Suor Sangue A Lagrimas
E, ao te deixar em casa, elas nunca te abandonam: as lágrimas. Cada gota que escorre dos seus olhos tem efeito corrosivo no meu coração e, quase sempre, também fogem de mim. Filho, nossa ligação é maior que tudo nesse mundo. Te amo infinitamente!
Coração no Varal
Meu coração
Está pendurado no quintal
No varal, secando as lágrimas de aflição
Pingando agrura funeral
No sol, na chuva ao relento
Com a emoção amachucada
Frágil ao vento
Rangendo no peito de um jeito cinzento.
Luciano Spagnol
Mãe que partiu
Tanta palavra partiu com sua materna luz
Tanta dor no peito das lágrimas roladas
Hoje são lembranças eternamente amadas
De tantas distrações e aflições por ti resignadas
Tanta saudade insiste em apertar o coração
Sufocando cada pedaço que resta de emoção
Que dorme na memória recente do seu abraço
Que ainda caminha embalada por seus passos
Para aliviar o brutal rompimento deste laço
Tento buscar na ausência algo para amenizar
Mesmo na distância que nos separa imaginei
Mil formas de afeto e amor pelo vento mandar
E novamente nos seus carinhos me encontrei
Levaste pedaço de mim para a sua eternidade
Marcada com cada lágrima desta cruel realidade
Consoladas nos ombros que na vida eu cruzei
Dos meus vazios momentos que de ti lamentei
Mãe, mesmo ausente é ensinamento presente
É caminho com as suas pegadas ainda recentes
De força, ação, amor, doação, calor, confiança
Agasalhando-me com seu manto de esperança
O céu festeja sem que eu ainda seja convidado
Seu filho por ti amado exalta o dia em oração
Por gesto singelo vai a minha voz de saudação
De eterno dia das mães entre nós ou sobre nós
Nos seus conselhos de mãe recorremos a vós
Em meditação, em nossos momentos de aflição
Mãe que partiu... Sua bênção!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Rio de Janeiro
19 de dezembro de 1987
à minha mãe
MÁSCARA (soneto)
Bem sei das lágrimas na existência
Das dores ferinas no frágil coração
Onde o sangue se põe em ebulição
E a tristura traja de aflitiva aparecia
É onde borbulha em febre a emoção
Os devaneios são conflitiva essência
O peito atormentado quer clemência
E a vida chora ao se achar no chão
Nesta taça de amarga providência
O olhar no olhar, a doce compaixão
Pra ter esperança, tendo paciência
Então, da ventura fugaz, a ligação
Do amor com o amor, é sapiência
Sem máscara, pra existir a razão
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Lágrimas de fé, lágrimas de dor, gotas lacrimejando e deixando transparecer um sentimento de amor.
Lágrimas de solidão, talvez de ilusão, lágrimas sem sentido, que derramando contínua, sem nenhuma razão.
Lágrima sentida, doída, que toca minha pele, escorrendo sobre o meu rosto, revelando toda a minha emoção.
Lágrimas de carinho, de alegria, de saudades ou mesmo da paixão.
Lágrima minha, brotando sincera e que vem verdadeira, de dentro, lá do fundo do meu sofrido coração.
Pensei em desistir, mas lembrei das lutas vencidas, do suor derramado e das lágrimas de alegria, assim posso erguer-me confiante para me manter nessa guerra constante.
A Fé nos inspira a florir no deserto
alimentar cada semente com suor e lagrimas
na adversidade dos dias...
cuidando para não secar,
com amor a semente irá germinar...
Letras Em Versos de Edna
Sou um molde de lágrimas feito do meu suor flagelado rasgando do meu observar calejado de encarar com um olhar duro as sombrias maldades da vida.
Espantalho
Já derramei muitas lágrimas,
Já expeli muito suor,
Nunca fui o suficiente,
Mas sempre dei o meu melhor,
Por pouco não me entreguei,
Já quis desistir eu não nego,
Vi muitas coisas que me deixaram triste,
Por isso finjo ser cega,
O medo e a insegurança,
Tem sulgado minhas energias,
O medo leva minha esperança,
A insegurança leva minha alegria,
Sou formada de retalhos,
Vários pedaços machucados,
Algumas são cicatrizes recentes,
Outros são feridas do passado,
E é por isso que eu,
A menina feito de retalho,
Para espantar aquilo que me faz mal,
Me tornei um espantalho
Quanto mais suor cair do teu rosto, mesmo se misturando as lágrimas, mais recompensado tu serás com conquistas.
O suor que cobria o teu rosto, também eram as minhas lágrimas
a procura do lenço nas tuas mãos, que por muitas vezes,
não tive coragem de segurá-las.
As lágrimas que lentamente deslizavam-se sob a tua face,
pouco a pouco molhavam o teu leito.
Eu, disfarçadamente via aquela triste e inesquecível cena
desejando a tua dor, desejando até, ser Deus,
mas, quisera eu, não só e tão só... Poder enxugá-las.
Não pude evitar que aquelas seriam,
as primeiras e as últimas lágrimas vindas de ti,
que estarrecidamente presenciei.
Páginas escritas com lágrimas e suor.
Vidas deixadas por medo de conquista-las.
Amores gastos pela rotina.
Nesta vida nada se ganha,mas tudo se perde em um jogo diário de sobrevivência.
Não deixe a mão que enxuga o suor do rosto enxugar lágrimas de desgosto. Não vai ser em vão as noites mal dormidas ...
Na penumbra da noite
O corpo cansado está quente
O suor mitura-se com lágrimas
Tudo tão frio, amargo e deixado para trás.
Ontem quando você me tocou senti naquele abraço as lágrimas do seu corpo. Esse suor era da dança, mas bem que poderia ser do nosso amor.