Suave
A duras penas
Arranco minhas penas
Asas rasas apenas
E peno o penar
Retiro o pano
Planejo pleno
É plano
Plaino
Companheira
Penso em partir
Parte à parte
Há toda parte
Aparte minha parte
Como o parto
Parte a arte
Dá a luz
Em paz o caos
Há paz
Ah a paz...
Quando ela fala
Meu corpo se balança
Até o ouvido dança
Arrepia por inteiro
Pois o tempero
Causador do piripaque
Desse seu belo sotaque
É o bão jeitin mineiro
Conta um conto
em todo canto
contadora
taxa minhas baixas
e entra no meu peito
pois nele nada
é imposto
Hoje é o dia de rasgar cartas.
O silencio de uma casa vazia é cortado pelo suave, porem continuo pranto dos papeis que erroneamente achavam que jamais se separariam. Os papeis cortados caem sobre e sacola que tem como destino o lixo. O te, e o amo, separados perdem a forma. Não são mais nem resquícios do que um dia foram. Como se apenas cumprissem sua parte no acordo, cada pedaço de papel vai para um lado diferente. Mesmo papeis, eles sentem, e imitam a vida.
O passado é tão essencial ao presente, quanto fundamental ao futuro. Não se pode apagar o passado. Pois nada mais somos, se não nosso passado inteiro concentrado num único ponto. No agora. Que por sua vez nos prepara para uma única coisa. O amanha.
Não podemos esquecer nossas origens, ou extinguir de nossas memórias pessoas que passaram em nossas vidas. Seja por dor ou alegria. Marcas ficam, e são elas que nos batizam. Que nos constroem.
Olhar-se no espelho, é reunir passado, presente e futuro. Você se vê formado pelo passado, enxergando-se no presente, mas planejando o futuro. Arruma o cabelo, olha dentro dos próprios olhos, e ao sair da frente dele, diz adeus a o presente e olá ao passado.
Quando visito meu passado, recordo que já amei de mais. Apesar de não sentir tudo como naquela época eu lembro que amei de mais. Eu chorei a traição e por algumas horas entendi o que é a eternidade. E que ela cabe em alguns poucos segundos, em alguns raros momentos.
Eu fiz mais amigos que inimigos. E hoje a grande a maioria de ambos eu já nem sei como estão. Talvez cruze com eles nas ruas e nem os reconheça. Quando imagino onde eles estão. Como eles estão. Eu consigo lembrar de como eram, e só desse jeito posso tentar adivinhar como são eles hoje.
Às vezes olhando algumas fotos, entendo o porquê de algumas culturas indígenas, afirmarem que fotografias roubam a alma de quem nela está. De certa forma também acredito nisso. Fotos são lembranças artificiais. Elas podem ser rasgadas e destruídas. Quando olhamos uma foto corremos o risco de substituirmos a lembrança real pela artificial. Lembranças não podem repousar sobre o papel. Elas mal cabem dentro de nós. Quanto mais sobre papéis.
Só se pode viver bem, vivendo bem consigo mesmo. Não precisamos aceitar tudo, mas o que já passou não pode ser desfeito. Encare cada momento da vida, como uma matéria de escola. Lembre-se que o recreio é curto, por isso aproveite os momentos que você sabe estar sendo feliz. Aprenda a desfrutar do inesperado, das aulas de educação física. De um tempo para você com você mesmo. E diante a resultados de provas não se abale nem se empolgue de mais. Provas são importantes, mas não dizem quem você é, ou quem será. Elas são apenas conteúdos a serem esquecidos. Vale mais a pena lembrar da excitação de uma cola, que da nota de uma prova. Comece desde cedo a aceitar opiniões alheias. Encare com naturalidade as diferenças, são elas que dão colorido a dias que seriam cinza. Dos professores extraia o melhor, mas não chame a nenhum de mestre. Existira em algum momento algum professor que lhe desafiara e esse sim merecera esse titulo. Um mestre, é mestre para a vida inteira.
Acredite no amor e não se faça perguntas sobre ele. Se achar resposta um dia para o que é o amor, você terá desaprendido a amar e todo dia será tarde de mais para se tentar viver. Faça as lições de casa acompanhado de seus país. E aprenda com eles, como no futuro ensinar a teus filhos. Seja realista e encare a verdade, de que sem sonhos nada existe.
