Suor Sangue A Lagrimas
Que amor é esse que me leva às lágrimas...
Que amor é esse que me leva à consumir-me...
Que amor é esse que me leva à esvaziar-me...
Que amor é esse que me revira ...
Que a amor é esse que me balança...
Que amor é esse que me faz permanecer...
Que amor é esse que me faz sentir especial ..
Que amor é esse que me acalma...
Que amor é esse que me esquenta..
Que amor é esse que me controla...
Que amor é esse que me liberta..
Que amor é esse que me aprisiona...
Que amor é esse que me traz esperanças...
Que amor é esse que me traz paz...
Que amor é esse que me estremece....
Que amor é esse que me move e ao mesmo tempo me estaciona...
Que amor é esse que me faz duvidar e ao mesmo tempo confiar....
Que amor é esse que é distante e ao mesmo tempo tão perto...
Que amor é esse que me confude e ao mesmo tempo me pacifica...
Que amor é esse que me tens perto e ao mesmo tempo tão longe...
Que amor é esse que me leva às nuvens e ao mesmo tempo me coloca de pés no chão...
Que amor é esse que mesmo não vivido me faz sentir saudades..
O fim....
Há de se pensar...
O fim será o começo?
O fim nos leva às lagrimas.... E o começo também...
O fim é doloroso... E o começo esperançoso...
O fim é desesperador... E o começo espera...
O fim é ventania... E o começo brisa....
O fim medo... E o começo confiança...
O fim desalento.. E o começo aconchego....
O fim nos tira as forças.... E o começo nos fortalece...
O fim nos despedaça... E o começo nos restaura...
O fim nos revela como somos .... E o começo nos faz deixar cair as máscaras...
O fim é arrebatador... E o começo acolhedor....
O fim é frio.... E o começo calor....
O fim é ventania.... E o começo brisa....
Enfim, o fim é necessário... E o começo essencial...
O espaço entre o fim e o começo é tão distante e ao mesmo tempo tão próximo.
Há de se pensar ...
O fim será o começo?
Olhe bem para as lágrimas, que escorrem em minha face, pois elas secaram um dia,e quem sabe, outra pessoa, possa me fazer sorrir.
minhas lágrimas completavam o mar
por cima dele muitos navios passaram
alguns com vontade de me tentar pisar
outros nem em mim repararam
é verdade que me magoas-te
e fizeste-me chorar
mas lembra te que um dia
essas lágrimas irão te afogar
Na vidraça
Do meu peito
Bate chuva,
Lágrimas,
São pingos,
Enxurradas,
Lembranças
Saudades
De tardes
De músicas,
Olhares,
Fantasias...
Bate no peito
O desejo,
Viver,
Reviver
O que fomos
O que podemos ser
Rios de sonhos,
Mensagens,
Telefones...
Que saudade
Que vontade,
Que desejo,
De nós.
Só fique triste o tempo suficiente para que tuas lágrimas reguem teu coração para nascer mais flores, mais amores.
Serei com você
Nos momentos de dor onde lágrimas iriam rolar, você se aproximou e confortado meu coração eu sorri,
Quando por tristeza o meu coração se calava, você a mim canto, e ao ouvir a sua voz de alegria eu pude gritar,
Estando eu ao ponto de desistir, me encorajou a prosseguir lutando, venci,
Ao seu lado me sinto bem,
Quero sempre estar com você,
E no momento que necessitar, quero estar ao seu lado para lhe auxiliar,
Antes era eu, agora somos nós,
Seremos um pelo outro,
quando notar que não irás conseguir sozinho, chama-me,
Estarei sempre ao seu lado para te apoiar.
"A noite para mim não é apenas noite,é lembranças,lágrimas,solidão,também é inspiração,pois na calada da noite posso ser quem eu sou e me expressar verdadeiramente sem pincelar a verdade."
A morte também chora comigo.
As lágrimas escorrem sobre a tua face fria e escura, tão sombria.
Posso ver a morte chegar.
Aquele choro doía tudo por dentro e, nos dava uma enorme sensação de tristeza.
Eu, vendo aquele espírito chorando, pedindo por mais uma chance de misericórdia de coração arrependido, posso ver a morte chorar.
