Suor
VIDA!
A vida pode ser injusta
com o povo do sertão
poucos sabem quanto custa
o suor de cada irmão
por aqui a seca assusta
o trabalho ainda não!
Sergio,
Gosto do seu suor exalando masculinidade.
Olho seu retrato e sinto seu cheiro.
Vejo sua cor vermelha que me aquece só de eu olhar.
Vejo seus olhos furiosos.
Sua cara de superioridade.
Seu sorriso tímido.
Uma paz convidativa no semblante.
Vejo um menino, menino homem muito seguro de suas ideias.
Seu retrato... cada foto, um sentimento.
Olga Benário
Os campos de extermínios
São frios e lavados com o suor dos corpos
Que exalam ânsia por mais vidas nas suas vidas.
Então Olga,
Não vás atiçar o ódio dos nazistas,
Pois eles punirão aos que forem contrários às suas regras,
Covardemente.
Impiedosamente.
Deixa as tuas idéias
De um mundo comum a todos
Guardadas na gaveta mais recôndita
Da tua alma,
Do contrário não ninarás Anita
E nem colocarás a fita
Nos cabelos sedosos de criança dócil.
Não troques uma vida inteira
De ternura entre os beijos
E afagos da filha amada por um sonho vão.
Lamento,
Sem tento
Desatinado e improvável.
A velha União será sorvida
Ao sopro do furacão do ocidente.
O capitalismo canibal que se apossou global
Estende seus tentáculos para o Leste
Que inerte
Cambaleia e agonizante desfalece,
Enfraquece
E tomba.
Igualitários países sem almas e sem sonhos.
De que adianta comer
E não poder tecer
A renda que enfeita a nossa vida tão curta e frágil?
Não Olga.
Melhor que a comida é ter a liberdade de alçar voos.
É caminhar por entre a multidão
Descobrindo rações que fortalecem a alma,
E com a calma de um passante contemplativo,
Deixar-se descansar até tomar novo fôlego
Para a jornada no meio às descobertas
E poder subir galgando degraus
E pode-se até cair,
Mas com o tino de que o prumo é a meta,
Certa para os filhos do Universo.
Por falar em Uno,
Temos a beleza estendida
E naturalmente construída
No ventre da mãe natureza.
Pare e pense um pouco nas coisas
Que teus olhos perderão para sempre.
Vê, ainda é mais caro Olga,
Ficar entre os muros sombrios
Dos campos de concentração.
Então, não vá lá não.
Esquece a aflição dos miseráveis.
E volta para o seu mundo abastado.
Ah! Querida, entendo.
Sabendo.
A agonia dos excluídos
Buscavas igualar os direitos deles.
Como matar a guerreira que grita dentro de ti?
Só mesmo aquele gás mortífero.
Só assim a Olga não lutará mais pelos
Irmãos caídos
Estendidos pelo caminho
De uma vida estreita e sem horizontes.
Assim pensavas e foi tão válida
A tua luta.
Que o mundo inteiro hoje te coloca
No pedestal de heroína.
E só isso importa!
Quero que sintas, o frio o calor do amor;
Quero que sintas desejada;
Quero que sintas o suor do prazer envolto a névoa do tesão;
Quero que sintas que sou pra você;
Quero que me sintas, mesmo de longe;
E que esse sentimento posso levar você ao meu encontro;
Que esse encontro possa ser resumido aos mais rápidos 59 segundos;
Ou que esse encontro possa resumir a uma vida toda;
Quero que sintas, que eu sinto a necessidade de sentir você, sua presença, seu amor;
Quero que sintas que não há maior sentimento que o meu amor;
E que amo mais que qualquer sentimento, que possa sentir;
O que sinto é amor, por te amar;
"O pseudo profeta é aquele intelectual oportunista,que se aproveita do suor do rosto do conformista."
poema.
o que é um poema
algo que acalma
rima à que se trema
ao suor que se exala
cada frase um sentido
algo exprimido
no clamor d'alma
traduzido em sua essência
por aquela à quem dirigido.
Podem lhe tirar o último centavo,
até a última gota de suor.
Mas por favor, não deixe que lhe
tirem a esperança e a vontade de viver!
Por tanto pensar o poeta perdeu razão. Sua escrita escorre do corpo como suor: devaneios descabidos, molhados e estranhamente salgados.
O corpo no todo não é puro, cheiros estranhos o possuem, como também desejos esquisitos de cores distintas. Há oxigênio no que se tenta compor tendo o corpo como condutor.
Desde os primórdios que, os fracos e omissos, colhem os frutos das lutas, do sangue e suor dos fortes e ditos loucos.
Não tenho mais sangue para derramar.
Não tenho mais suor para meu corpo resfriar.
Não tenho mais lágrimas para chorar.
Sou imortal, sobrevivi a pior dor que o homem pode sentir, que foi te amar sem poder tê-la para mim.
Podemos perder tudo o que conquistamos com o nosso suor, isso faz parte da vida e assim sempre será... O que jamais podemos perder é A FÉ, O AMOR E A ESPERANÇA...
Sei que a maioria dos trabalhadores honestos derrama o seu suor sagrado para ganhar um mísero salário para sobreviver e sustentar sua família, apesar de tudo, com a graça de Deus e que aliás deveriam agradecer-lhe todos os dias por ter um emprego para garantir aquele mísero salário.
Tenho certeza de uma coisa; O dinheiro nunca vai ser sagrado, mesmo aquele ganho com seu suor derramado.
Suor é paixão em estado líquido
Visto-me com íntimos sonhos para o tango do desconhecido. Ouço o ritmo da música que já aquece o salão. Atrai-me o mistério do futuro próximo.
Levanto-me e sou tomada, arrebatada, subjugada pelo som que pulsa dentro de mim. Deixo-me levar.
Sou refém de sensações, parceira da próxima música, amante de todo o baile.
Giro pelo espaço e sou o centro de tudo o que acontece. Suave, eloquente, abrupto, carente. Todo movimento é cúmplice do ato de existir.
Não há censura, culpa ou pecado. Há suor.
E suor nada mais é do que paixão em estado líquido.
Suemos.
O camponês
Minha terra, conquistei com meu suor a escorrer em minha face
Aqui planto meus frutos e vem a colheita
Dos meus vinhedos bebo meus sabores,
Águas cristalinas no ria escoa sobre as pedras brancas e cachoeiras
No amanhecer a leve brisa molha o orvalho
Por fim meu cantinho
Aqui quero viver
Aqui quero morrer.