Sujo
A gente é do bem por pura maldade, quem vive na selva coração fica de pedra! O jogo é sujo! A vida não é bela.
Queimar a roupa velha do tempo perdido.!do passado negro, sujo, obsoleto, egoísta e mesquinho!
De falsidade, traições e, os nãos, as perguntas!
Sem respostas.
Estagnado, Indignado com tantas mentiras.
Sem confiança em si mesmo.
Desistiu de tudo e partiu rumo a derrota..
Errou, caiu levantou, caiu mais uma, mais, duas, mais três...vezes!
Juntou as partes dos cacos do seu eu despedaçado, os restos que ficaram pra fazer lembrar todos os dias..a vida toda perdida..e, loucamente fazendo as mesmas perguntas dos porquês...sem respostas..!
E, mais uma vez caiu, caiu porque não tinha repaginado sua repaginado sua história.
Não tinha deletado toda a sujeira do passado.!!
..
Mas hoje, eu só queria poder chegar em casa a tardinha sujo e suado por passar a tarde toda jogando bola no campinho, pegar um pedaço de bolo sobre a mesa e ouvir aquela voz suave porém amedrontadora me dizendo: Quantas vezes já te falei, primeiro tomar banho. Vamos, já pro chuveiro guri! Saudade.
A verdade é que tem muitas mentiras disfarçadas de verdades. Tem muita gente jogando sujo dando as cartas. Muita gente posando de santo pras pessoas, e por debaixo dos panos fazendo sujeira. A verdade é que as vezes me bate um desespero, em não saber até que ponto a maldade humana pode chegar. Até que ponto os lobos conseguem se disfarçar. Onde vamos parar? Mas há um Deus lá no céu que (tudo) vê. Que sonda os corações, que conhece verdadeiramente cada uma de nossas ações.
E de todas elas vamos prestar contas. Benditos sejam os limpos de coração, os que falam de Deus, e de Deus realmente são...
Meu passo torto e trêmulo,
minha camisa mal passada,
meu tênis sujo,
pedaços de vidro
chovendo do céu,
tudo é tão ruim,
quando não me visto
de você.
Roney Rodrigues em "Intempérie"
Título: Vida de pernilongo
Nasço em água limpa,
Sem saber quem me fez,
Chego nesse mundo sujo,
Sem mesquinhez.
Vivo escondido,
Com medo de ser comido,
Vivo nos cantos, camuflado como um filete,
Esperando você chegar e ser o meu banquete.
O que eu vim fazer aqui se ninguém gosta de mim?
Ninguém soube me explicar, enfim,
Não quero fazer mal, mas preciso do seu sangue,
Por isso vou te sugar junto com a minha gangue.
Voo correndo risco todo dia,
Lógico que dependo da sua pontaria,
Ciente que minha vida não passa de alguns dias,
Vou continuar com minha correria.
De manhã faço o desjejum,
A noite é a hora do zum zum zum,
Sou o pesadelo de alguns,
Até que alguém junte as mãos e faça bum.
Aí mosquito, está moscando?
Autor: Nélio Joaquim
Assim como o pensamento não é uma farmácia, o sujo que fala do mal lavado não pode ser uma panaceia.
Aceitar acordo com inescrupulosos afim de alcançar um objetivo é tão sujo quanto o caminho do colaborador.
Com qualquer vestimenta, desarrumado, sujo, ou desprovido de qualquer coisa, o amigo será sempre aceito.
Os mentirosos armam ciladas e mentiras pela sujeira mental, mas o que é sujo desemboca em rios públicos e a vergonha será conhecida, a reputação será queimada e a presença será non grata.
Deus,eu não tenho sido
Um bom amigo, pra te adorar e agradar
Então venho aqui
Todo sujo pelo pecado
Coração sem cuidado
E sem saída
Pra minha vida
É minha confissão
Liberta meu coração
Corrigi os meus erros
Pois sou imperfeito
Jesus meu amigo
Caminha comigo
Renova meu ser
Me ensina a viver
Eu quero ser tocado
Seguindo os seus passos
Dormir nos teus braços
Provar desse amor
É minha confissão
Liberta meu coração
Corrigi os meus erros
Pois sou imperfeito
DESAJUSTADO SOCIAL
Eu rabisquei seu nome dentro de um coração
Num beco sujo da cidade
Mas me assustei e ocultei essa paixão
Num segredo com sete chaves
E de bem longe eu te vejo e explodo de emoção
Furtando meu mundo perfeito, assim como ladrão
Eu fico louco de desejo ,estranha sensação
De ver você,em meio a sombras geométricas
E eu me atirei sem rumo (e sem direção)
Numa fria chuva de Abril
E eu bem sei,até certo ponto"cê" tinha razão
Eu não me ajusto a sociedade
Um zé ninguém que sem trabalho vive num porão
Aos trinta e cinco de idade
Mas me conheço e me respeito com a mesma proporção
Do amor que eu sinto em meu peito e escrevo essa canção
E fecho os olhos quando canto em meio a multidão
Vejo você...naquela noite ela não estava não .
