta do oceano
Sangue corrompido de pureza,
Que inventamos para explanar
A grande vergonhosa fraqueza.
Ao poeta fraqueza não é vergonha
É corrente que leva e inspira renascimento
Como uma marcha aérea das cegonhas.
O poeta cego ainda é poeta,
Se o que escuta ainda pode lhe trazer a tristeza
Ou se com as mãos ainda pode tocar o aço da morte
Mesmo que na floresta divina,
Limpa de escuridão
Os galhos não são mais os mesmos
Retorcidos e sombrios.
Mas ainda são tão galhos quanto, e sua beleza
É sobreposição; contraste.
Embora agora galhos mais jovens, lúcidos
São só detalhes, e digo:
Sua beleza sobrevive de outros,
Galhos loucos, que vivem expostos
Contorcidos numa dança de fuga de suas próprias raízes.
Dentre a fenda dimensional que parte,
Dois mundos cósmicos sagrados:
A insanidade e a verdade.