Sou Complexa Definir

Cerca de 52734 frases e pensamentos: Sou Complexa Definir

⁠PERMUTA ...

Se peço a tristura que saudade
não seja de um sentimento ardil
dizes que sou ingênuo e infantil
sem a realidade e sem maldade

De onde vem está barbaridade
se a boa lembrança não é hostil
quando a recordação nos é sutil
sensação leve, e com suavidade

...do amor. Há o tal mal que chora
roga, solidão que suspira e, assim
empapado em agonia, vem a fora

Esse dói, corroí, mas é por apuro
e neste reviver escuro, em mim:
acontece um desejar mais puro!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09/04/2021, 14’19” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠NARRATIVA DE AMOR ...

Ventura que tenho, tendo o que celebrar
Brado, ardo em emoção, e sou um zelo
Vou aos céus, e me ponho a aconchegar
No abraço, sem que eu possa contê-lo

Feliz, e leve vai o pensamento pelo ar
Solta-me o coração, livre, sem detê-lo
Na vida, sensação, no amor e no olhar
Apenas um momento de um donzelo

Festejo a mim mesmo, estou amando
Suspiro sem boca ter, sem visão vejo
É a paixão que lateja e que apavora!

Ora, como é bom este sentir brando
Quero a vida, e vida, mais, eu desejo
Eis o grau em que estou, e vou afora!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
11/04/2021, 05'45" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠[...] Não sou isto ou aquilo! Sou...
Todavia, tento fazer de toda hora
Brandura, esquecendo o outrora
E do dia a dia um agradável voo...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 de agosto de 2020 - Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SOU RÉU DE POESIA

Sou réu de poesia! Confesso a minha sina
Porém não me penalizo desse ditado fado
Sublime, o poetar é também feita contina
Jeito tão mais gostoso e tão quão amado

Por certo o que nos redime, nos faz alado
Arte! A quem quer ter a poética inquilina
Eu cedo, e está fortuna, assim, me defina
Se eu portar, por acaso, e for um sorteado

E nesta ação, tão incrível, embora fique
Meu poetizar espalhado em mil pedaços
Eu rogo que a inspiração tenha o clique

Sou réu de poesia, mas também indefeso
Na criação, da geração e dos teus passos
Assim mesmo, da prosa quero ser preso!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
22/08/2021, 05’58’ - Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠DESLIZE

Eu da saudade sou quem chora
Da ausência, ilusão, desencanto
Se eu caminho na solidão agora
São motivos de trovar em pranto

A saudade é dor, volúpia ardente
Viva sensação, um remorso vão
Dá-me emoção amarga e quente
Injetada gota a gota no coração

E nessa saudade tão fria e feroz
Da tua privação, a aflição corre
Rimando versos tristes e tão sós

Vivo a suspirar como quem morre
E a lamentar se assim vale a pena
Essa saudade do amor de te amar

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
22/08/2021, 15’18’ - Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO DOMADO

Sou um soneto túrbido no sentimento
Suspiro a todo o momento, duro verso
Perdido em sensações, tão controverso
Hora no agrado, hora emoção ao vento
Ter a poética em um acordo, como tento
Porém, o meu cântico no acaso é imerso
Dói-me tanto por este valer tão disperso
E mesmo em lágrimas, o prazer invento

Um soneto alanceado, mas imutável
Sigo em frente, sou insistente, afável
Sempre a buscar e estar apaixonado
Persisto, sonho com um estímulo certo
Hei de deparar com o oásis no deserto
E, então, ser aquele soneto domado...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28 junho, 2022, 11´11” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

PENAR (soneto)

De outras sei que já não sou a ti importância
Tu, querendo menos do que o querer parece
Tu, amando pouco do que o amor quisesse
E entre lágrimas e preces... a dura distância

De modo que a paixão perdeu a fragrância
O olhar sem o desejo... a melancolia tece
Um coração frio, como se nos polos tivesse
Certo, amor, já é outra a real circunstância

Então, da minha atenção um vazio fazes...
Silencioso, e tão repleto de entretanto
Que nas linhas da afeição só tolas frases

Já não mais ouves o poetar em pranto
Nem mais voga a dor que assim trazes
Essa, dor doída que no peito dói tanto!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 de fevereiro de 2020, Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Luciano, quem você é?

Sou um gajo que de ilusão me trajo.
Do século passado
como um sonhador, ajo

Trago comigo o chão do cerrado
entre currais e fogão de lenha
longe do presente e do passado
perto do devaneio, sem resenha
numa quimera que aqui eu caibo...

Cá chorei, ri, tive vario saibo
do fado!

E neste mundo diverso
adentro do sertão
nasci em fevereiro, do universo
sou das águas, da criação
e na razão, um tanto disperso...

Tive asas na inspiração
Confesso!
E no possível, muita emoção.

Aos anseios pouca meta
padeço a uma geração
quase nada me completa
quase tudo a minha admiração
sou planalto numa reta
porém, altos e baixos na imensidão
coração ferido pela seta...