E eu me atirei sem rumo (e sem direção)
Numa fria chuva de Abril
Não existe algo que me pertença, nada que se ostenta
Só um punhado de poemas e meu violão
Também não sou do tipo de homem que pensa
Que possa valer a pena, uma mulher que se compra...
Até sonhei com a gente de mão dada no centrão
Vem da minha vida fazer parte
Mas acordei com a saliva fria num balcão
Foi tudo um simples disparate
O advento da poesia traz transformação
Com três acordes e a essência ensaio o meu refrão
E as luzes do palco da vida afastam a escuridão
Vejo você, num dia claro e lindo de verão
E não mais andei sem rumo (e sem direção)
Numa fria chuva de Abril.
SUJO DE FLOR
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Era uma rua fétida. Insuportável: viam-se pelo chão, velhas fraldas imundas; ratos mortos; muitas poças de lama em dias de chuva, e muita poeira nos dias ensolarados. Às margens, o capim crescia desordenado e cobria uma vala que a prefeitura nunca fazia manilhar.
O agradável contraste naquela rua era o belo quintal da professora Janice. Via-se pela cerca de arame uma grande área de chão arborizado. As árvores eram nada menos do que alguns pés de flamboaiã que se mantinham floridos quase o ano inteiro. Eles cobriam de pétalas o chão arenoso e grato por tamanha beleza.
De vez em quando a professora Janice era vista mal humorada, vassoura em punho, varrendo as flores que atapetavam o chão de seu tão belo quanto admirado quintal. Admiração não somente pelas flores, mas também pela sombra extensa, com leves pitadas de sol que tornavam tudo mágico. Era mesmo impossível passar pelo quintal da professora Janice e não dar uma boa olhada.
Passei um bom tempo sem ir ao bairro em questão. Logo, sem admirar o quintal da rua imunda. Quando voltei a passar por lá, foi grande a surpresa pelo que vi: o quintal da professora Janice, agora cercado por um muro de pouco mais de um metro e meio, não tinha mais as árvores. Como não resisti, aproximei-me para ver melhor e vi o chão todo pavimentado, sem nenhum arbusto; nenhuma roseira; maria sem vergonha... qualquer planta.
Finalmente, o imóvel da professora estava mais imóvel do que nunca: não tinha vida; os pássaros foram embora; também se foram as borboletas. Restou a casa, bem mais ampla e luxuosa, cercada pelo chão pavimentado e quente, além dos banquinhos de cimento expostos ao sol torrencial.
Curioso, perguntei a um menino da rua imunda se a professora Janice não mais morava no local. Ele respondeu que sim. Encorajado por sua boa expressão, me deixei indagar se ele sabia o motivo de a professora ter mandado cortar todas as árvores do lugar.
- Olha, moço; saber, mesmo, não sei não... mas ela vivia reclamando porque as árvores davam trabalho... deixavam seu quintal todo sujo de flor.
não fique cuidando do quintal do seu vizinho, se ele não corta a grama e o mantem sujo, faça a sua parte limpe o seu...
O mundo é um lugar sujo e desalmado, que te cerca de sentimentos ruins e de dores de uma vida amadurecida em um mundo cruel.
Infantil fui por muito tempo,
Mas os tombos me fizeram aprender,
Que num mundo frio e sujo como esse,
De seus atos não se pode arrepender...
Casaco Marrom
Ainda lembro
Daquele casaco marrom
Todo em mosaico
E sujo de batom
E quando eu usava
Ficava parecendo um atum
Mas todo mundo me aturava
E achava aquilo
Tudo muito comum
Todo mundo queria me ver
Como antes nunca se quis
Todo mundo via o casaco
Como antes nunca se viu
Assim fazia essa essa gente
Sempre que me vestia
Aquele casaco marrom
E não queria nem saber
Se pra quem sorria tava bom
E se o tempo tava quente
Ou fazia muito frio
Se a estrada era aquela
Que já não levava a lugar nenhum.
"Acho o mundo tão estranho tão belo, mas tão feio;
Acho mundo tão sujo, mas tão limpo ao mesmo instante;
Acho que na verdade o mundo é um pouco de tudo.
Que o limpo se limpe ainda mais ! que o sujo se suje mais...
Que os pés descalços não se suje caminhando nos bairros nobres...os sujos compram assas é não são ANJOS , voam sem saber voar ... acham que saíram do fundo do poço ... os pés descalços voam certo em direção a o alto , são levados por anjos de DEUS .