Sono
Poema da madrugada, ao som de uivos e latidos, ventos e grilos. O sono já não possui quem não está dormindo. Como se estivesse orientando uma criança. O sábio seguia repetindo: “viva a vida como quem tem se permitido ao sorriso ou aquele momento depressivo”;não sei o porque, mas por algum motivo todos sabiam, com os olhos vendados viviam, o medo de questionar era tanto que só obedeciam. O que era pensar pra quem só repetia o que eles diziam?
A paz nos leva a ter um bom sono, e um bom sono nos traz as melhores energias.
______❤__
(Sim, sempre...)
Uma noite
Uma noite
Uma noite,Outra noite,
Mais uma noite sem sono,
Uma noite mal dormida,
Uma noite depois da outra,
Duas noites seguidas e sem sono como isso é possível?
Três noites seguidas, aí você está querendo demais,
Quatro noites, não aguento de sono,
Hoje foi a melhor noite da minha vida,
Noite só das meninas, oba festa do pijama!
Noite da balada, alguém me segura.
Noite dos excessos, fiz tudo que não devia,
Não me arrependo dessa noite,
Eu sei essa noite foi um erro mesmo,
Que noite incrível essa, não?
Peguei você, assaltando a geladeira a noite, safado!
Então está combinado, passo aí a noite, tá?
Agora não, mas a noite quem sabe...
E aí? Fiquei te esperando a noite toda, mas não vou ficar uma vida toda.
Só mais uma noite, por favorzinho?
Essa noite exigiu demais de mim, estou exausto,
Enésima noite...
Só queria que essas noites não tivessem fim,
Mas tudo acaba e a manhã já vem vindo aí.
O amor não é tudo
O amor não é tudo: nem carne nem
bebida, nem é sono, lar da gente,
nem a tábua lançada para quem
se afunda e volta e afunda novamente.
O amor não pode encher o pulmão forte,
pôr osso no lugar, tratar humores,
embora tantos dêem a mão à morte
(enquanto o digo) só por desamores.
Bem pode ser, na hora mais doída,
ou da minha franqueza arrependida,
buscando alívio à dor, seja capaz
de vender teu amor por minha paz
ou trocar-te a lembrança pelo pão.
Bem pode ser que o faça. Acho que não.
A primavera é o período em que a natureza desperta
do seu sono de inverno.
As árvores ganham novas folhas, as flores desabrocham
e os campos se enchem de cores vivas.
Essa renovação é um lembrete
da constante regeneração da vida.
O amor é algo muito complicado, sono com ele todas as noites e quanto mais eu sonho menos eu quero acordar.
OUTONO SEM COR
Dantes, eram cores e terra em sono.
Eram paletas de inebriar no outono.
Agora, não sei porquê,
Ele já não pinta nem dorme
Nem come com fome.
Será que ele vê
O mundo mais estarrecido,
Que já nem folhas deixa no chão,
Quase todas tombadas no verão?
Que outono este, tão distraído…
E eu que queria tanto pintar
Talvez mais até borrar
Uma tela,
Simples, singela,
Com cores mágicas de encantar.
A minha musa inspiradora
Do outono multicor,
Sumiu-se farta da pose,
Nervosa pela neurose
Do mau pintor
Plebeu,
Que sou eu.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 26-09-2023)
Bendito sentimento que me tira o sono e faz meu corpo querer sucumbir ao vale da tristeza e degradação.
O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (...), mas pelo desejo do sono compartilhado.
Sono Paradoxal
Sinto pesar os cílios e a exaustão
Me leva a repousar e as luzes se vão
Levando toda minha preocupação
Guiando-me a sonhos que apenas são
Formas de desabafar ou de virtualizar
O que quero e não posso ter
Maneiras de me mostrar, um modo de incentivar
Que a esperança não pode morrer
Mas nem sempre quero acordar ever tudo em seu lugar
Às vezes prefiro sonhar, tentar me exilar
Na fantasia a utopia me diz
A vida é um sonho faça o que sempre quis
Sonhar o tempo todo me faz feliz
Consigo extravasar e um jeito de fugir
🙏🏻
"Não tenha medo de pegar no
sono orando.
Nenhum pai fica bravo quando
um filho dorme em seu colo."
🙏🏻
Ninguém.
Terás o sonho que não existe,
No sono que então consiste,
No querer de apenas sonhar.
E verás o que tanto te devora,
Nessa vida de espera e demora,
E ao fim, o falso ser, e o não estar.
No abatimento dessa realidade,
Tamanha, e cega invisibilidade,
Serás apenas mais um alguém,
Anônimo de um nada oriundo,
Estado vil dum pesar profundo,
E morrerás com um ninguém.
(André Bianc)