Sono
Já sofri, já chorei, já até perdi o sono várias noites.
Tenho tantas lembranças...tanto amor que até já virou uma saudade doída.
Hoje procuro não mais viver dela. Mas viver com que aprendi
com tudo isso. Que as cicatrizes ficam, mas a vida da gente continua.
Quando percebo chegar meu sono acendo as luzes e abro as janelas para dormir. Preciso de luz e de brisa quando regresso. A luz me acumina olhos sem prece... e o açoite do vento que se esgueira pela janela me é cura agora. Permito ao sono de quem segue serena os vagalumes carregar-me ao longe por certo. Só que neste hoje, mais lúcida de mim.
Tem noites que me falta o sono, queria dormir e quando acordar saber que nada é verdade e que tudo foi apenas sonho.
O sono me dormindo,
O sonho me sonhando.
A bebida me bebendo,
A vida me vivendo.
O amor me amando,
E eu alheio a tudo.
Hoje escrevo pensando no amor, onde ele está?
Será que dorme em um sono profundo, ou vive a me esperar?
Pensando nele, passei a acreditar que talvez ele não exista ou existe a me esperar.
Em meio a essa dúvida, tentando achar respostas, eu optei por te esperar.
As vezes meu coração fica pesado,
As vezes leve.
As vezes perco meu sono
E em outras durmo como se nada pudesse me incomodar...
Sinto medo de certas coisas que nem existem,
Medo da luz,
Da cor
Do vento,
Dos risos e devaneios dos outros
que insistem em mostrar suas falsas felicidades...
Falsos sonhos e falsas ironias...
Assim como o que sinto por 'ele' é falso...
Acho que nada nessa vida ou mundo é verdadeiro,
Nada do que passo seja real.
Tenho medo que um dia eu desperte disso tudo,
E depois venha descobri que isso não valia a pena.
Sinto meu coração ficar pesado,
Sinto meu mundo perder o rumo,
Meu senso perder o chão...
Sinto agora minhas lagrimas molharem meu rosto...
Sinto tudo...
Só não sinto seu toque em minha pele,
Sua voz sussurrante em meu ouvido,
Seu olhar me procurando...
Sua voz me chamando.
Só escuto seu nome...
Na minha cabeça, nos meus sonhos...
Fecho os olhos,
Só vejo você...
Só sinto você...
Meus olhos, no meio dessa multidão, só encontra você...
Só quero você...
Você...
Os problemas que te tiram o sono, não tiram o sono de Deus. Na hora certa o braço poderoso do Senhor se estenderá na sua direção e te levantará.
Perdi o sono relembrando o dia maravilhoso. Quis não acordar para enfrentar a realidade. Dormi feliz,dormi triste. Mas o dia sempre chegava e me acordava, para eu vê-lo e vivê-lo com suas oportunidades. Foram tantos os dias que eu passei do meu jeito, que é o melhor jeito que conheço... percorri todos esses dias e fiquei mais longe desses motivos que me fizeram tão feliz e tão triste.
Eu sou aquela tua perturbação
Aquele sono não dormido
Aquele seu ódio reprimido
Mas sempre fui também ..
Aquele sorriso
Aquele idiota que lhe faz rir
Aquele que sempre vai estar esperando
Aquele que já não liga pra ninguém só pra você
Aquele que promete fundos e mundos.
Leve sono que me envolve
Na noite igual de outras eras.
Passos lentos, pensar estático,
Rabiscos vãos de qualquer quimera.
Na noite alta, há clareza excelsa,
Feixes de luz brincam de existir.
Como a criança doente que morre aos poucos
E brinca sorrindo antes de partir.
Há sempre mais do que não pode haver.
Há mais cansaço do que cabe em mim;
Eu junto figurinhas, sem saber...
Que nada é isso e tudo é fim.
O amor é a alegria em meio ao caos. Amor é deitar morrendo de sono, afastando o mundo inteiro, mas levantar quando o celular treme e você sabe que é uma SMS da pessoa amada. Amor faz o sono passar, faz o sorriso brilhar e se espalhar pelo mundo. O amor um vírus benéfico e sem cura. O amor invade qualquer coração desligado, até aqueles turrões que juram ser mais fechados do que cofres dos cassinos de Las Vegas.
Amor não é só andar de mãos dadas, mas andar no colo também. Amor é um conjunto de beijos calorosos e mordidas provocantes. Amor é abraços apertados e beliscões irritadiços. É brincar de guerra de travesseiro, empurrar dentro do mar e implicar com a barriga alheia. Amor é morrer de rir ironicamente só para irritar o outro. Amor reúne palavras doces e xingamentos sarcásticos. Amor é namorado, melhor amigo, pai e avô.
