Sorte poema
VAI E VEM
O fado é um vai e vem
nem sempre tão livre assim
a sorte, no ter, vai além
porém, a fé está em mim
E assim, caminha a vida
cada dia o seu destino
o tempo a quimera parida
a gratidão no sol matutino.
Pois estamos de partida...
Já os sonhos tão sonhados
metamorfoseiam num segundo
se nos espinhos são arranhados
nada é pra sempre neste mundo.
Pois cada segundo, emaranhados
de querer, ser, desejar: tão fecundo...
Às vezes bem
Às vezes mal
Vai e vem...
Tudo igual
dó-re-me
Habitue-se!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
31/07/2018, 05’30”
Cerrado goiano
Na loteria da vida,
Cada um faz o seu jogo
E o ponteiro da sorte
Empurra todos no fogo
Dá a cada um seu prêmio,
Sem ninguém lhe fazer rogo.
Penso que tive uma vida muito fácil. Nunca precisei fazer muitas escolhas, porque por sorte, sempre tive quem as fizesse para mim. Qual roupa vestir ou qual o melhor corte de cabelo, até onde deveria ir e com quem andar. Essas preocupações eu não tive, pois haviam pessoas para me dizer o que fazer.
Faça aquilo que ama, dizia mamãe, desde que dê dinheiro, estabilidade, notoriedade e te faça feliz, menos física, coisa de doido - falava ela. Já papai não pressionava quanto a isso, mas reservou que eu nunca seria realizado se não cursasse engenharia, porque era o meu sonho.
Não sei você, mas fui feliz, pelo que me contaram, não podia reclamar de uma vida tão boa, todos sempre afirmavam.
Entretanto, tive uma morte dura e dolorosa, mas tão livre que me senti mais vivo do que nunca. Lembro-me de chorar, por não conseguir conter a felicidade que me invadia. Não conheço muitas almas, mas imagino que não aceitam tão bem quanto eu a liberdade que a morte oferece.
Batalhador!.
Vai batalhar, tenta a sorte, seja forte
Só o destino aqui resolve, chorar jamais lutar um pouco mais!.
"Eu: Você tem sorte no amor?
Ela: Não
Eu: E no jogo?
Ela: Não
Eu: Eu faço você jogar o jogo do amor e ganhar ele."
Passa
Tudo passa
E quando passa
A gente abraça a sorte
Passa
Tudo passa
E quando passa
Seguimos rumo ao norte
Em passos incertos na vida
Calculo a fórmula da sorte
Em um vasto caminho só de ida
Sou a bússola que aponta pra morte
Leveza
Anoiteceu na aldeia,
Como um vulto,
A aranha
Balança-se na teia.
Que sorte tem ela
Agarra a própria linha
Se lança destemida
Segura de si.
Me vejo imóvel
Não tenho igual certeza
Não me desprendo da teia
Me falta a leveza.
Boa tarde
Sorte não existe,muito menos injusta ela é, nós que somos livres para escolher nossas opções, e não apostar nelas.
Ale✍️
Findou-se a morte.
Poderá ela ter essa sorte?
Vidas foram ceifadas em sua rotina.
Poderá ela lamentar sua sina?
Nascer, viver, viver, viver...
Seu destino?... Enlouquecer!
Caminho eterno...
Esse é seu inferno.
Findou-se a morte.
Há quem se importe?
Desfaça-se esse engano.
Foi apenas um sonho insano.
Nada de compaixão.
Seu fim... A solidão.
FORÇAS OCULTAS
(Bartolomeu Assis Souza)
Na arte do poeta somente devaneios
Na sua arte-sorte
A vida que traz justa medida de poesia
Forças ocultas do existir
Todo beleza vem do coração
Coração-doação que faz canção
Chama acesa-perene-de-inspiração
Isso é coração de poeta
A arte só produz versos
Só o coração é poeta
Poesia que vem do coração
Fábrica infinita de sonhos
ISBN 978 85 7893 909 0
Editora Biblioteca 24horas
Histórias de um garoto sem sorte.
Ela apareceu de repente
e em pouco tempo
dominou minha mente.
Ela tem um jeito meigo,
voz suave e rostinho
de boneca de porcelana.
Seu sorriso é lindo, me encanta.
Ela é um sonho
Queria que gostasse
de mim.
DESENCONTRO
Que sorte forasteira é esta
Que caminha sem sentido
Riscando rumo partido
E pouca ventura empresta?
Finge ser o destino, direção
Sussurrando ser boa nova
Se mais parece uma cova
Exílio arquitetado pro coração.
São desencontrados gestos
A nos jogar feridos ao chão,
Criando silêncio na emoção,
Com tais sonhos indigestos,
Que viram amarras pra ilusão,
Solidão nos desejos incertos,
E nos fazem boquiabertos...
Sem ter o amor, ah isto não!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
Vou... Buscando sorte...
buscando espaços limitados,
buscando flores entre espinhos,
que arranham,
que ferem,
transferem,
transmutam... E eu luto!
Perco e ganho;
choro e me apavoro.
Chuto para longe!
Afinal, mais se perde nesta vida
do que se ganha
E, se levo uma surra imaginária,
eu me levanto!
Tal é a força!
Escondida,
reprimida...
E necessariamente bruta!
A Sorte
A sorte construída, aquilo que se busca, não se espera, é na labuta que se acha. Ora e trabalha, batalha e clama.
A sorte de um homem é o seu esforço e luta, o quanto alimenta sua chama...
Eu temo a falta de sorte
De findar com dor e defeito
Não tenho medo da morte
Mas morro de medo do jeito.
Toda sorte de amor que se espargi numa cama.
Todo azar de um amor engando, que numa cama permitiu-se ficar.
Toda vida em pensamentos, em lembrança de momentos, que nunca mais voltarão, mesmo quando desejado estes foram.
Toda sede consumida, tanta fome saciada e tanta fraqueza de espirito por falta de sustentação
MIRAGEM
(Meus 20 anos)
Além muito longe vejo
Minha sorte
Talvez sufocando em beijos
Minha morte
Caminhando muito longe
Na montanha
Este frade este monge
Acompanha-me
Vejo além no infinito
Meu penar
Talvez caminhando aflito
A chorar
Revivendo meu passado
Meu viver
Talvez fiquemos calados
Ao morrer.
1993