Sujeito
Infarto Fulminante
Dispara
O coração
Como uma arma
E vai ao chão
Como um sujeito
Ou um ladrão
Um suspeito
Sem perdão
Ninguém
Pra socorrer
Alguém
Perto de morrer
Pena
Ninguém tem
Passam por cima
De você
Chuva
Leve minha dor
Aos bueiros
Leve meu amor
Aos carcereiros
De mentes
Fechadas
E almas
Fragilizadas
Sol
Deixo esta poesia
Pra quando eu for
Brilhar mais
O seu dia
Ir embora
No meio da via
Não era
O que eu queria
Dispara
O coração
Pela última vez
Ninguém se importa
Não vou passar de
"Era uma vez..." .
SOU UM PERFEITO IMPERFEITO
De dever e de direito como todo
E qualquer sujeito, portanto não
Venhas pedir ou exigir o que nem
Tu e ninguém vi conseguir cumprir!
Guria da Poesia Gaúcha
A incerteza do que pode acontecer no próximo momento - o sujeito pode perder a vida ou o emprego, a mulher ou a fortuna a qualquer momento - ajuda-o a sofrer menos com os revezes da vida. E a se apegar menos às coisas e às pessoas que ama, dependendo menos delas para ser feliz. Por outro lado, a noção da própria impermanência faria com que o workaholic que passa 16 horas por dia no escritório revisse suas prioridades ao perceber que o seu cargo não vai durar para sempre. E que o marido que há mais de ano não reserva tempo para namorar a esposa percebesse que ela não vai ficar do seu lado para sempre. E que o sujeito que há décadas tem um pedido de desculpas entalado na garganta finalmente verbalizasse o seu arrependimento, porque nem ele e nem o seu antigo desafeto vão durar para sempre.
Triste da pessoa que tem como lastro da sua felicidade a infelicidade dos outros. Este sujeito desconhece uma das leis mais naturais do universo, a lei do retorno.
Enquanto a mim, jovem ainda, vou ser sujeito aos mais velhos e respeitarei os idosos; com humildade se sujeitando uns aos outros, e para eu poder me vesti de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
Fora do meu Ser trago a Paixão no nome, provocando imensa confusão para o sujeito leviano que vive em imensa desatenção.
Chega determinado momento na insignificante existência do sujeito pobrezinho artificializado que sem conteúdo algum, se apresenta tal como uma vitrolinha de outrem, repetindo para si mesmo seu feito disfarçado e a fé que até a pouquinho professava inabalável, esvai junto a conduta aparentemente ilibada, dando lugar ao desamor, a intriga, inveja, maldade e desrespeito principalmente ao que diz ser seu bem querer.
Hoje em dia tem designação pra tudo. Agora chamam de lumbersexual, um sujeito que é apenas homem, daquele tipo que usa roupas de homem, não raspa os pêlos do corpo e no máximo corta as unhas e lixa, mas não pinta. Que viadagem. Existiu um tempo onde o homem era homem e mulher era mulher, cada um com seu gosto. Hoje em dia tem mulheres se comportando como homens (mal educados) e homens se comportando como mulheres que ainda não sabem o que querem. Tempos ruins atuais. Não se consegue diferenciar.
“Vida simples”
Sujeito aos tropeços de uma vida iniciada com os conselhos de sábios inconseqüentes, traduzindo frases cada vez mais obsoletas e apimentadas de vícios vazios.
Trapaceando com quem nunca ninguém conseguiu enganar, ultrapassando pequenos espaços que sua mente não viu e o que viu ninguém lhe pediu.
Uma vida repleta de crises e mesmo assim vou sorrindo, estragando tudo que fora planejado e ainda assim conseguindo o que se imaginou, ou seja, um fim.
Um bom dia a tudo que se criou, uma vida sem atrativos, uma vida em dissabor, desenhos incolores, assim vou partindo.
Não quero a vida de um desgraçado, não quero uma vida bandida, quero apenas poder respirar, ter domínio de meus dias, cantar e poder ser ouvido, chorar e esquecer do martírio,gritar e ouvir vários xingos.
Esta é uma vida exemplar, não peço nada demais, espero apenas paz e alivio.
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