Sonhos Impossíveis
Sonhos que se vao, junto com minha vontade de viver...impossivel eu nao ser merecedor de alguma alegria
Impossível abarcar a noite, sem que uma brisa venha nos acalentar, sem que um sonho nos cause angústia, sem nos afligirmos com alguns pesadelos...
Impossível açambarcar a noite, sem que haja flores a perfumar os nossos sonhos. Não pensando no passado e muito menos no futuro, aproveitando somente o hoje...
Marilina Baccarat De Almeida Leão
O despertar de velhos sonhos nos trás a certeza de que o impossível nada mais é do que uma barreira psicológica criada por nós mesmos, que atrapalha o nosso progresso e nos priva da felicidade real.
Para Deus não há impossível, logo os seus sonhos são possíveis , eles são seus, não importa se os outros acreditam ou não, sonhar é continuar vivo, nunca pare se sonhar.
É conjunto da obra, o fruto da adversidade que torna o impossível em possível e o sonho em algo palpável.
Um Sonho se torna impossível, porque ao sonhar você apenas sonha sem deixar Deus agir...
Um sonho se torna realidade, quando você decide Crer e confiar no Senhor...
Eu Sonho, penso e imagino, o bom da vida é Orar e viver os sonhos de Deus, pois são os mais lindos e os mais perfeitos!
Nos olhos da poesia,
Reflete-se o amor.
Ser poeta,
É viver os sonhos
Sentir o impossível
Fazer acontecer,
O não permitido !
Há apenas uma coisa que faz um sonho impossível de alcançar: o medo do fracasso.
O impossível é só uma limitação que nós colocamos em nossos sonhos; a nossa mente é poderosa para fazer tudo o que desejarmos. Então não se imponha aos seus sonhos se estiverem difíceis, apenas acredite, tenha fé, confiança e boa vontade, porque assim como o sol nasce e a lua se vai, cada dia é dia pra você conquistar mais.
Todos temos alguns "sonhos impossíveis" vindos de nossa infancia...
Mas quando algum desses sonhos pode ser realizado,
claro que marca definitivamente nossa vida...
Assim foi a África em minha vida...
Osculos e amplexos,Marcial
TEXTO PUBLICADO EM 12/09/2009
CERTOS SONHOS DE INFANCIA
Marcial Salaverry
Sempre tive um certo espírito aventureiro, e desde minha mais tenra idade, sempre sonhei com aventuras mirabolantes.
Imaginava-me, ora sendo um Tarzan, vivendo na selva, entre as feras, ora, sendo um Flash Gordon, vivendo num futuro longínquo (para mim, na época...), ora sendo um Roy Rogers, matando todos os bandidos no velho oeste.
Sempre tive um espirito muito inquieto, muito aventureiro. Na época não era possível viajar-se como hoje, com uma mochila nas costas e nada no bolso. Creio ter nascido em época errada, pois, para levar uma vida de aventuras, como eu sonhava, era preciso ser rico, ou então ter nascido uns quantos anos depois.
Deliciava-me com todos os filmes que mostravam a África misteriosa e longínqua. Sabia, contudo, que eram apenas sonhos irrealizáveis, mas os tinha, e ficaram mantidos no subconsciente.
A vida em si, ia confirmando a realidade que já vira. E comecei a esquecer dos sonhos, empenhado que estava em cumprir com minhas obrigações de chefe de família, com esposa e filhos para cuidar e sustentar. Os sonhos, então, foram arquivados. O máximo que me permitia em termos de viagem, eram pequenas incursões a Santos.
Minha mãe fizera uma previsão para mim, segundo a qual iria fazer uma grande viagem.
Quando mudamos de São Paulo para Santos, disse a ela em tom de gozação, que ela estava certa. Seria essa minha grande viagem. Mal sabia o quão exatas foram as previsões que ela fizera...
Com todas as dificuldades que poderia encontrar, até que gostava da vida que levava na então pacata Santos.
Mas, nessas brincadeiras do destino, algo aconteceu que faria mudar tudo, e que possibilitaria a realização do velho sonho. Mudou-se para uma casa vizinha da nossa, uma família de portugueses, os Paiva, que havia fugido do Congo Belga, por causa das lutas pela independência daquele País, em 1961.
O fato deles terem vindo da África, fez com que nossa amizade crescesse, pois eram intermináveis nossos papos sobre a vida no Congo, tão misterioso para mim, e que me despertavam enorme curiosidade.
Ora, com a normalização da vida no Congo, os Paiva resolveram voltar para lá, pois já havia condições de vida novamente. Ficou acesa a luzinha interior, e o sonho começou a ressurgir...
Na época, em 1969, a situação geral do Brasil não estava muito boa, e a minha situação pessoal, pior ainda. Recebi uma carta do amigo Manuel Paiva, contando que tudo estava em paz por lá, e que, devido ao êxodo da mão de obra qualificada quando das revoltas, seria fácil para mim obter boa colocação lá, e com boas vantagens. Boas vantagens? Bons ganhos? Possibilidade de independência financeira? Ainda mais a África velha de guerra? Objeto de meus sonhos infantis?
Conversei longamente com Neyde, minha esposa, sobre essa aventura. Tão insana quanto eu, ela “topou a parada”. Decidimos mandar tudo para o espaço, e, contrariando a opinião de ambas as famílias e também de todos nossos conhecidos, resolvemos vender tudo que tínhamos aqui, e embarcar nessa “loucura maluca” (assim a chamavam todos...).
Afinal, partir para o desconhecido, com duas crianças pequenas, na realidade, poderia ser encarado como maluquice pura. Insanidade seria pouco. Loucura de verdade. Teria que viajar sozinho, deixando a família aqui, pois precisaria sondar o terreno no Congo, para saber se o que Paiva dissera era verdade.
Pronto, o sonho em vias de ser realizado... Sequer me atrevia a pensar sobre o assunto, caso contrário voltaria atrás em minha decisão, tantos eram os problemas que todos me apontavam. Não tinha o menor conhecimento de como eram as coisas lá. Tinha conhecimentos apenas rudimentares do francês. Sequer sabia o que iria fazer lá.
Só sabia que ia. O que realmente me animava, era o velho espírito aventureiro que ressurgira com força total, e aquele velho sonho de conhecer a África de meus ídolos, os longínquos Tarzan, Fantasma, Nyoka.
Já me imaginava enfrentando leões, elefantes, hipopótamos, e mal sabia que isso ocorreria realmente, que os veria muito de perto, que sentiria o cheiro dos bichinhos bem diante de mim.
Chegou o dia do embarque... Despedi-me da família... Como minha irmã Gloria pediu, fiz a lista de “minhas últimas vontades”, pois poderia encontrar antropófagos por lá... E os iria encontrar mesmo...
Enfim, meu velho sonho de infância iria se realizar. Ao entrar no avião, olhei para minha esposa, que ainda conseguia segurar as lágrimas, e disse: AFRICA, LÁ VOU EU. PREPARE-SE.
O resto, o resultado dessa "loucura maluca", poderá ser conferido no livro UM BRASILEIRO NA ÁFRICA, onde conto tudo o que vivi por lá. Que sobrevivi à "loucura maluca", está provado. Não matei a fome dos antropófagos, leões, crocodilos e congeneres que encontrei pelo caminho, e estou podendo ter a cada dia de minha vida, sempre UM LINDO DIA, e assim desejo a todos que me leem, (e a quem não me lê tambem...)
"Ainda que alguns sonhos sejam improváveis, eles só se tornarão realmente impossíveis se você não tiver forças o suficiente para lutar por eles."