A procura de paz no seu peito machucado e ferido.
Não podendo fazer tal coisa, aquele espírito fez com todas as almas que ele mesmo levou para o inferno, se comoveram.
Mas nada podemos fazer o príncipe das trevas, o rei de todas as almas, no mundo dos mortos, também chora.
A morte também chora por sua morte.
Naquele lugar de almas perdidas, a morte também chora de saudades e solidão.
Nós a acompanhamos no ritmo meloso, também choramos por estarmos mortos.
Choramos por estarmos mortos.
Quando te vi pela primeira vez, segurei as lágrimas. Eu finalmente tive a certeza que Deus existe, e Ele deve ter o teu sorriso.
NATURÁLIA
A flor enrubesceu
Ao beijo do colibri
E duas lágrimas rolaram
De timidez e de emoção.
(poesia classificada em 2.ª lugar no Concurso de Poesias de Piedade/SP,
em 1993)
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
PEREGRINAÇÃO
Sobre o Himalaia da imaginação
Além, muito além das insondáveis alturas,
Através da névoa dos tempos, das eras,
Navega o peregrino das estrelas
Viajante do tempo, das dimensões.
Além, muito além das insondáveis alturas,
Num mergulho nas dimensões interiores,
Céu e Terra se fundem na imensidão
Do cosmos, do infinito, dos universos.
Através da névoa dos tempos, das eras,
Quantas roupagens, quantos fardos, quantos encontros.
Ascender, ascender, ascender,
Sempre e sempre, rumo ao amanhecer
D’outras existências, d’outras transcendências.
Sobre o Himalaia da imaginação
Além, muito além das insondáveis alturas,
Através da névoa dos tempos, das eras,
Navega o peregrino das estrelas
Noutras certezas, noutros encantos, noutros encontros.
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
Homenagem a vinicius
Não quero rir meu riso
Nem derramar meu pranto em vão,
Por vãos gemidos.
Quero, sim, rir meu riso
E derramar meu pranto
Por vãos d’almas afins.
Não viverei vãos momentos
E por tudo serei atento
Pra me lembrar da vida
Que é eterna, ainda que chama
E infinita em si mesma.
(inspirado na poesia “soneto da Fidelidade”, do inesquecível poeta, Vinicius de Moraes.)
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
Metáfora
A imensidão é meu destino
A plenitude, meu regaço.
Por tantas terras percorri
Por tantas existências eu vivi.
Tenho por inevitável fado
O desabrochar da luz
Da luz que arde, da luz que queima,
Qual fogo amigo em noites frias
Aquecendo reminiscências.
Tenho por horizonte o infinito
E em meu caminhar alígero
A pressa de chegar;
Chegar ao portos d’outras conquistas.
A imensidão é meu destino,
A plenitude, meu regaço.
Nesta cósmica metáfora
Fecho as portas do passado
Pois sou futuro,
Neste eterno agora!
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
Cristálida
Cristal, crisálida, cristálida
Desabrochar da luz
Em pétalas, em néctar, em sóis.
Explosão de auroras boreais
Despertar de mágicos cristais
Cristal, crisálida, cristálida
Sob os brilhos astrais, vendavais
De sons, de cores, de flores.
Nave luminosa, em voo final
Sonho de amores, sonhos siderais
Cristal, crisálida, cristálida
Sob as vestes angelicais
Fluir, fluir, além dos Portais.
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
CORRENTEZA
Peixe que sou, de todas as águas
Nado contra a correnteza humana.
Nado em direção aos oceanos
Pois, vasto que sou,
A imensidão é meu destino.
Passam por mim muitos cardumes
E, rindo e zombando
Amofinam-me: tolo, tu és!
Vais contra todas as tendências.
E passam os cardumes
E passam as maltas
E sigo eu, pequeno peixe,
Nadando contra a correnteza humana
Seguindo outras tendências dos rios,
Rumos aos oceanos
Pois, vasto que sou,
A imensidão é o meu destino.
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
TRANSCENDÊNCIA
Fosse eu apenas esta forma aparente
Seria feito pássaro empalhado
De bela plumagem tratada
Mas de baço brilho, mudo canto.
