Sorte e Merecimento
Não acredito na sorte e nem tenho medo de azar, porém não posso negar:
Sou supersticioso, mesmo acreditando que sou senhor de meu destino e que nem macumba pode me derrubar.
O que é ter sorte?!
Sorte pra mim,
foi ter te conhecido....
Sorte pra mim,
é ter voce comigo...
Sorte eu tenho ,
quando vejo o teu sorriso...
Sorte nada mais é,
que poder compartilhar os momentos vividos com tigo!
Coisas que não tenho
Não tenho sorte, faço das coisas da vida minha sorte.
Não tenho sonhos, faço das minhas capacidades meus sonhos.
Não tenho destino, faço das minhas viagens meu destino.
Não tenho irmãos, faço das minhas canetas meus irmãos.
Não tenho pais, faço dos meus pais minha mente.
Não tenho amigos, faço dos meus livros meus amigos.
Não tenho inimigos, faço das coisas ruins meus inimigos.
Não tenho casa, faço do meu coração minha casa.
Não tenho medo, faço de me mesmo meus medos.
Não tenho capacidade, faço das coisas que conquisto minha capacidade.
Não tenho ouro, faço dos meus estudos todo ouro que preciso.
Não tenho vida, faço das coisas minha vida.
Não tenho ódio, faço as pessoas entender que ódio não e bom.
Não tenho esperança, faço das estrelas minha esperança.
Não tenho um amor, faço da lua meu grande amor.
Não tenho admiradores, faço de me mesmo meu admirador.
Não tenho fama, faço de tudo minha fama.
Não tenho profissão, faço das minhas artes minha profissão.
Não tenho alegria, faço do meu sorriso minha alegria.
Não tenho armas, faço da minha Fé minha arma.
Não sou tudo que as pessoas pensam, mas tudo que não pensa.
Não tenho o que não quero ter, mas tenho tudo e não tenho nada.
Vai-te toda sorte de maldade,
Nem que custe minha própria sangria,
Que reste somente a saudade,
Aquela que respeite minha alegria.
Já fartei-me do algoz,
Rude escravo do amor,
Agora, quero ficar a sós,
Trazer de volta minha cor.
Fosse outrora a despedida,
Adiaria, outra vez, sua ida.
Agora, já fartei-me desta lida.
Quero o peso da leveza,
O brilho da destreza,
E o desprezo à tristeza.
ENTRANHAS (soneto)
Então? Poucos estarão ao teu lado
Tua sorte vai até quando fores útil
O desprezo é porção do lado fútil
Lamentável, da ingratidão é aliado
De tão cego o afago se torna inútil
Vários hão ambição, pouco agrado
Onde o olhar se faz fragor calado
E o abraço repulsa num solo fértil
Afaze-te ao discernir denodado
Da injustiça encontrarás o covil
Da proteção o ferrolho trancado
Não te faças de amigo neste ardil
Nem formidável no vil acordado
A dor calejada, pode ser gentil!
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
Viver requer perícia e sorte.
Sorte para ter uma boa mãe e perícia para ser um bom filho.
Perícia para ser um bom pai ou mãe e sorte para ter bons filhos.
Sorte, por exemplo, para que sua casa não desmorone sobre você pela imperícia dos que a construíram.
Viver não se resume em respirar, ver, falar, ouvir, andar... é muito mais: é ser capaz de ter aspirações, de entender e aceitar que ninguém consegue sobreviver sozinho.
Viver requer perícia e sorte.
Sorte para ser amado e perícia para saber amar.
E ainda perícia e sorte para se ter uma boa morte.
Se me olhas sorrindo, não imagine que sou um cara de sorte!
Sou apenas um cara que decidi olhar a vida pelo que tenho, não pelo que não tenho...
Eu acabei de furar meu dedo com um alfinete. Foi um acidente, claro.
Por sorte tinha um pedaço de algodão por perto e eu estanquei o sangue.
Após alguns minutos de reflexão, eu decidi que hoje à noite estaremos realizando o culto de cura do algodão.
Pedimos a todos que compareçam munidos de fé e da carteira.
Aqueles que não forem abençoados na sessão de hoje é por que não tiveram fé o suficiente, mas não há o que temer.
Faremos ao longo do mês inúmeros cultos de exercício da fé. Nesses cultos venham munidos apenas da carteira. A fé você levará daqui.
Apostar sua vida em uma ocasionalidade de vitória atribuída a sorte, faz do homem um completo fracassado, aquele que devolve a vida respostas aos problemas infortunos ou desventura, este será exaltado.