Sou Complexa Definir

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Posso relaxar com os imprestáveis, porque sou um imprestável. Não gosto de leis, morais, religiões, regras. Não gosto de ser moldado pela sociedade.

De todas as minhas certezas eis eis a mais bela...
Sou metade incompleta que só a eternidade poderia preencher!

Eu sou quem eu sou hoje por causa das escolhas que eu fiz ontem.

Steven Covey
Seven Habits of Highly Effective People (1989)

Nota: A autoria do pensamento tem vindo a ser erroneamente atribuída a Eleanor Roosevelt.

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Sou vulnerável às menores bobagens, às mínimas palavras ditas, a olhares até, e sobretudo, a imaginações.

Clarice Lispector
Minhas queridas. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.

Nota: Trecho de carta para Tania Kaufmann, escrita em 10 março de 1948.

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Sou daquelas pessoas que se drogam com livros, músicas, filmes, séries, fotos e tumblr.

Para você eu sou ateu; para Deus eu sou a leal oposição.

Sou uma mulher polida vivendo uma vida lascada.

Naturalmente eu sou irritável, naturalmente meu humor não é brilhante, mas de um modo geral sou alegre.

Clarice Lispector
Minhas queridas. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.

Nota: Trecho de carta escrita em 12 de maio de 1946.

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Eu sou o intervalo entre o meu querer e o que a vontade dos outros fez de mim.

Fernando Pessoa

Nota: Adaptação de trecho do poema "Começo a conhecer-me" de Álvaro de Campos

Sou um alcoólatra que virou escritor para poder ficar na cama até meio-dia.

Eu acho que eu sou um bobão. Ou talvez eu seja apenas feliz.

Kurt Cobain

Nota: Trecho adaptado da letra da música "Dumb"

E é só o que posso dizer a meu respeito? Ser “sincera”? Relativamente sou. Não minto para formar verdades falsas. Mas usei demais as verdades como pretexto. A verdade como pretexto para mentir? Eu poderia relatar a mim mesma o que me lisonjeasse, e também fazer o relato da sordidez. Mas tenho que tomar cuidado de não confundir defeitos com verdades.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Oração do Milho

Sou a planta humilde dos quintais pequenos e das lavouras pobres.
Meu grão, perdido por acaso, nasce e cresce na terra descuidada. Ponho folhas e haste e se me ajudares Senhor, mesmo planta de acaso, solitária, dou espigas e devolvo em muitos grãos, o grão perdido inicial, salvo por milagre, que a terra fecundou.
Sou a planta primária da lavoura.
Não me pertence a hierarquia tradicional do trigo. E de mim, não se faz o pão alvo, universal.
O Justo não me consagrou Pão da Vida, nem lugar me foi dado nos altares.
Sou apenas o alimento forte e substancial dos que trabalham a terra, onde não vinga o trigo nobre.
Sou de origem obscura e de ascendência pobre. Alimento de rústicos e animais do jugo.
Fui o angú pesado e constante do escravo na exaustão do eito.
Sou a broa grosseira e modesta do pequeno sitiante. Sou a farinha econômica do proletário.
Sou a polenta do imigrante e a miga dos que começam a vida em terra estranha.
Sou apenas a fartura generosa e despreocupada dos paiois.
Sou o cocho abastecido donde rumina o gado
Sou o canto festivo dos galos na glória do dia que amanhece.
Sou o carcarejo alegre das poedeiras à volta dos seus ninhos.
Sou a pobreza vegetal, agradecida a Vós, Senhor, que me fizeste necessária e humilde
Sou o milho.

Sou uma carta gigante, chata, cheia de erros, longa demais, muito complicada.

Escolha


Eu te amo como um colibri resistente
incansável beija-flor que sou
batedora renitente de asas
viciada no mel que me dás depois que atravesso o deserto.
Pingas na minha boca umas gotas poucas
do que nem é uma vacina.
Eu uma mulher, uma ave, uma menina…
Assim chacinas o meu tempo de eremita:
quebras a bengala onde me apoiei, rasgas minhas meias
as que vestiram meus pés
quando caminhei as areias.

Eu te amo como quem esquece tudo
diante de um beijo:
as inúmeras horas desbeijadas
os terríveis desabraços
os dolorosos desencaixes
que meu corpo sofreu longe do seu.
Elejo sempre o encontro
Ele é o ponto do crochê.
Penélope invertida
nada começo de novo
nada desmancho
nada volto

Teço um novo tecido de amor eterno
a cada olhar seu de afeto
não ligo para nada que doeu.
Só para o que deixou de doer tenho olhos.
Cega do infortúnio
pesco os peixes dos nossos encaixes
pesco as gozadas
as confissões de amor
as palavras fundas de prazer
as esculturas astecas que nos fixam
na história dos dias

Eu te amo.
De todos os nossos montes
fico com as encostas
De todas as nossas indagações
fico com as respostas
De todas as nossas destilairias
fico com as alegrias
De todos os nossos natais
fico com as bonecas
De todos os nossos cardumes
as moquecas.

Em mim há uma infinidade de recortes,
mas não sou arte que deve ser apreciada com pressa.
Sou feita de detalhes antigos que carecem de contextualizações.
Quem quiser que venha, mas antes se informe.
Sou igual aos museus.
Tenho horário para fechar.

Padre Fábio de Melo
Mulheres de Aço e de Flores

Tenho amigos tão bonitos. Ninguém suspeita, mas sou uma pessoa muito rica.

Não sou eu. São as músicas. Eu sou só o carteiro. Eu entrego as músicas.

Bob Dylan

Nota: Bob Dylan fala com Robert Shelton. Melody Maker. Julho de 1978.

Sou um monstro predador. É isso quem eu sou.

Mulher é desdobrável. Eu sou.