Sono
A noite cai e o sono não vem, oro a Deus que acalme minha alma e descanse o meu corpo para que eu durma bem.
Durmo, aí acordo com fome. Então eu como, e dá sono. Então eu durmo, aí acordo com fome. Aí eu como, e dá sono. E assim é a minha vida.
Que força sobrenatural é essa que me tira o sono? E que me faz repousar em paz?
Quem ousa ser chamado de Deus e não posso tocá-lo apesar de senti-lo todo o tempo?
Quem é esse Deus que enxerga quem sou até quando não mostro o que sou? Nem quando me calo deixar de me ouvir..
Da janela eu a espero
É noite! Eu nem tenho sono
De manhã! sinto abandono
Meus olhos não os vêem,
Minha rua! Está sem graça.
Que rua encanta? Que perfume passa?
Os cabelos! Que vento esvoaça?
Que o vento te de asas pra voar e
Traga o encanto ainda mais linda pra me encantar.
Em noite sem sono ainda sonho
Resta-me a toalha molhada velha e desbotada
A enxugar as lágrimas destiladas de meus olhos.
Tenho medo guardado em mim. Que machuca, tira meu sono, tenta virar meus planos e acaba não me deixando. Envolvem-me de dor, lágrimas, agonia e isso não para.
Você me completa ,meu dia sem você é um dia sem meu sol,um dia sem sono um dia triste,mais uma noite acordado.
Deve ter alguma coisa nessa madrugada. Os ventos mais frios, o silêncio ensurdecedor, o sono embaralhando levemente as mentes, olhos e sorrisos. Uma coisa bem shakespeariana mesmo, digna de cinema. Porém, entretanto, é na madrugada que tudo fica mais lívido, brilhante, interessante. Os pensamentos fluem com mais clareza, as palavras finalmente saem e as dúvidas, aquelas dúvidas torturantes, finalmente encontram seu caminho para a solução. Deve ter alguma coisa nessa madrugada. Teu sorriso fica mais bonito, tuas qualidades ficam infinitamente mais claras. Tua voz fica mais gostosa de ouvir e seus olhos, sonolentos e inchados, são a prova de que existe perfeição no mundo. Deve ter algo nessa madrugada. Ou em você, sei lá. Só sei que eu gosto. Minhas olheiras estão aí pra provar. Minhas fraquezas também.
Sentia sono, mas não queria dormir. Preferia torturar-se um pouco mais na tormenta da realidade, no caos dos pensamentos, na confusão do presente.
Tinha o sono como um sedativo, e estava precisando aplicar, pois seu machucado "almático" estava começando a doer. Mas o mais incrível e contraditório é que queria que doesse, que apertasse, para ter que chorar, ter que sofrer um pouco.
Tantas lágrimas e noites de sono perdidas por nada, a única coisa que tenho é a saudade dos sorrisos que você arrancava de mim.
Ao esperar meu sono parei pra pensar o quanto sua presença me fazia bem, e por incrível que pareça o quanto sua ausência agora me faz bem. Isso me fez entender que não dependemos de ninguém pra ser feliz, apenas carecemos de alguém para nos sentirmos supostamente completos.
Deitado as escuras, sem o brilho de minha lua,
já não tenho mais fome, sono ou vaidade,
metamorfoseando minha inconstante esperança, culpa tua!
Máscaras de felicidade, que vem e destróem minha mental sanidade,
e meu coração, gritando assim: "sem ela eu não bato, sem ela eu não vivo",
lembra o meu juízo, dizendo pra mim: "sem ela eu não penso, sem ela eu não existo",
impressionante a forma que me engano,
quando penso que me ama, fica só de enrolação,
volto a realidade então choro um oceano,
tua incerteza dói mais do que um não, maldito juízo, maldito coração!
Esperar em Deus é minha única e mais certa solução,
porque essa ansiedade eu num guento mais não, eu num guento mais não...