Pelo menos penso
na minha opinião
se não, ah! sou intenso
eterno na paixão
e nos versos, denso.
Um poeta? amador... sei não!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 de março de 2020 – Cerrado goiano
paráfrase Cora Coralina

Inserida por LucianoSpagnol

AMOR ABSOLUTO

Amor, latejo em ti, no teu desejo, por onde
For! e sou carícia, e suspiros, e doce poesia
E, em afagos, ao teu mimo o meu responde
E no agrado, agrada mais e mais a cada dia

Dos teus beijos, o prazer nos lábios ponde
Do teu olhar, o delicado perfume contagia
Do carinho, nos teus abraços me esconde
De ti, - eclodo em encantamento e alegria

Vivo, uivo em teu gozo, e em tua emoção
No sentimento, és portento a todo minuto
E eu, ao dispor, e tu sendo a minha razão

Tu estás no meu pensamento e te escuto
Em cada lembrança, flor do meu coração
E essa paixão no peito é de amor absoluto

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/03/2026, 22'18" - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

IDENTIDADE (soneto)

Não sou assim nem assado, sou!
É o que tenho no fado, por agora
E, às vezes, tão poético vou afora
Que eu nem chego a ser.… estou!

Não sou isto ou aquilo! Eu vou!
Todavia, tento fazer de toda hora
Brandura, esquecendo o outrora
E das dúvidas um agradável voo...

Se acabou, passou, o que importa
Quero abrir no estro outra porta
E assim, então, eu decorro vendo...

A vida, que é curta, na sua temporada
Tento de estar igual em cada morada
E, ao poeta os devaneios pra ir sendo!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/03/2020, 09’34” – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Obrigado

Pelos dons oferecidos, poeto
(o meu poetar é no cerrado)
Pela inspiração sou inquieto
Obrigado!

Pelos devaneios, as venturas
Em sua formosura e pecado
Pelos versos com aventuras
Obrigado!

Pelo afeto com suas rimas
Horas más, as sem agrado
Também, pelas com estimas
Obrigado!

Pelo ipê no sertão em flor
Nos versos não ter faltado
Ó singelo trovas de amor
Obrigado!

E tu, que és alento constante
No estro o desejo acordado
Ai! sempre do sonho diante
Poesia.... Obrigado! Obrigado!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02/04/2020, 07’50” - Cerrado goiano
Paráfrase Pedro Homem de Melo

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Sou a confusão de quem sou e a imagem que criaram de mim.

– J.

Inserida por JessyeCarolyne

⁠Tudo o que me comprometo a fazer é um currículo vivo de quem eu sou. Assim, meus passos sempre serão um rastro inquestionável do que, para mim, significa sucesso.

Inserida por Tomdepoesia

⁠Por dentro
Eu sou um perigo para mim mesmo
Eu sou um prisioneiro do meu próprio inferno

Inserida por G4L1L3U

⁠Sou o único que não acredita nas mentiras?
Sou o único que não usa disfarce?

Inserida por G4L1L3U

⁠Garota, eu sou uma noite e tanto
Mas eu não sou mais o monstro que eu fui

Inserida por G4L1L3U

⁠Eu não sou um fantoche sob controle
Eu cortei as cordas há muito tempo (...)
E agora estou aqui comandando

The Score

Nota: Trecho da música Only One.

Inserida por G4L1L3U

Inabitável

tantas formas possíveis, mas sou essa—justamente essa que dói.
achei que era o cabelo, cortei.
talvez o peito, então curvei a coluna, encolhi, escondi.
talvez a roupa, mudei.
talvez a maneira como me movo, falo, existo.
mudei. mudei. mudei tudo que minhas mãos alcançaram.
mas meu rosto não esculpe sombras no espelho,
meus ombros não marcam presença no espaço.
não sou pedra, não sou aço.
sou frágil demais para ser quem desejo,
pequeno demais para ocupar o mundo como ele exige.
há marcas no meu corpo que não reconheço,
ausências que gritam na pele, no reflexo.
e que tipo de homem eu sou? um que luta para caber em si.
eu queria carregar isso com orgulho,
mas é um peso que me dobra, me afunda.

meu eu por dentro grita, se debate,
se agarra às grades da minha pele e implora—
onde está meu corpo?
onde está meu corpo?
onde está meu corpo?

me atraio por caras que nunca vão me ver inteiro.
sei do olhar que me mede, que me nega,
sei do que falta entre as minhas pernas
e de como isso faz de mim um quase, um nunca.
mas que culpa eu tenho?
vou realizar meus sonhos.
vou tocar o impossível.
mas no fim, ainda serei trans.
até o último segundo, até o último suspiro,
a palavra nunca me deixará.
mas,

por quê?

por quê?

Inserida por andrelemour

Se existe algo de bom em mim, é Cristo. O resto sou eu mesmo.

Inserida por rogersestevam10

⁠Não, eu não sou recíproco. Sempre faço de tudo pra ser melhor do que são para mim. Afinal, cada um da o que tem.

Inserida por rogersestevam10