Sonetos de Fernando Pessoa

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Vivo sempre no presente. O futuro, não o conheço. O passado, já o não tenho.

Fernando Pessoa

Nota: Trecho de poema do "Livro do Desassossego", de Bernardo Soares (heterônimo de Fernando Pessoa). Link

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Sou feito das ruínas do inacabado e é uma paisagem de desistências que definiria meu ser.

Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos.

Sentir é estar distraído.

Fernando Pessoa
“Poemas Inconjuntos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Lisboa: Ática, 1946.

Nota: Trecho do poema Se eu morrer novo.

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Amar é cansar-se de estar só...

Fernando Pessoa

Nota: Trecho que pode ser encontrado no "Livro do Desassossego", de Fernando Pessoa (pelo heterônimo Bernardo Soares).

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Nem ausente, nem presente por demais. Simplesmente, calmamente, ser-te paz.

Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.

Fernando Pessoa

Nota: Trecho do "Livro do Desassossego", de Fernando Pessoa (heterônimo Bernardo Soares). Link

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Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala. O mais é nada.

Fernando Pessoa

Nota: Trecho de poema de Fernando Pessoa

Eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.

Nada se sabe, tudo se imagina.

Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma.

Sou definitivamente contra o definido, porque o definido é o bastante e o bastante não basta

Nunca tive dinheiro para poder ter tédio à vontade .

Quanto mais fundamente penso, mais profundamente me descompreendo.

Ler é sonhar pela mão de outrem.

Fernando Pessoa
Livro do desassossego (1982).

Minha Pátria é minha língua. Pouco se me dá que Portugal seja invadido, desde que não mexam comigo.

Fernando Pessoa

Nota: Trecho adaptado do "Livro do Desassossego por Bernardo Soares" (heterônimo de Fernando Pessoa). Link

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Onde você vê a teimosia, alguém vê a ignorância, um outro compreende as limitações do companheiro, percebendo que cada qual caminha em seu próprio passo. E que é inútil querer apressar o passo do outro, a não ser que ele deseje isso.

Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés. O mesmo sempre, graças ao céu e à terra. E aos meus olhos e ouvidos atentos. E à minha clara simplicidade de alma...

O que me dói não é o que há no coração, mas essas coisas lindas, que jamais existirão...

Navegar é preciso; viver não é preciso.