Sons do Silêncio
AO SOM DO SILÊNCIO
Do fundo da noite
Observo o além...
Estrelas cintilam,
Doce inspiração
Qual prêmio me vem.
Um bando de sonhos
Agita minh'alma...
A brisa carrega
Um cheiro de mato
Que aos poucos me acalma.
Um pouco de vinho -
E mais poesia.
E bailam as horas
Ao som do silêncio
Da noite tão fria!
O som do silêncio_ um sorriso de amor
... nas minhas madrugadas
o som do silêncio
ecoa chamando por mim.
Acordo
Penso
Medito
... em meu mundo
minhas regras
meus erros e acertos.
A solidão da noite
causa uma proximidade
maior com meu eu
e o mundo exterior.
Emoções e
sensações afloram,
lágrimas irrigam a alma.
Nada contraditório
nem tudo é perfeito
tampouco
é por direito
contudo
... a vida é
o momento presente.
Em cada sonho
escondo
um sorriso de amor.
"SILÊNCIO pode ser AUSÊNCIA de som ou RESULTADO de quem não conseguiu ouvir, compreender o SOM enviado por DEUS até ele."
—By Coelhinha
Não digo nada, porquê não há nada a dizer, o único som que fazemos é o silêncio, é isso, e apenas isso que dizemos um para o outro, essa foi a maneira que encontramos para expressar, o que sentimos , não que seja um sentimento ruim, mas para demonstrar o desconforto, com nós mesmos, a sensação de ter dado errado, e talvez a culpa, por não ter feito melhor, e não ter a chance de fazer diferente, pois isto, é a única coisa que queremos, e é também a única coisa que não podemos ter. Isso é tudo que queremos falar, e falamos com uma ação, como um pedido de perdão, em um olhar, em um simples silêncio.
Quarto de espelhos
As vezes o silêncio toma conta
Até posso ouvir meu respirar
Ouço um som, o som do vento
Parece ser um outro lugar
Fecho os meus olhos
Na escuridão enxergo a luz
Os pensamentos surgem
Já não estou mais sozinho
Sou rodeado por lembranças
Momentos, e mais momentos
É estranho esse lugar
É calmo, vazio, mas é cheio
Sou leve como uma poeira
Tudo parece flutuar, lentamente
Calmaria constante
Mas meu coração bate forte
Sou visitante nesse lugar
Tenho motivos pra gostar, ficar
Mas não posso permanecer
Não precisa compreender
É um lugar, um reflexo
Mesmos móveis, cheiros
Onde me deito, e levanto
Meu quarto de espelhos
Eis que reflete, agora o presente
Mas diferente és o momento
Agora, e nesse instante
Sou habitante em um espelho
Você ouve o som do silêncio
E de repente você pensa
Em qual será a distância
Que te separa
do som mais próximo
Aquele
Que teus ouvidos não ouvem
Onde será que ele morre?
Você olha a escuridão da noite
E tenta imaginar
A tênue linha que separa
O tempo que se move
do tempo que pára
Nessa rara hora
Você finalmente percebe
O quanto tudo sempre foi um pouco mais
Que as simples percepções
Que a gente recebe e manda embora
E sente no coração
Uma certa decepção
Consigo mesmo
Mesmo assim
Você, de certa forma, ainda sabe
Que ao longo dessa Estrada
A imensa maioria
Viveu...morreu
e não atentou pra nada
Edson Ricardo Paiva
PERFAZER
No silencio da noite
ao som da intensa madorna
um suspiro propenso
mistura-se a ressonância do sonho
... Quintal de terra
bola de meia, peteca no ar,
menino deixe de brincadeira...
Venha cá?!
O pipa esta solta aos ventos
ao tempo, em seu momento...
Um olhar sob o horizonte do mar...
Menino venha cá?!
Vá correndo ao compadre
volte antes do cuspe secar
traga o fumo, traga a palha
que hoje eu quero pitar.
Freadas buzinas...
Furdunço com ambulância,
tempo pequeno, assina a sina
o sonho acaba
mais um fim de ressonância.
Antonio Montes
Não digo nada, porquê não há nada a dizer, o único som que fazemos é o silêncio, é isso, e apenas isso que dizemos um para o outro, essa foi a maneira que encontramos para expressar, o que sentimos , não que seja um sentimento ruim, mas para demonstrar o desconforto, com nós mesmos, a sensação de ter dado errado, e talvez a culpa, por não ter feito melhor, e não ter a chance de fazer diferente, pois isto, é a única coisa que queremos, e é também a única coisa que não podemos ter. Isso é tudo que queremos falar, e falamos com uma ação, como um pedido de perdão, em um olhar, em um simples silêncio. Umescritorchamado8
MEIO DIA NO CERRADO
Meio dia. Um canto do cerrado ermo
O silêncio quebrado pelo som do sino
A solidão na saudade sem meio termo
Céu nublado e vigorosa chuva a pino
O vazio cai na calma como um castigo
Não há burburinhos e nem um destino
O planalto devastado, ausente e antigo
Está deserto de fantasmas e de almas
A minha angústia não encontra abrigo
O vento nos buritis, parece bater palmas...
Luciano Spagnol
12'00". Novembro, 2016
Cerrado goiano
Algumas vezes a voz do silêncio é o som mais bonito que queremos ouvir, além de trazer paz, enfeita o coração e envolve de poesia a alma.
SOU ASSIM
Amo o silêncio e o som.
Chova ou faça sol,
Para mim, é tempo bom.
Loura ou mulata
(Tanto faz, tanto fez)
O meu coração acata...
Doce ou amargo,
Eu aceito o teu café.
Sou assim, é coisa minha.
Com ou sem gelo,
Bebo a tua caipirinha.
Em silencio me manterei, até o dia em que o som deste silencio se torne tão ensurdecedor que não reste outra alternativa, que não a vontade manifesta de Ser para quem eu nem existo.
O que foi silêncio?
aqui o som é outro, aqui o som é apropriado ao meus ouvidos, aqui o som é educado, aqui o som é simpático até quando não fala. Prazer sou uma obra prima de silêncio, foi quando andei ao lado, e me sentei do outro, para dialogar quem queria saber do meu silêncio poético.