Suor
O meu amor pingou,
No teu café,
Aroma do meu suor
Eu me faço de leite, esperando ser pingado contigo, embebida aos goles pela sua língua, e saboreada com todo teu prazer pelas suas papilas. Degustada, devorada e deglutida, passo pelo seu sistema digestivo e sou absorvida em escalas no teu corpo. E desta forma, torno-me sua: torno-me a cafeína ligada em seus pensamentos, torno-me o açúcar, torno-me a gordura. Até o momento em que completamente mastigada, reinicio o ciclo.
No teu café,
Fiz risos e vapor
Perfumei.
O calor da minha fervura e o sabor integral do meu leite combinam com seu aroma arábico. Seu sabor marca a minha boca e lava meus dentes, aguçando meus sentidos, para desejar mais e mais goles da tua poção. Seu café é irresistível, e minha gula, inexorável. Exalo seu perfume no ambiente, e estimo seu gosto no meu gosto...
.
Ser feliz com o viver protegido, ungido com o suor de mil anjos. Na boca pequena um grandioso sorriso e aos ouvidos os violinos em arranjos.
Rúbido Viking
Orvalhada de suor
a rubra e alva pele
de penugem carmesim
exalava pelos poros
o odor afrodisíaco
de um óleo de jasmim
Banhado pelo suor
da rubra e alva pele
de penugem carmesim
os meus poros inalaram
o odor afrodisíaco
de um óleo de jasmim
Meu libido foi fecundado
sua virilidade me possuiu!
Quando derramo suor na face e escorre até os olhos, sinto o ardor, demonstrando que na vida nada é fácil.
" Digo de passagem, que ao pesar das pedras e com o suor do cansaço me vi um herói de sangue e alma tramando mais um dia; um guerreiro fazendo a diferença "
Eliminar catarro, suor, diarreia e outros, é um processo natural de limpeza do corpo (banho interno) , não é doença.
Sou povo, sou cor
Sou o povo brasileiro
Sou dono deste lugar
Com sangue, suor e luta
Fiz desta terra meu lar.
Tenho cor acentuada
Missigenação de raças
multe colorido eu sou
Tenho o fogo nas veias
e no coração o amor!
Eu vim de outras terras
E também estava aqui
Sou índio, preto, mulato
Todos estão em mim.
Tenho a cor acentuada
Missigenação, sou raça
Multe colorido eu sou
Força da união do povo
Da força que tem o amor.
Exijo respeito ao meu sangue
Respeito ao povo brasileiro
Reverencie agora, nobre senhor
Este bravo povo, tão guerreiro .
Sou preto, sou branco,
Sou mulato, sou índio
Sou povo, sou multe
Sou o povo brasileiro!
Preso
É como estou agora
Será que ninguém pode me ouvir?
Mas eu levanto meu rosto
Limpo suor e ferrugem que há nele
Um silêncio e um vazio em mim
Apenas por estar proibido de viver a liberdade
Cercado por animais ferozes sedentos pelo o que não tenho
E ainda assim sou castigado e obrigado a cumprir com aquilo que eles chamam deveres
Mesmo sem poder reivindicar meus direitos
A verdade é que a escravidão ainda existe
Vivemos em meio a isso e você não percebe
Todos os dias quando acordo
Vejo a miséria dos meus irmãos que sofrem como eu
E ainda assim ninguém percebe
Somos tão inocentes
E aqueles que deviam guiar nosso povo
Sempre querem o que não temos ou o que temos de pouco
Assim nos roubam e nos iludem com aquilo que chamam de diversão
E um pouco de comida
Coisa que eles têm de fartura
Vivemos a Escravidão Moderna
Tanto brancos quanto negros
Coma! Beba! Use!
Acham que somos animais
Mandam fazer isso e aquilo
Prometem e nunca fazem
Somos manipulados por eles
Eles nos roubam e levam tudo de nos
E ainda assim não ligamos, não vemos, não fazemos e não acordamos para enxergar a realidade
Um olhar!
Tem quase nada na mesa
de que adianta o suor
se a seca na natureza
está cada dia pior
e esse olhar de tristeza
de quem não tem a certeza
de um futuro melhor.
Toca o telefone
Alguém diz:
“Alô”
Os joelhos ?
Estremecem
A voz ?
Ela desaparece !
Suor, arrepios, tremor
Mas por fim
A coragem aflora e ele diz:
“Foi engano”