Suor
humilde colheita
É pouco o que ai vês,e é tudo quanto valho
é o fruto da canseira e do suor do dia,
é o mais humilde pão e o mais simples retalho
do manto com que Deus cobre esta noite fria...
Nada supera,entretanto,a glória do trabalho
quando ele se transforma em fonte de harmonia;
é mais tranquilo o sono,é tépido o agasalho
e a parcela de dor menor que a alegria...
Feliz o homem que alcança a soma apetecida
da lírica emoção,que,sob o sol risonho
ou sob a luz do luar,vai perfumando a vida...
E ainda cumpre,sereno,o sagrado labor
de espalhar,pelo espaço,as searas do sonho
e lançar,sobre a terra, as sementes do amor.
Minha pele suada, transpira muito mais do que suor.
Minha boca seca, precisa muito mais do que água.
Meus ouvidos parecem surdos, precisam muito mais do que palavras.
Meu nariz sente meu cheiro, precisa de muito mais perfumes.
Meus olhos lacrimejam, precisam muito mais do que lenços...
MULHER:ventre aconchegante e quente,com o suor da dor,e o som do choro,a beleza e a responsabilidade...da vida.Oh,tarefa maravilhosa e sublime!Que só um ser puro e perfeito,poderia exercer,mulher! ou seria um anjo?que implora pela paz!que luta pela união!que não se rende nunca!esperança,sempre.Chora!chora lágrimas de saudade,de solidão,de incompreenção,de paixão.Mas,no coração,uma chama,um fogo ardente...Amor!Amor sincero,puro!Que,como uma pilastra que sustenta o peso de uma ponte,onde passam sonhos e realidades,transforma,como num toque de mágica,o sonho em realidade,e a vida em um sonho!encanto,magia,sedução.Amor,pureza,compreenção,simplesmente,eu.
Quando somos crianças nos dizem que o mundo só quer nosso tempo e suor, em troca de um punhado de papel surrado, quando a gente cresce vê que o mundo nos reconhece apenas pela quantidade de papel sujo que temos... Daí nos tornamos alienados e não enxergamos a vergonhosa posição de escravos do sistema,é chegado o momento de dizer a algum jovem o que o mundo quer dele... Na esperança que um dia alguém dê ouvidos e valorize mais as pessoas o amor e a paz do que um punhado de papel sujo.
VIDA!
A vida pode ser injusta
com o povo do sertão
poucos sabem quanto custa
o suor de cada irmão
por aqui a seca assusta
o trabalho ainda não!
Sergio,
Gosto do seu suor exalando masculinidade.
Olho seu retrato e sinto seu cheiro.
Vejo sua cor vermelha que me aquece só de eu olhar.
Vejo seus olhos furiosos.
Sua cara de superioridade.
Seu sorriso tímido.
Uma paz convidativa no semblante.
Vejo um menino, menino homem muito seguro de suas ideias.
Seu retrato... cada foto, um sentimento.
poema.
o que é um poema
algo que acalma
rima à que se trema
ao suor que se exala
cada frase um sentido
algo exprimido
no clamor d'alma
traduzido em sua essência
por aquela à quem dirigido.
Podem lhe tirar o último centavo,
até a última gota de suor.
Mas por favor, não deixe que lhe
tirem a esperança e a vontade de viver!
Por tanto pensar o poeta perdeu razão. Sua escrita escorre do corpo como suor: devaneios descabidos, molhados e estranhamente salgados.
O corpo no todo não é puro, cheiros estranhos o possuem, como também desejos esquisitos de cores distintas. Há oxigênio no que se tenta compor tendo o corpo como condutor.
Suor é paixão em estado líquido
Visto-me com íntimos sonhos para o tango do desconhecido. Ouço o ritmo da música que já aquece o salão. Atrai-me o mistério do futuro próximo.
Levanto-me e sou tomada, arrebatada, subjugada pelo som que pulsa dentro de mim. Deixo-me levar.
Sou refém de sensações, parceira da próxima música, amante de todo o baile.
Giro pelo espaço e sou o centro de tudo o que acontece. Suave, eloquente, abrupto, carente. Todo movimento é cúmplice do ato de existir.
Não há censura, culpa ou pecado. Há suor.
E suor nada mais é do que paixão em estado líquido.
Suemos.
O camponês
Minha terra, conquistei com meu suor a escorrer em minha face
Aqui planto meus frutos e vem a colheita
Dos meus vinhedos bebo meus sabores,
Águas cristalinas no ria escoa sobre as pedras brancas e cachoeiras
No amanhecer a leve brisa molha o orvalho
Por fim meu cantinho
Aqui quero viver
Aqui quero morrer.
Embriaga-me com teu gosto, teu cheiro, teu suor ...
Me afoga em seus braços e afagos...
Me acende com seus beijos, seus desejos e sua voz.
Me envolve com teu corpo e teu calor.
Me enebria com seus gritos e gemidos...Me adormece sussurrando de prazer ...
Operariado
Escorre suor das mãos calejadas
desses sertanejos esperançosos
que agarram o cabo da enxada
com ânimo e certeza
de se a chuva não faltar
haverá sempre o feijão na mesa.
Escorre suor do rosto do operário
numa enfadonha jornada de oito horas
para garantir no fim do mês o salário:
que mal compra a cesta básica ;
que não paga o alugue;
que não paga a escola ;
que nem parece um salário,
mas que parece uma esmola.
O jeito é virar bicheiro,
político ou banqueiro.
Quem sabe pastor de igreja.
Qualquer coisa desse gênero
desde que não fraqueja!
O suor que goteja:
das mãos, do rosto
desses cidadãos
que enriquece o patrão,
o patrão orgulhoso do que faz;
o feitor sem chicote
que açoita seu escravo,
o escravo assalariado
Lá fora uma chuva mansa, mas fria...
Dentro de mim um calor, que aflora o suor, uma magia...
Meu cheiro se perde no ar com a ventania...
E leva pra bem longe está nostalgia...
Para que seja transformada em alegria...
Toda esta minha ânsia e agonia.