Suor Sangue A Lagrimas
Não é possível um guerreiro ganhar a guerra sem derramar uma gota de sangue, assim como também não é possível conquistar quem amamos sem ter derramado uma lagrima...
Cientificamente refletindo.
É sabido que o nosso coração apenas bombeia o nosso sangue.
Então concluímos que nossos pensamentos são ordenados pelo cérebro.
Então não doarei mais meu coração.
Doarei meu cérebro.
Assim o estudaram e descobriram que não estou mentindo.
Nem no amor, nem na amizade, nem na política.
Em nada!
Só assim meus conhecidos conheceram quem sou
Dou valor a cor do sangue, pois é ele que me mantém viva, é ele que sacia minha sede e é ele que me dá vitalidade!
Eu realmente preciso me mover. Tirar todo teu sangue esparramado em mim, após nossa guerra particular. Rasgar as roupas dadas por você e me vestir de mim. Eu quero o novo, mesmo sentindo o cheiro do velho para me lembrar, em meu café da manha, que o dia sem você não é fácil, mas, sim, melhor para minha sobrevivência.
E quando for tarde...
Tão importante quanto sentir o calor do sangue que corre nas veias é perceber os sinais de uma mulher. Ver o que é preciso mudar para não perdê-la.
Elas mergulham no escuro, se entregam, preferem queimar a vida toda de uma vez ao lado de alguém que lhe importe, demonstram sensações sem dizer uma palavra...
Mas ao silêncio de uma mulher não se pode ser desatento... Tantos detalhes perdidos...
E QUANDO FOR TARDE...
Você vai buscar um sorriso que jamais será seu novamente, vai ver o quanto era importante aquele beijo de bom dia e o calor em sua cama. E vai procurar em cada pessoa com quem se envolver o cheiro da pele, os carinhos... Vai tentar conter a dor, vai chorar... E finalmente admitir que errou em olhar apenas para o próprio umbigo, deixando escorrer pelos dedos uma grande mulher cujo coração tem outro dono.
Desacertos
Façamos um brinde,
Estilhaçando as taças,
Ferindo nossas mãos,
Unindo nossos sangues.
Serão palavras incompreensíveis,
Talvez sugiram um pacto,
Ou tolas promessas de amor.
Desacreditaremos do mundo,
Vivendo unicamente nós.
Serão nossos corações escravos,
De um amor improvável.
O martírio presente,
Dia e noite, pelos séculos
Das nossas existências,
Para fazer compreender
O nosso significado.
Brindemos novamente,
De mãos vazias,
E sangue seco.
Estaremos em silêncio,
Desacreditando de tudo.
Destilaremos nossos sentimentos,
Como lento veneno injetando na veia,
Definhando nossos corações.
Aflitos, em vão acreditaremos
Encontrar, noutros, um sustentáculo
Para o conforto desta condenação.
Doar sangue, uma agulha. Fazer tatuagem, 7 agulhas. Tomar soro e vacina, mais duas agulhas. Saudades do tempo que só furavam meus olhos.
Veia do amor
A mesma veia que leva o sangue para o meu coração
É a que leva amor para os meus pensamentos
Que os tranformam numa bela inspiração
E me fazem viver sentimentos
A mesma veia do amor
As vezes me fazem sentir dor
Mas no fundo uma dor do prazer
Que me fazem sentir
E desejar apenas você.
Calar-se perante uma calúnia é a maior demonstração de que você definitivamente tem sangue de barata!
Seu sangue pulsa no coração alheio, pois não resisto em se doador, pois fui liberto pela aula de amor.
Hoje somos o pecado da carne
Hoje somos o alimento da alma
Hoje perdemos o gosto do sangue
Hoje vivemos em pequenas comportas
Hoje vendemos nossas almas em apostas.
O sangue e alguns retalhos de panos sem peso,
Amanheceram depois da litania dos arrependidos,
Ou oportunistas, que depois de tanto saberem
Fizeram ainda o holocausto, em nome deles.
Ninguém pedira, a não ser suas bocas para dentro,
Nenhum queria retirar-se da última esperança,
E só algumas gotas de sangue, não mais vermelho,
Quase cor de areia, infiltra-se no lugar.
Em meio aos gravetos apagados, pela tempestade,
Ainda em riste erguia o único tronco,
Aonde o esticaram, quebraram suas veias,
Canais que antes tanta bondade escoara.
Julgaram tê-lo tirado de dentro do mundo oco,
Agora muito mais deserto, e ninguém pra se escutar,
Pois que ao justo, exatamente o incólume de qualquer culpa,
Deles se agradaram como ovelha para o abate.
Dos pedaços de pano, que quase não se via,
Dava pra sentir um cheiro brando de cravo se abrindo,
E ele fora pisado, por pés desnecessários, sem valia,
E mesmo assim ardia, em pleno ermo, uma presença santa.
O madeiro, mais afortunado fora lavado,
Com o mais puro líquido. Uma nuvem vermelha,
A deslizar seu lastro, até tocar o ponto onde Ele punha os pés.
E quem dentre tantos maus abortos, poderia sequer querer,
Ter como Aquele justo, a mesma justiça, ser o mesmo Ser.
Um entre todos, o único entre todos, o que nunca igualou-se
A ninguém, nem com o acréscimo desses dois mil anos.
Mas quem julga tê-lo morto, esse realmente morreu,
Quem considera tê-lo tirado, esse sem dúvidas apodreceu.