Sonetos de Fernando Pessoa
A natureza é a diferença entre a alma e Deus.
O historiador é um homem que põe os factos nos seus devidos lugares. Não é como foi; é assim mesmo.
Querer entender o que o outro sente é discordar dele,sentir o que o outro sente,é ser o outro...E ser o outro é de grande importância metafísica .
Não haja medo que a sociedade se desmorone sob um excesso de altruísmo. Não há perigo desse excesso.
Vivem em nós inúmeros
A memória, afinal, é a sensação do passado... E toda a sensação é uma ilusão.
Somos todos mortais, com uma duração justa. Nunca maior ou menor. Alguns morrem logo que morrem, outros vivem um pouco, na memória dos que os viram e amaram; outros, ficam na memória da nação que os teve; alguns alcançam a memória da civilização que os possuiu; raros abrangem, de lado a lado, o lapso contrário de civilizações diferentes. Mas a todos cerca o abismo do tempo, que por fim os some, a todos come a fome do abismo, que o perene é um Desejo, e o eterno uma ilusão.
“Não importa se a estação do ano muda. Conserva a vontade de viver, não se vai a parte alguma sem ela. “
Mas talvez não chegar queira dizer que há outra estrada que achar,certa estrada que está,como quando da festa se esquece quem lá está