Fosse eu vida finita, luz passageira
Seria feito vetusto farol
De grossas, imponentes paredes
Mas na costa, escuro, aos ventos.
Sou bem mais que um simples grito
Ecoando nas praias do mundo
Através da vida, dos tempos.
Sou pássaro sem correntes,
Pelas ameias a voar,
De meu castelo de ilusões,
Rumo ao horizonte.
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
NAVE MINHA
Nave minha, me leva a outros rumos
Não me deixe em rota de colisão
Com meus desacertos.
Leva-me além dos sombrios horizontes
De meus erros
Além do palco escuro dos desencontros
Da triste, da medonha escuridão
De ser cruel, tirano, juiz alheio.
Leva-me, nave minha,
Ao encontro da luz, do dia, da vida,
Aos cumes dos grandes sonhos.
Leva-me aos ares das delícias puras
Rumo aos prados onde brincam, livres, seres outros,
Que alcançaram, da vida, outros Portais.
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
UNIVERSO
Universo, verso de meus versos
Trilha de meus anseios.
Universo, vasto, profundo;
Navegar por seus portais
Pelas dobras espaciais;
Conhecer a vida pulsante
Além, além das fronteiras
Do tempo, das dimensões.
Universo, por teus mares,
Velejarei pelas praias da comunhão
Até o porto, infinito porto,
Da eterna iluminação!.
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
MÃE TERRA
Terra, Mãe Terra, em teu seio depositei,
Há éons, a luz de meus cristais.
Na mudez de minhas formas,
Fui ígnea rocha, no cadinho de tuas entranhas
Até a plenitude de bela cordilheira.
Cresci mais, e encontrei guarida
Nas pétalas de tuas flores
E perfumei os ares,
Transfundindo o amor do Pai.
Galguei outros degraus
E encontrei o instinto, dos irmãos animais
E rugi alto meu grito, de domínio territorial.
Cresci mais e mais e, pela primeira vez, chorei.
Chorei as lágrimas do incipiente entendimento
De que era bem mais do que átomos
De rochas, flores e animais.
E, mesmo assim, ainda era parte
Da mesma terra, do mesmo mar, do mesmo amor.
Era apenas a primeira rocha que, lapidada,
Espalhou a luz de seus cristais
E, feito homem,
Agora, era anjo, em voo sideral,
De volta, ao Pai Primordial!
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
SIMBIOSE CÓSMICA
Terra-céu, Homem-Deus:
Simbiose cósmica.
Vive o Pai em mim
Vivo eu por Ele
Ele me ama em cada amanhecer,
Ao abrir as janelas dos mundos
Pra que eu respire o ar da Vida.
O seu sopro de amor é meu alimento
E eu laboro pra Sua seara.
O universo envolve meu Planeta
E meu ser aspira ao brilho
Dos gigantes sóis.
Nesta cósmica simbiose
Sou nota, da sinfonia-Pai.
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
COMUNHÃO
Num segundo finito
Viver a eternidade
Ver sem olhar
Sentir sem tocar.
Estar em toda parte
Sem de um ponto sair
Navegar sem um barco
E em todos os portos chegar.
De uma única gota
Ser toda uma fonte
De um único gesto
Ser todo o amor.
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
OMISSÃO
O sol se deitou, acobertado
Pelo manto rubro do poente...
Mas você não viu.
Nos jardins, as rosas se abriram
Inebriando o ar...
Mas você não sentiu.
Nas ruas, a criança pediu
Do lar, o velho partiu...
E você, nem chorou.
Sob a fúria da cavalaria
A multidão, trôpega, gritou,
Mas, diante da opressão,
Você se calou!
Às portas da Morte,
Você a viu, a sentiu,
Por ela chorou,
Em desespero gritou
Mas a Vida, outrora tão perto,
Repentina, te deixou.
O que tem pra amanhã,
serão lágrimas ou sorrisos?
Seja qual for o sentimento, seja bem vindo.
Afinal, isso é estar vivo.
As pessoas que você mais amava e se foram tornam-se insignificantes perante o tempo e as lágrimas, mas não ausentes do seu coração. Você irá vê-las até o último bater, quando seus olhos se fecharem ao eterno.