Sons do Silêncio
No esbarrão entre a Beleza da Oratória e a Sabedoria do Silêncio, quem mais se destaca é a Perícia da Escuta.
Consideram tolos aqueles que não falam. Porém quem escuta, talvez contenha mais conhecimento e até mais argumentos, do que os que se consideram sábios por exporem seus ideais.
Você nunca disse. Eu sempre quis escutar. Você me evitava. Eu queria te encontrar. Você era realista. Eu adorava sonhar. Você desistiu. Eu insistia em lutar. Você ria. Eu sorria. Você existia. Eu vivia. Você queria o mundo. Eu queria nós. Você queria alguém. Eu queria você. Você era tempestade. Eu brisa de verão. Você agia com a razão. Eu com o coração. Você cansou. Eu amei. Você se foi. Eu fiquei. Você sorriu. Eu chorei. Você não precisou dizer nada, porque eu aprendi que o silêncio também fala.
Para aprender algo ou entender o outro é necessário calar e ouvir. O silêncio tem um valor imensurável. Quem conversa demais não ouve bem e não percebe o que está a sua volta.
escuta...
mais uma vez
esquece
as palavras
ja não há
esquecida sigo
não há forma de fazer
sentido
meu coração e o meu
cérebro
não se falam
vivem
em contradição e eu no
meio
sem saber para onde
me virar
se tento escrever
tudo
soa mal se tento
mostrar
não tenho atos para o
fazer
por isso não fales e não
ouça
ficaremos assim
só assim...
que este silêncio nos
proteja
de nós mesmos...
"Não precisa gritar sua dor, seu desdespero, sua dúvida, sua angústia, porquê Deus escuta no silêncio. Sua conversa é de coração para coração.
Senhor ouve meu coração!"
(Irene Aguiar)
Às vezes precisamos ficar em silêncio para ouvir a voz de Deus.
Quando Deus fala, precisamos estar bem atentos para ouvi-Lo.
Não deixe que várias vozes desse mundo atrapalhem você a ouvir Deus falando contigo!
Inclusive, cuidado com a sua própria voz cheia de ansiedades, atrapalhe você a ouvir e a discernir o que Deus quer falar com você!
SILENCIE TUDO PARA OUVIR DEUS falando com você!
DVS
Se você não consegue ouvir o que um silêncio é capaz de dizer, é porque é surdo de sentimentos e ainda não aprendeu a escutar.
Não confundam humildade, com fraqueza. Silêncio, com ignorância. Curiosidade, com falta de conhecimento. Delegar poderes, com não saber fazer. Escutar, com não ter o que dizer.
O Silêncio está cantando.
Autor: Ederson Silva
O silêncio está sussurrando em meu ouvido,
ele busca contemplação, busca silêncio.
Em meio ao silêncio minha imagem refletida mostra a essência desviada,
os sonhos esquecidos e a criança que cresceu.
Silêncio emite sons que desconheço,
a sua memória remete as andanças e descobertas que fiz pelo mundo.
O silêncio está cantando,
melodias que nunca parei para escutar, ele me levou ao silêncio.
Parei e escutei o silêncio de minha voz, pois é preciso em alguns momentos parar;
O silêncio está cantando,
memórias infantis de uma criança que precisou ser silenciada em seu medo.
O silêncio me mostrava o medo que sentia, mas que me dava razões para pensar e sentir meu respirar.
O silêncio está cantando,
ouço sua voz a me acalmar e me fazer sentir o coração;
Ele me faz companhia e me faz ir ao meu encontro;
Percebi que o silêncio está em mim, e assim nos tornamos grandes amigos.
E às vezes podemos ouvir no silêncio, na solidão... coisas que somente se ouve quando se aprende a ouvir com o coração.
E às vezes é tanto silêncio por dentro e por fora que o dia fica lento,param-se as horas,e eu não consigo nem ao menos ouvir as batidas de meu coração.
Há momentos em que a vida se torna um fardo tão pesado que o coração transborda em silêncio, e o outro, ao nosso lado, clama por algo além das palavras: clama por escuta, por acolhimento. Quando nos deparamos com a dor alheia, é um convite não para a solução imediata, não para o julgamento rápido, mas para a presença. Muitas vezes, o maior ato de amor que podemos oferecer é simplesmente estar ali, ouvir sem pressa, abraçar sem questionar, permitir que o outro sinta plenamente, sem interromper com opiniões ou conselhos impensados. A dor do outro é única, e, por mais que pensemos entender, jamais seremos capazes de medi-la com precisão.
Nosso erro, muitas vezes, está em julgar aquilo que não vivemos, em acreditar que somos senhores da razão, e que nossas soluções são universais. Esquecemos que cada alma é um mundo, e o que para nós parece pequeno, para o outro pode ser um abismo. Respeitar o sofrimento do próximo é, antes de tudo, um ato de humildade. Não cabe a nós decidir o peso do que o outro carrega, mas sim oferecer um ombro firme, um abraço acolhedor, e a paciência necessária para que o outro se sinta ouvido. Mesmo quando as palavras se tornam amargas, mesmo quando o desespero transborda em queixas contra a própria vida, devemos lembrar que o acolhimento não está nas respostas que damos, mas na escuta que oferecemos.
Assim como Jó, que enfrentou sua própria dor, seu luto e seu questionamento diante da vida e do Criador, todos nós, em algum momento, nos tornamos aquela pessoa à beira do abismo, buscando sentido no caos. E assim como os amigos de Jó, que o acompanharam em seu silêncio, há momentos em que nossas palavras se tornam desnecessárias. O que resta é a presença. A escuta atenta e compassiva, sem julgamentos. Pois a dor, como a vida, segue seus próprios caminhos, e o que o outro mais precisa, em seus momentos de vulnerabilidade, não é a certeza da razão, mas a certeza de que não está só.