Amor é ter uma cama de casal enorme e acordar espremido no sofá enquanto via um filme qualquer na TV. Amor é ler o jornal e separar o Segundo Caderno para ela e a parte dos esportes para ele. Amor é descobrir que não existe o tempo. Uma hora juntos equivale à um segundo. Já, um segundo longe é o mesmo do que sete dias sombrios e arrastados. Amor não é tempo. Pelo contrário, amor é nem ver o tempo passar.
Amor é ver que a ligação deu caixa-postal e se preocupar como uma mãe solteira. Pode ter sido assaltada, sequestrada ou sei lá o quê. Mas o principal, amor é ter confiança para saber que celular desligado e traição não possuem nada em comum. Aliás, no dicionário do amor, traição só aparece na parte "não-amor".
Amor é encaixe, como legos perfeitos. Amor é tomar banho juntos porque acordaram atrasados. Ou simplesmente pelo prazer de lavar as costas um do outro. Amor é reclamar da barba que irrita o queixo e dos fios de cabelo que sobrevoam o rosto durante a noite enquanto tentavam dormir de conchinha.
Quando o "com quem" é mais importante que o "aonde", é amor.
Aquele colchão macio, lenções limpos, o relógio marca mais de meia noite, e o sono não vem, a madrugada vai chegando e com ela o desespero também. (Pra quem tem que acordar cedo)
Queria agora poder ler teu pensamento. Saber se também pensa em mim quando deita, se perde o sono lembrando de nós. Queria por um instante decifrar teus segredos, descobrir qual o seu medo, e romper as barreiras invisíveis que estão nos vencendo. Queria apenas uma certeza sua, saber se o mesmo ocorre com você, se quando menos espera sou eu que domino teu pensamento, assim como, é em você que o tempo todo eu penso. Queria poder segurar sua mão agora, olhar em teus olhos e repetir aquelas palavras que eu falava e que também se encontram naquelas cartas que para você escrevi, falar novamente que para todo o sempre eu te amaria. Preciso saber se seu coração também cumpriu a promessa. Preciso de novo da sua presença, preciso bater à sua porta e com um sorriso entrar em seu coração, onde deixei a melhor parte da minha história. Preciso de você, daqueles sorrisos que dávamos. Preciso do seu cheiro, do seu toque, preciso entender o que nos impede de viver, viver aquilo que o silêncio trouxe e o próprio silêncio levou. Quero, preciso e não adianta mudar as rotas, os caminhos, sem você não me sinto vivo, vem volta comigo, deixa eu ser de novo seu abrigo.
Lá estava ela, solitária, com medo, sem sono e sem nada para pensar. Então andando pela casa no meio da madrugada achou um de seus textos, algo se remoeu dentro dela, o papel foi pro lixo. E devagar e sem pressa ela vai para o seu quarto pega uma caneta e uma folha em branco, respira fundo e decide escrever, talvez um desabafo ou uma história inventada, ou também um amor inventado que trouxesse desejos inventados a tirasse de dentro daquele poço de saudades de algo que nem ao menos ela sabia exatamente do que poderia ser. E começou:
“Perdida em um mar infinito de desejos peço que me toque com seu olhar, que me leve pra longe de mim mesma, que me distraia com qualquer sorriso, que me faça ir a qualquer lugar com luz, peço que volte… Sua você sabe.”
De repente algo a travou. Ela jogou o papel no lixo, deitou em sua cama, se encobriu depressa e tentou entender o que estava acontecendo, ela não podia se lembrar, ela não queria lembrar, ela não queria aceitar que algo tão belo como o amor poderia ter feito aquilo com ela, era medo demais de aceitar, medo demais de aceitar, medo demais de se entregar a qualquer que fosse o sentimento, ela não queria sair dali e por alguns minutos conseguiu se sentir segura, mas bem depressa esse sentimento passou e ela chorou.
O dia amanheceu, ela abriu seus olhos e bem a sua frente havia uma rosa, bem vermelha com um cartão ao lado, no cartão estava escrito: “eu te amo, com amor e paixão seu, você sabe.” Ela, claro, sorriu. Logo percebeu que tudo não havia passado de um pesadelo, ela estava tão feliz.
Algumas palavras só entendem aqueles que sabem sentir o amor em poema, você sabe.