Sossego
Chamo-te, poesia!
Invado-te os sonhos,
Busco-te!
Não sossego tuas noites vazias.
Chamo-te aos meus desencantos,
Chamo-te sim!
Invado tua alma.
Atordoo-te os pensamentos,
Teu coração sem calma.
Procuro tuas mãos
vagarosamente,
folha por folha de papel,
a cor das palavras
que crias ser somente
e tão somente, tuas.
Entre o sossego e a ventania!
A "ventania" pode ter sido a melhor companhia e a gente nem sabe disso...no final das contas, ela lembra que a gente virou uma fortaleza...
Já o "sossego"... Ah, o sossego? O sossego é perigoso deixar a gente vulnerável...afinal, a vida é movimento...
Adormeço
"Adormeço cansada! querendo sossego... Querendo menos...
Menos cansaço
Menos solidão
Menos confusão em minha mente
Menos angústia no coração
Menos pensamentos
Menos ansiedade
Menos sonhos
Esses sentimentos que me consomem, me torturam a alma e ferem o coração
Adormeço na esperança de me desligar de tudo...
Desligar das emoções
Desligar do mundo
Desligar de todos que me rodeiam
Desligar até mesmo dos sonhos
Desligar da vida
Adormeço querendo não ser quem sou
Não me quero de volta
Pois comigo vem um turbilhão de emoções
Emoções não resolvidas
Sonhos desfeitos
Coração ferido
Alma atormentada
Adormeço querendo renascer
Renascer sem memória
Renascer sem lembranças
Renascer sem mim..."
(Roseane Rodrigues)
Quando estiver triste... Dance.
Quando sentir aquele vazio... Dance.
Quando faltar sossego e paz... Dance.
Quando não encontrar saída... Dance.
Quando não se sentir amada(o)... Dance.
Quando se sentir ignorada(o)... Dance.
Dance... Dance... Dance...
E que toda essa tristeza
inveja e mau humor
que lhe rondam... Danem-se!
VOLTA
Minha andorinha,
Voando sozinha,
Fugindo assim;
E porque fugir,
Sair do teu sossego,
Do teu aconchego,
Segui outro rumo?
Voas sem pensar,
A qualquer direção,
Expõe-se ao perigo,
Sem saber se um dia,
Poderás voltar.
Minha menina ,
Dengosa, teimosa,
Tentas apagar,
Lembranças de mim,
E da sua agenda ,
Deleta meu nome,
À se distanciar,
Através do tempo,
E seguindo ao vento,
Sem ter a certeza,
Onde irá pousar,
Nessa insegurança,
Não encontra abrigo,
Menina teimosa...
Volta minha vida,
Minha pombinha,
Vem de regresso,
Ao teu lugar certo,
Que em nosso ninho,
É o teu lugar.
Eu vivo a chorar
Essa sua ausência
Que me joga ao léu
Sou o teu menino
Que chora teu Abraço
Que sem teu calor
Não me resta vida
É só você mesma
Que me dá sossego.
Meu bem meu amor
Volta minha vida
Minha andorinha
Voa pra meus braços
Não se exponha ao vento
Seja em movimento
Seja contra o vento
Estou te esperando
Pois aqui é teu lugar.
TEM DIAS
Tem dias que quero sossego. Curtir o que vai pelo meu coração, dando quietude para a alma.
Não desejo nenhuma novidade para preencher lacunas, muito menos dando chance para o que não presta se engraçar comigo pois, viver em paz é a minha fortuna.
"Réveillon sem euforia, mas com paz de espírito e sossego. Sem fogos, mas com artifícios para uma vida mais interessante"
Kaliell Conrrado
8 de janeiro de 2016 ·
Maturidade acalma. Traz sossego. Nos livra de melindres. Gente madura olha nos olhos. Não faz chantagem emocional nem sufoca com suas carências. Gente madura compreende, não cria caso, não age pra atingir nem faz uso de indiretas. Aliás ser maduro é ser direto, objetivo. É respeitar a opinião alheia pois quer que a sua também seja respeitada. É aprender com os erros, ao invés de paralisar com eles.
É ouvir mais do que fala e escutar com atenção, pois é assim que procede o aprendizado. Gente madura ri de si mesma pois sabe que o sorriso é a chave para muitas portas que a vida nos apresenta. Sabe que o bom humor é chique, que gente feliz brilha, sem precisar de Sol. E sabe também que alegria de verdade não se forja, se exercita com as próprias dificuldades da vida.
Gente madura sabe o que é ser feliz. Anda devagar, por que já teve pressa e percebeu que ela não é só inimiga da perfeição. Gente madura sabe que a pressa faz passar despercebido o que realmente nos ilumina o coração. (Erick Tozzo)
Sossego.
Por aqui no meu sertão
nunca vi bala perdida
não moro numa mansão
mas a casa é protegida
não tem cerca e fiação
nem câmera de televisão
só tenho Deus na minha vida.
A Fé não é Refúgio...
A Fé é Abrigo !
