Sono
Que o céu azul divinal
Resplandeça sobre a noite fria e injusta,
Que tem assolado meu sono
Que tem me tirado a paz...
A paz que tenho gritado com voz firme em terra morta.
Que os lençóis brancos e voadores dos meus sonhos,
Não fiquem encardidos com a poeira.
A poeira do esquecimento, da solidão
Que tenta a todo instante
Mofar minhas certezas e me tirar a direção.
Que o fundo musical dos meus sentidos
Não fique em silêncio...
Que os desígnios do meu coração
Não sejam só emoção,
Mas temperados com pitadas de razão.
Quando meus olhos chorarem
Escorrendo pelos caminhos da minha vida...
E desaguando no mar da minha boca...
O paladar seja sal, visceral
Não quero inferno astral, nem inglória.
Quero vendaval...
Vendaval de amor, mas com pitadas de força.
Para enfrentar a vida e suas feridas.
Pois quero ainda que sofrida...
Flores em todas as estações.
E que os meus ouvidos não desanimem e atentos fiquem...
Para ouvir ao longe a musica tocada por sião,
Que me sustenta a alma...
Que me trás calma,
Me encanta...
E põe freios na agitação do meu coração.
Eu perdia horas e horas de sono só configurando em minha cabeça uma conversa entre nós dois que nunca aconteceria. Uma conversa que não acabasse em uma patada sua ou em uma besteira que eu era camisa 10 em cometer. Você não tem ideia do quanto era difícil assistir você xavecar todas as garotas da escola, menos a mim, a única garota que era única e exclusivamente apaixonada por você. E isso só acontecia porque eu não sabia me comportar perto de você, e é claro, porque eu não era bonitinha igual todas as outras.
O sono da alma enquanto firme em carne não alivia o sofrimento posterior de não ter enfrentado a aprendizagem necessária.
“”Hoje eu contei as estrelas até cair no sono, e antes disso fiquei procurando uma aresta da escuridão ao qual nós despencamos. Sim, nós despencamos! Você caiu primeiro e ficou tão horrorizado com os tons de tristeza quanto eu. Você me conheceu no hiato das minhas pieguices e resolveu desfazer as malas, marcar o sofá sentando sempre no mesmo lugar. Eu entendia os teus dramas obscenos e deixava de lado os meus próprios dramas. Você tentou minimizar minha poesia e, por você, eu canalizei os meus excessos escrevendo-os apenas nas paredes sólidas do meu corpo. Implodia-me todos os dias para viver a tua realidade – tão triste. Perdia-me entre os teus atritos e achava que os meus beijos te despertariam para o meu mundo de fantasia. Tive então que dosar o meu amor justamente para não me afogar nele. Fui obrigada a conviver com um fantasma, ensiná-lo a ser menos solidão e mais nós. Já não tinham mais cores os olhos que tanto dançaram com os meus e, no lugar do brilho intenso, a imagem do caos ficou marcada em sua pupila como a última coisa que vira. Dói ter que transformar a primavera em inverno por tua causa. Doeu transformar-me num jornal velho que ninguém lê. Tive que refazer alguns versos, lidar com a presente ausência, juntamente com as tempestades, precisei fechar os meus olhos para me encontrar por dentro feito uma fugitiva. Precisei brincar de adulta enquanto virava um dos teus fantoches, ah meu amor, eu abri mão de tudo que tinha por um sentimento movediço que cisma em escapar pelos meus dedos. Eu era a louca das sílabas sem sentido que acreditava em horóscopo e você o menino dissolvido em ego e aceitação. Faças as tuas malas, meu amor, esgotou o estoque de piedade e covardia, porque você foi covarde, foi sim! Você não se adaptou ao meu conjunto de abismos e abreviações. Descobri então que assim como as estrelas mais brilhantes do céu, você já havia morrido há algum tempo também. É que eu preciso de um incêndio, sabe? Desordenar as frases, confundir os caminhos. Eu preciso mudar a cor do cabelo, tentar chegar à Lua apenas pisando em certezas inventadas. Porque, talvez, a realidade seja a minha parte insana que te quer por perto enquanto me mata de solidão e sede de ti. E no meu mundo de literatura barata você nunca morre. É por isso que me salva da própria loucura, amor. Insanidade. Foi o que sobrou de você em mim.”
Em sua vida serei a neblina da madrugada, você poderá me ver quando perder o sono, mas jamais poderá me encontrar pela manhã. Mesmo que possa estar dentro de mim, me verá apenas ao longe, sempre com o sentimento do Inalcançável.
Estarei sempre perto de você, entrando em seus pulmões, te amando em segredo e sustentando sua vida sem você saber. Agora tudo tem que ser assim pois você não escolheu me amar quando eu era o sol brilhante que iluminava seu caminho. Você preferiu o silêncio e eu me transformei em neblina... Somente o frio te fará se lembrar de mim, somente a noite escura te fará olhar pela janela a minha procura, além das montanhas, estarei em seu olhar. Pois um dia estive em sua cama a lhe doar todo meu calor, te protegi do frio mas você me enterrou, partiu e se esqueceu de mim. Preso em meu próprio coração, evaporei, dissipei, virei cinzas, mas não morri para você saber. Ainda estou aqui, em sua vida, no frio daquele vazio que você não me deixou preencher!
O SONO DOS JUSTOS
A cada dia podemos repousar...
E despertar melhores do que somos.
E caso assim não aconteça...
Não tardará a finitude em conceder...
Ainda que seja este, o derradeiro sono.
Ainda que seja no ultimo repouso
O desejado sono dos justos.
Já é madrugada...
E nada sei o que pensar.
Pois em mim o sono desaba...
E vou dormir esperando...
Que contigo eu possa sonhar!
Eu vou tirar seu sono, sua paz; e só devolver quando você voltar. Vem ca me ouvir porque eu não sei mais como atravessar meus dias sem você. O cheiro do seu cabelo ficou no meu travesseiro. E agora eu só penso em você.
[..]Devido ao sono, convesso que cheguei a pensar que fosse o filho de Fubá, de tão carinhosa, estava irreconhecivel. Fiz um cafuné na cabeça dela e parece que ela agiu de uma forma como nunca tivesse recebido tal carinho, e de fato.. nunca havia recebido. talvez fosse exagero meu devido ao sono, mas há de confessar que ela estava mais dengosa do que nunca, não sei o porque e tão pouco interessa, mas estava. Quando pego ela e a coloco do outro lado para eu poder voltar a dormir, ela se levanta e vai aos meus pés dando voltas e mais voltas, como se não fosse cedissimo e ninguém estivesse dormindo na cama. Querendo brincar. Mas logo as 2 da manhã? Tinha coisas mais interessantes para eu poder fazer essa hora. Se bem que com todo esse dengo dela, fiquei até interessada em poder brincar. Quando coloquei ela do meu lado para poder voltar a dormir, ela começou a brincar.. Cm meu rosto. o que não foi tão legal pois começou a me machucar realmente.
E assim, sem mais aguentar coloquei ela para fora, meio sonambula ainda, mas consegui chegar na cozinha. E soltei um breve - 'Dorme bem minha fubazinha'
O poder tira o sono, apresenta ladrões fantasmas, afasta amigos e familiares, degrada o homem, e não por menos incapacita a felicidade...