Sou tudo ou sou nada
Nada começa ou acaba sem sentido, tudo tem o tempo determinado para acontecer, por isso sou grato por tudo que já passei, estou passando e ainda vou passar!
Quem sou eu?!..
Eu sou tudo, e não sou nada...
Sou filho do Criador, que entre o riso
e a dor, vou seguindo minha estrada!.. ❤️
Nada sou, por nada ser sei que existe um Deus que acima de todos é tudo que precisamos ter para sermos... Tudo é, mas nada sou sem Deus! 🍃🌻🙇
O cinza tomou conta de tudo, nada tem cor, o mundo é ruim e as pessoas colaboram com isso, sou incrível e inútil ao mesmo tempo, sou lindo e horrível ambas características andam juntas, tornando-se uma única e estranha mistura.
Sou lágrimas
Sou riso
Sou pranto, alívio
Sou tudo
Sou nada
Sou dia, madrugada
Sou doce, amargo
Sou forte, sou fraco
Sou meio, inteiro
Amigo, passageiro
Intenso, leve
Tão solto, tão breve
Sou eu todo dia
Na minha alegria
Eu Mereço Tudo do Nada Que Sou -
"É só um momento,
vai passar!" — todos dizem.
E lá se vai mais um
dia, dois... três semanas,
um mês.
"Calma, calma,
vai passar!"
Então, três meses, sete...
dez anos.
"Quando terminar o
colégio, com certeza
passa.
Casando. Pronto:
casando passa, tenho
certeza."
A verdade é que ninguém mais,
além de mim, tem culpa.
Às vezes,
penso que dormi aos 16 anos
e só acordei aos 35.
(E o que se pode fazer quando
se está dormindo, além
de sonhar?).
Foi o que eu fiz: apenas
sonhei.
A minha vida inteira,
tudo que eu fiz foi sonhar,
no conforto da minha casa,
do meu quarto.
Fui o homem mais forte do mundo quando criança.
Quando adolescente,
o maior jogador de futebol
que já se ouvira falar.
Virei adulto e pensei:
"para ser um grande
artista,
basta escrever algumas boas
canções ou alguns belos
poemas de amor."
Fiz tudo isso.
Às vezes,
de maneira genial,
mas tudo dentro da minha
zona de conforto.
Sempre à espera de um
milagre, sempre à espera
da sorte — sempre a esperar.
A grande coragem — essa —
usei-a para os amores
que tive ou que
pensara ter.
Foram alguns, e todos
se foram.
Mas saibam que,
ao menos por esses,
eu dediquei-me ao
máximo — fiz de
tudo, sabe?
Preocupava-me em dar
atenção,
estava sempre à disposição
para qualquer eventualidade,
cuidava da alimentação,
da saúde.
Caprichava nos detalhes,
imagina:
eu corrigia, com delicadeza,
erros de português.
Nem saberia dizer quantas canções, quantos poemas escrevi-lhes.
Fui totalmente dedicado, esforçado,
afetuoso, nem sei como mantinha
tanta disciplina, tanta devoção.
Sonhei, batalhei, fui até o limite,
mas foi tudo, tudo em vão:
Ninguém quis
ficar.
Hoje,
me sinto mais velho do que
realmente sou.
Hoje,
me sinto mais inseguro que
quando era uma criança
doente.
Hoje,
com uma sensação de rejeição crônica, necessitando, urgentemente
de reparos na alma,
qualquer boa intenção parece-me
amor verdadeiro.
(Ainda que, traumatizado,
desconfie que acabará
amanhã de manhã).
Hoje,
o que restou-me foi este enorme
medo de gente,
medo de ruas desconhecidas,
de multidão.
Hoje,
ainda dentro do meu quarto,
escrevo para mim mesmo,
falando da vida (sonhada),
do mundo (imaginado),
mirando as paredes — ora
quentes, ora frias — independentemente
do que sinto.
Hoje,
como sempre foi,
olho para o teto e ele
limita-me.
As paredes limitam-me.
Limito-me aos cômodos,
à vista da janela já conhecida,
aos rostos íntimos.
E,
certamente por tudo isso,
como um prêmio, indesejavelmente (merecido),
eu estou, exatamente onde estou,
como estou:
perdido, com uma enorme sensação
de inutilidade e aos prantos
no chão.
No chão do banheiro, encostado à privada — que está com a tampa aberta e a descarga quebrada.
Justamente por ser o tudo de todos que me encontro quando sou o nada só seu, ainda que perdure sendo o seu tudo também.
Tudo oque sei, é tão somentemente; porque penso que sei...
Mas não sei nada, de coisa alguma.
Sou meramente...
E houve um tempo em que eu amei
Mas eu sou imensidão
Cansei do meio termo
Ou é tudo ou nada
O frio e o quente
O inverno e verão
A decisão, perdida na sua indecisão
Colocando um ponto final, na vírgula que existia
Esfriando o que eu sentia
Jamais voltando pro que não me cabia
REPETIÇÕES DAS COISAS
Desnorteia-me saber
Que não sou autor de nada.
Pois, tudo é repetição das coisas
Há tempos criadas.
Só faço as coisas que os outros já fizeram;
Apenas adaptei-as
Ao meu jeito de fazer...
Falo só do que já ouvir, há tempos.
Escrevo do que já li, de vários livros;
Canto o que já cantaram, desde da infância...
Tudo é repetição, quase nada é novo.
Só não quero repetir, pois enoja-me:
Os erros dos outros ...
Que quebraram a cara, deram com os burros n’água!
Fumaça
Tudo sei, tudo conto;
nada sinto, nada vivo.
Sou apenas corpo a dançar pelo trilho.
E o trem vem chegando,
apitando apressado.
Meu rodopio é longo
e desengonçado.
E me assusta quando apita
E me angustia quando apita
E me corrói ao apitar
porque não tenho como escapar.
A alegria me dá paz
A dor mostra o que sou capaz
Ter tudo e não ter nada
Fazer algo que me satisfaz
Ser capaz
Incapaz de ser capaz
Capaz de fazer tudo pela paz
A paz um dia chega
Isso é o que a maioria deseja...
EU SOU O TUDO E O NADA.
Sou uma parte indissociável
De um todo que é maior que tudo
Sou uma pequena partícula
De vida efervescente que se integra
Ao micro e ao macrocosmo
Um ser composto de micro partículas
Atômicas que interage com o éter.
Eu sou a existência.
Sou parte indelével da vida,
Da natureza, do ar, do mar,
Das estrelas, dos astros e do infinito.
Quando uma vida morre no universo,
Também morrem em mim partículas
De vida, de esperança;
Esta parte que sou eu
É parte de algo universal,
Um ser único.
O ser humano.
Os Seres vivos.
Desta forma, cada vez que
Um ser humano morre,
Eu morro também.
Cada vez que uma parte da vida,
De qualquer vida sofre,
Eu sofro também.
Cada vez que algum ser vivo é extinto,
Parte de mim também se extingue.
Enfim, se eu vivo, o universo vive,
E se eu morro, ele também morre.