Deus sempre deve estar conosco
Independente
do sossego ou do desatino
da flor ou do espinho
da Paz ou do Perigo .
Por que, minha indesejada angustia, você quase sempre aparece bem no meio do meu sossego?
Pedro Marcos
Eu penso no silêncio da paz, do sossego que não deve ser interrompido por qualquer bobagem, penso no sentido da vida e nos nossos sentidos. É isso que sempre penso..
E quando a tristeza tentar
roubar o teu sossego ...
Trabalha em cima da tua paz !
Silencia um pouco
Saia de cena desse mundo louco
Respira fundo
e lá dentro...
Dê-se um tempo !
Joga lá fora os vestígios
dos teus desalentos
Abra a janela da tua alma
Vista-se de calma
Deixa que as flores re(nasçam)
serenamente
Não há lágrima e espinho no mundo
que Deus não cure .
Lembre :
O teu cuidado sobre ti
sempre será o teu melhor
momento !
Sossego amigo
A paz de meu velho pai, trago comigo.
Sossegado em seus fortes braços,
sinto-me seguro entre laços
de alegria em seus traços.
Paz de exemplo amigo.
Honesto e amorável cidadão.
Zelador de minha paixão,
amador de minha mãe
e de meus irmãos.
Amo suas cãs!
Às vezes ao sentir-me atribulado
de soslaio vejo ao meu lado
o seu sorriso imaculado.
Querido pai amado.
Saudade de seu olhar amigo,
sua voz, seu cheiro antigo,
sempre a zoar comigo.
Fazia da vida, plena alegria,
flor de açucena, fantasia
a disfarçar o plano
do desengano.
Quantos anos, quantos anos,
desfazendo velhos sonhos.
Ah… Cuide bem de mamãe. Diga a ela, minha vida, que a amo, que a amo, mas que os anos não a trazem mais...
Oh! Que saudades que tenho… Como diria o velho poeta das tardes fagueiras, debaixo dos laranjais.
jbcampos
Quando cheguei do trabalho o corpo clamava pelo sossego da casa vazia.
Os ombros espremidos feitos limões depois de um dia inteiro vivenciado no antes e depois. Nunca agora.
O agora pertence ao reino das pessoas bem resolvidas, do presente selvagem, da ausência de dores e dúvidas. Por isso tal lugar me é tão fantasioso e desconhecido. Estou sempre presa entre dois tempos. Meus limões e eu.
E a silenciosa ordem da casa vazia era a única coisa de que precisava para que o dia terminasse afinal. Não haveria ninguém me esperando, não precisaria contar como foi o dia, o que fiz. Tudo estaria no exato lugar que a mão desatenta deixou pela manhã.
Estaria… do Pretérito mais que perfeito condicional.
Condição em que eu teria encontrado a casa se tivesse deixado a bendita janela fechada.
Mas a mão (aquela mesma descuidada que nunca repara o que está fazendo) abriu a janela antes de sair e foi embora despreocupada como só as mãos sabem ser. Nem pensou em olhar a tempestade que se anunciava desde cedo no horizonte.
Suspeito, na verdade, que exista uma relação profunda entre mão e vento. É o que percebo toda vez que minha mão esgueira para janela aberta do carro quando ninguém está olhando. Estende-se para o vento que corre livremente do lado de fora, finge que voa enquanto o ar se espreme entre suas partes sempre tão guardadas por anéis.
Em todo caso, a mão não estava lá quando o vento entrou enfurecido procurando por ela. Raivoso brandiu com força papéis para todos os cantos, derrubou aquele vaso feio que ficava sobre a mesa, o único que aceitou receber a estranha planta que eu nunca sabia se estava viva ou morta. Agora entre os cacos de vidro no chão não restava dúvida: morta.
Os papéis que permaneceram sobre a mesa molhados pela água do vaso, o restante espalhado no chão.
As cortinas caídas sobre o sofá como se cansadas de lutar contra o vento e tivessem simplesmente desistido. Ficaram observando enquanto o caos reinava na casa.
Nada naquele lugar lembrava a paz que eu buscava quando entrei.
A mão primeiramente cobriu os olhos com mais força do que o necessário, foi se agarrando a cada osso do rosto até se prostrar entre os dente a espera de ser castigada. Respirei fundo e a coloquei em seu devido lugar ao lado do corpo.
Caminhei entre vidros, cortinas, papéis e flores que já estavam mortas muito antes do vento chegar.
No meio da sala olhei para as mãos descuidadas e famintas por vento. E por um instante me senti bem em meio ao caos. Não sabia por onde começar a arrumação e, sinceramente, não havia qualquer pressa para isso.
Soltei o peso dos ombros que pela primeira vez eram nada além de ossos, músculo e pele. Fiz um azedo suco com o saco de limões que carregava e bebi inteiro, sem açúcar.
E ali, cercada pelo silencio caótico que se estende após a tempestade não havia nenhum outro lugar em que eu pudesse estar. Só o famigerado momento presente e eu em meio a sala. Sós.