E lembre-se sempre:
Que por mais que os dias pareçam passar lentos, e a escola nunca chegar ao fim. Ela chegara! E a menos que você tenha conseguido fazer grandes amizades. Sentir grandes amores. Aprender e ensinar! Você chegara ao fim junto com ela. Para uns a sineta de saída é vida, mas para outros e morte. O mesmo sino. Diferentes pessoas, donas das próprias escolhas. Escravos da mesma invenção. O tempo.
Uma bela flor nos teus cabelos
Um suave tom amarelo girassol
E essa linda flor do desejo
Deixou teu cheiro em meu lençol
Uma flor desafiou o vento… algumas pétalas caíram… mas seu suave perfume se condensou a brisa leve que restou e nunca mais se separaram…”
É a minha essência, não posso mudar.
Eu amo a liberdade, sentir o toque da brisa, o gosto suave da vida.
Sou sensível ao sorriso, à lágrima,
Sou sensível ao coração...
não posso negar,
não posso mudar...e não quero.
Se um dia for diferente, não mais serei eu...
Homem ao mar!
Que importa! O navio não pára. O vento é suave, e o navio tem rumo a seguir. Portanto, avante.
O homem que caiu ao mar desaparece, torna a aparecer, mergulha, sobe a superfície; grita; ninguém o ouve. O navio, estremecendo com a violência do furacão, vai todo entregue à manobra; os marinheiros e passageiros nem mesmo vêem o homem submergido; a mísera cabeça do infeliz é apenas um ponto na enormidade das vagas.
São desesperados os gritos que o desgraçado solta das profundezas. Que espectro aquela vela que se afasta! Comtempla-a, vê-a convés com os companheiros; pouco ainda antes, vivia. Que teria, pois acontecido? Escorregara, caiu; acabou-se.
Debate-se nas águas monstruosas; debaixo dos pés tudo lhe foge e se desloca. As ondas revoltadas e retalhadas pelo vento rodeiam-no, medonhas, os rolos do abismo arrebatam-no, a plebe das vagas cospe-lhe às faces, e confusas aberturas quase o devoram; cada vez que afunda entrevê precípicios tenebrosos; sente presos os pés por desconhecidas e horrendas vegetações; as ondas arremessam-se umas contra as outras, bebe a amargura, o oceano convarde empenha-se em afogá-lo, a imensidade diverte-se com a sua agonia.
O homem mesmo assim, luta.
Diligencia defende-se, intenta suster-se, emprega todos os esforços, consegue nadar. Ele, força perecível, de repente, exausto, combate a força que é inesgotável.
Onde está o navio? Muito longe. Mal se avista nas lívidas sombras do horizonte.
O mar é inexorável noite social, onde a penalidade lança os condenados. O mar é a miséria imensurável.
A alma, em tal báratro, pode tornar-se cadáver. Quem a ressucitará?"
O homem que não possui a música em si mesmo,
Aquele a quem não emociona a suave harmonia dos sons,
Está maduro para a traição, o roubo, a perfídia.
Sua inteligência é morna como a noite,
Suas aspirações sombrias como Erebo.
Desconfia de tal homem! Escuta a música.
Depois, bem depois, vem o tempo e nos mostra a verdade como se fosse um passo de dança. Suave, intenso, inteiro. Ele vem e mostra. E aí a gente olha para trás e pergunta: por que não agi diferente? Porque você não tinha o conhecimento que tem hoje. Não tinha a maturidade deste momento. Não te culpa. Não me culpa. A gente não tem culpa.
e você tentou mudar, não tentou?
fechou mais sua boca
tentou ser mais suave
mais bonita
menos volúvel, menos desperta
mas mesmo dormindo você podia senti-lo
viajando para longe de você em seus sonhos
então o que você quer fazer amor
quebrar a cabeça dele ao meio?
você não pode fazer casas em seres humanos
alguém já deveria ter te dito isto
e se ele quer partir
deixe que ele vá
você é aterrorizante
e estranha e bela
algo que nem todos sabem como amar
Que as gotas da chuva molhem suavemente o seu rosto,
Que o vento suave refresque seu espírito,
Que o sol ilumine seu coração,
Que as tarefas do dia não sejam um peso nos seus ombros,
E que Deus envolva você no manto do Seu amor