Sonho
Talvez não passe um dia sem que você pense em desistir de um sonho, de um plano, de um objetivo. É exaustivo construir, pedra por pedra, levantando nosso castelo aos poucos. É desgastante observar tantos buscando atalhos, sendo desonestos, prosperando à custa dos outros. É árduo fazer por nós mesmos o que ninguém mais pode fazer. E quando o cansaço chega, nosso inconsciente imediatamente tenta nos persuadir a recuar, a desistir. Digo com a certeza de alguém que muitas vezes acordou querendo parar, mas foi dormir sabendo que estava no caminho certo: continue. Não permita que as adversidades exteriores apaguem a chama de esperança no seu coração. Não se trata apenas de vencer, mas de construir uma base sólida. Realmente, é cansativo, eu sei, mas é recompensador. Vai valer a pena. Confie. Edgard Abbehusen
Para se ter um sonho
nenhum esforço
é necessário;
mas para realizá-lo
é preciso trabalho,
dedicação, persistência,
força, fé e entrega de vida
Liberdade é o sonho de todos
que lutam pelo direito de ser.
É o espírito que nos guia
para um mundo de possibilidades.
Passagem
Despeço-me do sonho de viver
Do delírio de um dia conseguir
De uma vez apenas ter as mãos
E o coração onde quero e como
Sem desviar disso como perda
Do tempo que perco sem pesar
Não, não acredito mais em mim
Nem no que invento para dar-me
Uma segunda, outra chance
De provar o contrário
Do que sempre foi
A minha vida
Se abrigo algo com afeto
É porque já está morto
Porque aprendi o traquejo
De não me abraçar ao que muda
E não pensar-me preciso quando sou
[meio
Minha saudade é sempre mais amável
Minha memória diz mentiras perfeitas
Que nenhuma realidade desmonta
Em um punhado de palavras e outro
[de vulgaridades
Mesquinhas em entrelinhas
Que me fazem sentir a vida
Como se sente uma pedra
[no sapato
De quem precisa correr atrás
Correr, com passadas medidas
Correr, sem ter qualquer meta
E chamar a coleção de feridas
De história da sua vida
História de um idiota
Certezas de uma besta
Percurso de um imbecil
Objetivos de um estúpido
Me trouxeram até aqui
Foi a história de um erro
Levado até os últimos fôlegos
[do engano
E cuja hora já passou
Agora, resto assim
A sujeira e os cacos
De um sonho perdido
Da amizade com o erro
Do sofrer sem o orgulho
Da luta para ser infeliz
Da solidão de um palhaço
Esforçado em levar-se a sério
Agora
Esforço-me para ver-me passar
E somente passar em branco
[ao negro
Numa Noite Agradável,
Iluminados pela Luz do Luar
Na suavidade de uma Valsa,
Se for um sonho,
não quero acordar.
Um dia, minha loucura vestiu a lucidez, os equívocos acenaram para as convicções e o sonho banhou-se no mar das realidades. Foi quando finalmente percebi eu estou só !! Cansei de esperar por quem não prometeu vir, Eu queria apenas queimar esse lugarzinho aqui dentro que um dia chamei de felicidade. você mudou , me desculpa a sinceridade mas você mudou deixou toda aquela inocência e se tornou alguém que não conheço ! Nela circula mágoas reprimidas lamento muito ! Boa noite.
Se você vive num sonho do passado, não pode aproveitar o que está acontecendo agora, porque sempre deseja que ele seja diferente do que é. Não existe tempo para ter saudade de algo ou de alguém, porque você está vivo. Não aproveitar o que acontece no aqui e agora é viver no passado é estar vivo pela metade. Isso leva à autopiedade, sofrimento e lágrimas.
SAUDADE
Sem ver o rosto risonho
da bela e doce Maria,
eu nunca mais tive um sonho
nem desses de padaria.
Eu sonho com um dia em que os entes queridos não tenham necessidades de buscar suas realizações distante uns dos outros, onde o estar próximo seja o maior bem que possamos preservar, pois assim poderíamos garantir o maior proveito da convivência efêmera que a vida nos permite.
Quando o sonho alcança o céu
A poeira atesta a vontade do chão
de ganhar os céus em sua lida.
A flor realiza-se em seu pólen vão,
pegando carona nas abelhas.
Seu fruto não nasce sem antes sentir
a suave sensação dos ares.
O mar aspira também aos céus,
nas ondas que se erguem e depois caem.
Cada gota sonha em ser nuvem,
renascer no ciclo eterno da criação,
flutuar e chover liberdade.
E nas noites claras, onde estrelas brilham,
meus sonhos se elevam em constelações,
buscando no alto o brilho eterno,
a essência pura das canções.
É quando o sonho alcança o céu.
Tudo que existe anseia às alturas.
Assim, meu coração entrega-se ao vento,
em versos que ao vento se lançam,
tentando tocar o infinito,
onde reside o teu pensamento.
Meu pensamento criou asas,
fez minha alma ao alto voar.
Minhas palavras, essas sim, caminham.
Por isso, no poema, quando você é o tema,
nunca sei se vou ou se voo.
Viver o SONHO!
Num rasgo de saudade
Viajei no tempo
Perdi o sono
Revi os planos
Num rasgo de saudade
Viajei com o vento
Acompanhei seu canto
Revi momentos
Cantei cantigas
Dos tempos idos
Que repetiam
Não para agora
Que o tempo urge
Não para agora
Revive o sonho
Que te fez ressurgir no tempo
Abraça o tempo
Refaz o amor
Constrói castelos
E pontes e luas
Que afugentem a dor
Nos sonhos do teu castelo
A vida se faz com ardor
Não para agora
Não para agora
Espera o amor
Momentos idos
Momentos findos
São tão só os teus momentos
As linhas de tua vida
Em que viveste com tanto amor
Aprendeste o canto
Da alma pura
Que ri e chora
Que pede e implora
Não para agora
Teu canto é vida
Teu sonho é luz
Não para agora
Que o amor é vida
E te conduz
Poema do Menino Jesus
Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.
Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
(...)
Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o Sol
E desceu no primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.
A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.
(...)
Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.
(...)
A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.
A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontado.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.
Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.
Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.
Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do Sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos dos muros caiados.
Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.
Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.
Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.
Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam ?
Um sonho de uma criança é uma reação a uma experiência do dia precedente, a qual deixou atrás de si uma mágoa, um anelo, um desejo que não foi satisfeito. O sonho proporciona uma satisfação direta, indisfarçada, desse desejo.
Talvez seja apenas um sonho
um sonho forte ou imaginação
uma ilusão excessiva,
que aperta meu coração.
sim,ou talvez uma negação declarada,
tudo isto,tristeza e alegria,
vale a pena se conter o teu nome.
o desejo de ter-te,perde-me sem medo
para poder ver os teus olhos olhos
entregar a vida pelos teus beijos,tuas mãos
na noite ou no dia,não importa,
o tempo perde o sentido.
cada centimetro do meu corpo,
dava tudo em troca,
para ser tocado pela tua pele,
beijado pelos teus beijos,
e quando nossas almas se juntassem,
tuas palavras enchiam-me de esperança,
de medo,de amor.
poder ver-te,sonhar contigo,
pensar que ouço tua voz,
acariciar-te,entender-te,interpretar-te.
e depois de completar minha vida
com a tua existencia,
ser tua,e tu seres meu para sempre....
Se tem um sonho, sonhe; se tem uma idéia, idealize; porque por maior que seja a noite, o dia torna a clarear!