Suave
A Chegada
Um sopro suave, as flores dançando,
Arrepios pelo corpo, a sensibilidade tocando,
O Sol se abrindo em uma certa manhã, as cores ganhando vida,
O nascimento, uma razão, a plenitude,
Um brinde ao vento que me trouxe o amor.
Madrugada
É na suave escuridão da madrugada,
Que os amores secretos dão tudo ou nada.
São observados pela lua, que guarda para si.
Cada carinho e gesto de amor criado ali.
Escondidos do mundo, se ele souber será um erro.
Pois amar é bom, mas é melhor em segredo.
Óh! madrugada de ilusões santíssima, que faz com que seu olhar pareça mais um suave mistério amoroso.
Óh! madrugada dos meus ideais sagrados, que faz eu te querer por algo que vicia.
Sob tortura das indecências da paixão, queria eu, aos céus, inverdades jurar.
Mas meu amor é de apego fino e sagrado, que só quer fazer de você, meu anjo profano, meu demo alado.
(Madrugada de Inverno de 2019)
NÃO DIZ NADA!
Não diz nada!
Nem a poesia vã
A ventura está selada
Suave está a manhã
Em nada se dizer
Se tem o amanhã
Há tanto prazer
No sossego
De sentir e ver
Nenhum apego
Deixa acontecer
Sinta o aconchego
Talvez em outra trova
Há tudo para puder
Sem reprova
Ou somente crer
No tudo vale a pena
Se forte é a fé no viver
Então, fique em cena
Só tenha a agradecer
O ato de ser aprendiz...
Estamos nesta estrada
Para ser... - sou feliz!
Não diz nada!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
17 de novembro de 2019 – Cerrado goiano
OLHAR ATENTO
Amanheceu uma brisa suave invadia todo ambiente, um silêncio que falava muitas coisa.
As folhas das árvores no jardim se soltavam lentamente, um raio de sol tímido querendo mostrar seu brilho.
Um olhar atento observando cada detalhe.
Sem saber o que viria, de um lado para outro carregava seus pertences, simplesmente determinada a prosseguir para novos rumos.
O tom vibrante de sua blusa nova a leveza dos cabelos cuidado com esmero, a dedicação dos detalhes me fazem crer que há esperança.
O coração pulsa, uma vida toda pela frente, Vá prossiga não olhe para traz, porque hoje tens no seu alforje tesouros valiosos que não tem preço.
Um abraço demorado , coração apertado, lágrimas de despedida que caem.
Uma voz que diz: Estarei sempre aqui.
Rosa maria marques Gonçalves.
O feitiço
A pele alva brilhava,
Suave convite ao amor.
Olhar penetrante.
Ombros largos,
Sorriso sedutor.
Fios de cabelo cinza.
Em riste. Sem pudor.
Altivez no centro, aroma e sabor.
Em desejo o teve.
Na sua lança o feitiço encontrou,
Traspassada estremeceu, em paixão, adormeceu...
O feitiço perpetuou...
Como um feixe de luz estes olhos teus me vem iluminar, uma voz suave como melodia que o exaltado se toma por aquietar, sorriso que me toma a admirar, e estes lábios que levam a delirar.
A gente precisa respeitar
Para também querer
Quem sabe não tem que disputar
Pra quê?
Suave na nave ninguém tá
Quer saber por quê?
Estrada demais para caminhar
E viver
Tens a beleza da flor
És suave como brisa
Quando pisa no chão se enche de flor
Inspiração pra falar de amor
É o sol do nosso dia
Mesmo brava é linda
É uma estrela aos olhos de Deus...
Sem seu brilho a beleza não existiria o encanto não seduziria.
Gabriela Ratier na foto.
Na foto,
o suave Ser
se zela
em sorriso.
No fato,
Se sabe-se ver,
saca,
Gabriela
em sono
de improviso.
(Kiko Arquer)
O cochilo fingido,
no fato
que fito
na foto,
é velado por Francisco.
Não é preciso saber
se o que
está atrás da
lente,
o do quadro na
parede,
ou o moço na capa do
disco.
(Krysthian Ratier)
Tua presença em minha vida
O mar calmo é lindo
Reconfortante é sua brisa suave
Mas o mesmo mar calmo se transforma
E é devastador...
Arrasa com os rochedos do meu coração
Sua impetuosidade quem poderá suportar?
Como um vento suave sobre os campos floridos é tua presença em minha vida
Alegra, refresca, agita as folhas
Permitindo até às folhas mais baixas de minha vida contemplar o Sol...
Como essa brisa pode ser tão devastadora
Destruindo tudo e não deixando nada no lugar?
A Lua brilha no alto do céu
E alcança as areas escura do meu coração
Se não ia ficar porquê me acostumou com sua luz?
Vá... dessa vez...
Não olhe pra traz...
Caminhe no seu caminho costumeiro
Não olhe pra traz pois do contrario enchergará os pedaços de mim mesma
Espalhados ao longo do caminho
Pois fez dos pedaços do meu coração
Tapete para você passar...
Vejo em teus olhos o brilho das estrelas,sinto na sua boca o toque suave,um leve suspiro e uma doce vontade, te dar um beijo de boa noite.
Madrugadas
Era bom despertar carente e falto
Em meio à noite, Nina, e procurar...
Buscar suave e tenso: cabisalto,
Por entre a samambaia ciliar...
Os dedos orvalhados no cobalto
De sonhos celestiais sempre a buscar
O instante de passar, de dar o salto
Da relva pra ribeira: mergulhar...
Entrar-lhe pela vinha devagar
A lhe apalpar os cachos com ardor —
Seu corpo todo-inteiro vindimar...
Com os lábios a roçar-lhe a boca e a face
Eu ia lhe servindo o bom licor
Até que sua taça transbordasse...
LA
Na transparência
Na transparência
Da liquidez
Rasga-se o véu
Brisa suave
Que vem na transparência do sentimento
Juntos caminhando passo a passo
Com a liquidez da alma
O Vento
Sinto falta do teu alento,
dos teus sussurros...
do teu balanço suave,
de quando me tocavas a face!
Por onde te perdestes?
Por ti guardo meu amor em segredo
Minuciosamente te observo,
poderia desenhar-te nesse instante!
Como bom amante me chamas:
“Vamos viajar por entre esses muros,
correr pelos jardins,
tocar as flores
e as árvores,
ver as cachoeiras,
ouvir os pássaros,
Deslumbrar-mos com o pôr do sol
e com a lua cheia...”
Leva-me contigo,
que as horas depressa se vão...
Deitado sobre o gramado
eu imóvel, sonho acordado!
A sobriedade que me fazeis transmutar
Partindo de mais um suave gole de um bom e velho vinho.
Se és divino, então me vingo pela verdade despida de amargura
Mentira inevitável e inerente
Nas escritas velhas os fúnebres ditos do pergaminho.
Transmuto minha aura
Renascentista de 666
besta comunal inocente.
A cura mantral e subjugal ramifica-se além do espírito.
Assim como o álcool que circula em meu corpo.
E este esqueleto de um verme só, só de um, um só.
Transforma-se em divino esplendor sóbrio e só, um só.
A explosão que antes transbordava
Agora é suave.
Deixamos de ser caos.
Já fomos força, ferro e fogo
Chegamos a ser tempestade.
Hoje somos calmaria.
Já fomos furacão e ventania
Hoje somos um leve vento.
Aquele imediatismo do cotidiano
deu lugar ao que é de dentro.
Vida que te quero leve,
que te quero suave,
que te quero doce!
Que os pesos sejam deixados de lado,
que as agruras passem logo,
que o amargor seja breve.
Cika Parolin