Sorria Mesmo
Mente-se e cai-se na verdade. Mesmo na liberdade, quando escolhia alegre novas veredas, reconhecia-as depois. Ser livre era seguir-se afinal, e eis de novo o caminho traçado. Ela só veria o que já possuía dentro de si. Perdido pois o gosto de imaginar.
Será horrível demais querer se aproximar dentro de si mesmo do límpido eu? Sim, e é quando o eu passa a não existir mais, a não reivindicar nada, passa a fazer parte da árvore da vida – é por isso que luto por alcançar. Esquecer-se de si mesmo e no entanto viver tão intensamente.
E, mesmo, quem já não desejou possuir um ser humano só para si?
E, mesmo, quem já não desejou possuir um ser humano só para si? O que, é verdade, nem sempre seria cômodo, há horas em que não se quer ter sentimentos.
Mesmo que houvesse resposta para muitas questões filosóficas, os homens nunca poderiam encontrar explicações verdadeiramente seguras para os enigmas da
natureza e do universo.
Até mesmo a folha que cai é permissão de Deus. Tudo é permissão de Deus. Não queira entender os seus planos... Aquilo que você não entende hoje, te fará feliz amanhã.
Bom mesmo é encontrar com aquelas pessoas que abraçam leve mesmo com mil pesos nas costas e sorriem assim, como se a vida nem aprontasse tanto. Melhor ainda é encontrar esse alguém dentro de si.
[...] Alegria inventada não cura, não alivia, não salva. O que melhora mesmo é a força que cresce dentro da gente. É a fé. É a certeza de que no tempo certo a alegria vem.
Então, de repente, sem pretender, respirou fundo e pensou que era bom viver. Mesmo que as partidas doessem.
Não sou contra a banalização do amor.
O amor tem que ser banalizado, mesmo!
Tem que estar em toda parte, em todo lugar,
a toda hora, com qualquer pessoa.
O que não pode ser banalizado é o ódio,
a frialdade, a indiferença,
tudo aquilo que é ruim e causa dor.
Mas o amor?
O amor não deve ser guardado como uma pedra preciosa
que você esconde egoisticamente para oferecer
apenas a este ou aquele alguém.
O amor deve ser espalhado como o mais doce e sublime perfume, para que inspire e inebrie todas as pessoas do mundo,
a todo instante, por todo o sempre!
Impossível que você não perceba como é doloroso para mim mesmo encarar este rompimento. Afinal, a afeição que nutro por você é um fato.
Sinto uma necessidade extrema de estar sempre a criar algo.
Executo-as com paixão, todas ao mesmo tempo.
Mas não me apego a absolutamente nada do que eu crio.
Sequer tenho um livro meu. Sequer guardo fotografias,
diplomas, resultados, honrarias.
A única coisa que me interessa é criar.
= Este é o meu sentido da vida. ;D
Agora não dá mesmo pra ser feliz, é impossível. Mas quem disse que a gente precisa ser sempre feliz? Isso é bobagem. Como Vinícius cantou "é melhor viver do que ser feliz".
Tem dias que eu estou assim mesmo. Me tranco no quarto, me afundo nos travesseiros, coloco uma música no último volume, e que o mundo se exploda lá fora.
Desaprender a autocomiseração: enquanto perdemos tempo tendo pena da gente mesmo, os demais seguiram em frente.A solução é voltar ao marco zero. Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima.Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar.
Tenho urgência de ti, meu amor. Para me salvar da lama movediça de mim mesmo. Para me tocar, para me tocar e no toque me salvar.
Ele abriu os olhos. E acolheu todos os sentimentos, mesmo o medo. Não queria ficar só. Virou o rosto contra o travesseiro, sentindo o contato com a fronha limpa. As lágrimas molhavam o pano, mas eram um consolo. As paredes não riam mais. Um sentimento novo encolhia-se dentro dele, em atitude de espera. Não sabia dar-lhe nome, mas isso não era essencial. O essencial que estava dentro dele, o novo sentimento — quente, amável — como se apontasse um caminho com o dedo em riste.
Viver é ser outro. Nem sentir é possível se hoje se sente como ontem se sentiu: sentir hoje o mesmo que ontem não é sentir — é lembrar hoje o que se sentiu ontem, ser hoje o cadáver vivo do que ontem foi a vida perdida.
Apagar tudo do quadro de um dia para o outro, ser novo com cada nova madrugada, numa revirgindade perpétua da emoção — isto, e só isto, vale a pena ser ou ter, para ser ou ter o que imperfeitamente somos.