Sons do Silêncio
"Quando for preciso ouvir, silencie sua voz e escute a beleza que se houve no silencio. Quando for ouvir, não tenha pressa de contradizer. Se estiver disposto a ouvir, saiba de uma coisa, a liberdade mora na fala do outro. Ao ouvir, esvazie-se, só assim receberá a essência do que o outro fala. Perceberá de uma forma muito especial o que está dentro de quem você ouve. Parar pra ouvir revela ao outro o quanto você está disposto a aprender. Saber ouvir é ser capaz de se conectar aos desejos e vontades do outro, interpretando seus sentimentos, ao mesmo tempo em que silenciamos nosso prejulgamento. Saber ouvir é uma das melhores formas de aprender a falar. Quando não tiver nada pra dizer, dê lugar ao silencio, assim dará espaço para ouvir o outro".
É na magia do silêncio que escuto as nossas vozes. Desde criança ensinou-me a escutar e a ouvir o que diz o meu coração. Sei agora que o Amor pode vir para ficar num lugar inesquecível, onde vale a pena ficar pelo menos mil anos, vale ainda vive-lo pela eternidade... Há Amores Eternos e Felizes, Só assim a Vida faz Sentido... Roswyta Ribeiro
No profundo abismo onde ninguém podia me escutar, falei com o silêncio. Rios de lágrimas correram de meus olhos, antes que de eu começar a falar. Esta era a minha situação. Os problemas sufocaram a minha vida em uma cisterna, meus inimigos jogaram pedras sobre mim. Meus olhos, deteriorados de tanto chorar, mal conseguiam se mover. Minha alma estava abatida dentro de mim, ela quer o refrigério.
Eu me afoguei em minhas próprias lágrimas. Me condenei por não ter buscado a paz e o refrigério que minh'alma pedia. Achei que nunca iria sair do abismo, da cisterna coberta de pedras e lágrimas.
Subo todos os dias um degrau até o céu.
Deitado em meu quarto eu escuto
o surdo silêncio da noite
mais uma noite que se passa
são coisas assim, pequenas
que fazem a vida ter graça
sem sono, a vigília serena
se traduz no farfalhar
que o vento faz nas folhas
coruja lambendo as penas
o crepitar do fogo
só as nuvens despercebidas
parecem enciumadas
de repente se fazem sentidas
trovejando, relampagueando
rompendo a serena calma
mas se ainda chove neste mundo
a paz vai reinar em minh'alma
e faz-me dormir em paz
com as bênçãos que ela traz
A minha alma é um silencio
de cinzas, de mágoas deitadas ao vento
não sinto, não vejo, nem escuto.
O meu coração que bate baixinho
já não sou mais quem eu era..e talvez nunca venha a ser..
cansada da longa caminhada, mesmo com fé
Mergulhei na noite escura, sozinha, escondida
de mim mesmo à beira de um precipício
de onde a mão de um anjo socorreu-me
Andei perdida, esquecida de mim mesma
sem pressa de encontrar o caminho
ouvi uma voz e continuei sempre em frente.!
NO SILENCIO DESTA SOLIDÃO PRESENTE,BUSCO O GRITO SILENCIOSO DO PESAR DO NÃO ESCUTAR,DO NÃO ENTENDER,DO NÃO ACEITAR E MESMO ASSIM,SE DAR...
Perdida nesta imensidão...escuto silêncios soltos...me reconheço em cada partícula ...os olhos orvalham o charco da alma...nada mais depende de mim, nem mesmo o amanhecer...
Escuta os silêncios.
Não ouves? Não sentes?
Esta vontade premente,
de te abraçar, de te ter...
São lágrimas de saudade,
que brotam do meu olhar.
Perdido na tua ausência.
Incapaz de te alcançar.
Anabela Pacheco
Escuta o silêncio. O eco que transporta a doce melodia da minha voz. Sente. É o teu nome que grita!
Não tentes decifrar o enigma que te assola. Cruza os caminhos que te irão levar a sítio algum. É onde irei estar, à tua espera. Na névoa que te beija. Na brisa que te aconchega. No último raio de sol que te afaga o rosto. Sereno. Sonhador. Observa o vazio. Está pleno de mim!
Anabela Pacheco
"... É ele... Só o silêncio! Todo o mais se cala. Tudo escuta! Tudo vai se reconstruindo.
É a hora do nada... A última hora.
Existir.
Contemplo o silêncio de ser eu mesmo.
Nada mais existe, só o recomeço.
Nada existe, só o silêncio.
Nada mais existe... só a certeza de que: se eu dissesse tudo o que penso, seria expulso do mundo..."
REGAÇO MEU
Meu corpo é um poema sem palavras...
A minha alma escuta o meu silêncio..
As lágrimas inundam o meu regaço.
Rezo o rosário da dor da minha alma
Onde silenciosa sepultei os meus poemas
Gosto quando me olhas com os teus sentidos
Tocas-me com os teus pensamentos....
E beijas-me com o teu silêncio...
Tango de uma alma traída quando a afastam
Um mergulho no tempo....
Feito num momento.... de um lamento
Um sofrimento num cansaço....
Pranto de um desejo, de um abraço
O grito silencioso de uma lágrima reprimida...
De uma dor aprisionada
Onde a poesia é a minha companheira...
Das madrugadas mal dormidas..
A solidão sempre foi meu caminho...
Onde sigo.....a rota do vento....
E atravesso a tempestade.
Agora enxugo minhas lágrimas cheias de saudades.
De tristeza entregue a uma dor intensa...
Onde só queria uma pausa para poder colher a lua.!!
Meu silêncio eu dedico a quem escuta, minhas palavras eu dedico a quem absorve, minha dor eu reservo a mim mesma, meu amor eu dedico a quem é e for....