Suor Sangue A Lagrimas
"As paredes começam a te sufocar,
Até o brilho dos seus olhos são tirados,
O sangue fica tao gelado que faz o coração congelar
Uma luz vai se apagando.
A dia que amanhece nublado e frio mais que normal."
O verdadeiro ser de um homem está escondido atrás da parede de carne e sangue dos olhos de todos os outros, incluindo dos dele próprio.
Senado e Câmara estão impregnados do mal. Filhos do demônio não se cansam de explorar o povo. Sanguessugas do inferno. Rogo a Deus que baixe sua mão sobre esses malditos.
TENHO UM VAZIO
Tenho um vazio dentro de mim
que se enleia ao meu sangue!
É tão meu, tão ao meu jeito,
que comigo dorme no meu leito ...
Que ninguém fale ... ninguém se espante.
Trago-o desde o dia em que nasci!
Foi no ventre de minha mãe
que cedo, nas águas, o senti.
Imerso em silêncio logo vi,
a solidão vivia em mim também ...
E dei um grito de carmesim
porque o vazio é um abismo
para o qual nunca se vê fim.
E a dor faz nascer o egoismo
como flores secas num jardim!
Contudo, a vida vai passando,
e mesmo assim, nada é diferente,
os meus olhos vão chorando
o vazio vai-se aninhando,
e eu, morrendo lentamente!
Amo-te no intenso tráfego
Com toda a poluição no sangue.
Exponho-te a vontade
O lugar que só respira na tua boca
Ó verbo que amo como a pronúncia
Da mãe, do amigo, do poema
Em pensamento.
Com todas as ideias da minha cabeça ponho-me no silêncio
Dos teus lábios.
Molda-me a partir do céu da tua boca
Porque pressinto que posso ouvir-te
No firmamento.
O ser (des)humano
Eu de carne
Olho aquele de carne
Eu de osso
Toco aquele de osso
Eu de sangue
Sinto aquele de sangue
Eu de cérebro
Admiro aquele de cérebro
Eu de pó
Me sinto melhor do que aquele, também de pó?
Angústia de Influência
A mulher e o toureiro
têm em comum o cheiro
de sangue no esmero da roupa
têm em comum a graça
com que transpassam
a besta com a capa e a espada
têm em comum o estro
poético do gesto antes da
morte, os olhos de martírio
o homem-fera
babuja a bainha da Valquíria
quando
o infinito
lavra no lacre
seu sinete:
a besta expira, atônita
diante da verônica
de Manolete
Imolação
Dentro dos poemas
os espelhos rosnam
cães açulados
o sangue cintila na jugular
Sou devorada pelas imagens
Esta noite meu corpo parou
a pele fria, com tom azulado
o sangue pouco bom
mas os olhos este chorou e meu travesseiro se molhou com gotas de remorso
O sol insistia com seu calor
pronto sempre desperto
entre ele e eu só há uma semelhança
ambos existimos
Tá certo que um de nós
serve para alguma coisa
o outro fica lá em cima parado no céu
Aonde estou, como cheguei nesse estado mental? até ontem estava tudo normal
Ah pronto, me recordo
mas que saco
tive uma recaída para o maldito álcool.
Não carrega nada diluído no sangue por herança de família, traz na ascendência os Silvas que admira por aí.
Somos filhos por adoção, o custo, o sangue precioso de Jesus, que fez de cada um de nós, irmãos em Cristo, e transformou o mundo inteiro em nossos próximos.
Amor e curiosidade pela complexidade dessa criação, e por esse Criador, cuja tinta foi seu sangue que destrói e salva mutuamente! De forma a recompensar cada um de acordo com o sigilo da alma! Para uns sua irá, para outros seu espírito...
Justiça incompreendida pelo homem que julga merecer seu espírito, e inquestionável pelo sábio que compreende a profundidade de um plano celestial na ação e permissão de Deus na injustiça do homem sobre o único homem que foi justo
Ó! tu que foste o primeiro, que testemunhaste a criação, que se banhou no sangue de todas às guerras, que velaste o apogeu e a queda de todas às antigas civilizações, que julga e, sentencia à vida, grande Cronos, senhor do tempo concede-me o poder de acelerar essa noite, para que a aurora venha vertiginosamente, e traga o riso franco de uma criança, a lealdade de um cão, e o amor de uma mãe, a todos.
A ceia
A mesa está pronta!
Ódio, rancor e muito sangue.
O preparo para a comemoração foi lenta.
Passou se quase um ano.
Na mesa o reflexo de uma pessoa gélida e pálida, não há mais coração.
Ela olha a mesa posta, admira com frieza , o jantar está na mesa, não há convidados nessa noite tão sombria.
Suas receitas ninguém provaria.
Na taça o mais puro fel, cultivado nas montanhas das angústias, colhido nas noites sem céu.
A sua direita uma travessa, uma sopa de lamentos, uma entrada delicada que pede acompanhamento.
Pães feito com puro ódio, com a força do horror.
O prato principal, ela não esquecerá o sabor.
Servido em travessa elegante, grande pedaço de desamor, temperado com lágrimas e até com rancor.
Está frio, e sem sabor, mas ela provou.
De sobremesa um sorvete de coração pisoteado e triturado com calda solidão.
Na sua mente ela repassa todas as receitas que usou.
Percebe que de tudo nada mais tem sabor.
Ela olha para o lado e percebe que nada mais ficou.
E nessa grande ceia ela planejou, gostaria de receber um convidado.
No meio do tempero ela veneno usou.
Mas como não tinha convidados ela mesma o provou.
Um dia houve convidado, porém ele nunca mais voltou.
O veneno usado matou todo seu amor.
Nada mais de ceia, nada de amor
Nada de felicidade, ela nunca mais superou.
E num suspiro o jantar se findou.
Renata Batista
26/12/19
ATIVIDADE
Articulações voltadas a um só
objetivo.
Fazer o coração acelerar,
o sangue correr mais rápido,
ter no corpo a máquina perfeita
para o cumprimento de novas
atividades.
Músculos enrijecidos, força
renovada, exercícios completados.
Mente e corpo em um só
comprometimento, desta forma os
corações renovados ficam, o
corpo passa a obedecer de pronto,
ambos aptos, para todos os
movimentos.
Os dias parecem ser diferentes,
melhora a vida , melhora o amor
e todos os sentimentos.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. RJ
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
"Como um raio de sol estival, o beijo, como um maravilhoso sangue novo, correu-lhe nas veias até ao coração que se pôs a bater violentamente, com força e com doçura"