Sonetos de Amor
Soneto Mãe
Oh palavra tão pequena
Com o sentido tão grande
O amor maior do mundo
Oh mãe por que não ser eterna
Oh mãe você não sabe o quanto eu te amo,
te adoro, te admiro tanto você sempre foi um mulher linda,cuidadosa, amorasa e guerreira,lutou para ter tudo que o você tem hoje
Quero ser igual a você
Você é a luz da minha vida
que ilumina meu coração
quando esta cheio de solidão
Fico muito triste ver você
Chorando porque uma rainha
não pode ficar chorando por nada
SONETO DO AMOR EM COLISÃO
Criatura de intensa inquietação
é amor que se apresenta em colisão:
pintor que na pintura tem prisão,
potro que não teme a fúria do peão.
Encontro nos teus olhos minh’alma
que roubaste com consenso e calma,
para ser indômito e imenso
caso, enlouquecido e intenso.
Secretamente corro teu corpo
como quem tange arisco rebanho,
sob a planície de um céu tamanho.
Aceita-me com pose desfeita
– aí está a suplica de socorro –
onde nasço e noutro dia morro.
E que ressoe o vento
Ao suave assovio
Em seus cabelos
Um ressoar em melodia
Um soneto de amor
Escrito nas curvas
Sublime do teu corpo
Na valsa sem pressa
No ritmo sincronizado
Do meu corpo no seu
O mais perfeito encontro
De prazer,suado,molhado...
Simetricamente assim...
O nosso mais louco
Momento de amar
Soneto da chegada
O amor é fruto do sentimento
É dor absorvida com prazer
Às vezes, dificil de entender
Pois compensa grande sofrimento
Veio curar o meu lamento
Minhas vontades satisfazer
Veio você pra me entender
E me libertar do aborrecimento
Um anjo, sutil e perfeito
Que cai em meus braços
Ocupa e aquece meu peito
Sem incógnita nem embaraços
Com afeto, carinho e respeito
Resultando em beijos e abraços
Falso Soneto II
Adeus, minha querida, adeus, meu amor!
Dei-te afeto, carinho, e tu, só me deste dor
Agora, vou-me embora, mas de ti não esqueço
Porque tão ingrata com quem te deu tanto apreço?
Fizeste-te escarlate aos meus primeiros cortejos
Agora, é com tristeza n’alma que eu te vejo
Entregaste-te a outro! Sabe que ele não te ama!
Não vale um vintém, bêbedo que minha musa profana!
Despeço-me agora de ti querida, não posso mais
Ver o que tu fazes comigo, mata-me aos poucos
Só queria ter os sorrisos, que tu me davas tempos atrás
Pois adeus, luz de minh’alma, não posso curar esta ferida
Não aguento teu desdém, teu descaso deixa-me louco
Morro, lembre-se de mim, como quem mais te amou em vida...
SONETO DOS PUROS
Ser alvo como a neve, o amor
Sereno corpo, refulgido ser
O clamor, o pranto a amanhecer,
No brilho ávido o temor.
A pureza de sequiosa luz
A refletir no tempo o meu olhar
Luz aguerrida a purificar
E inerte chama que me conduz.
O porvir, o dormir, o ir, o rir
A pureza de ser e o vago fulgor
De um vasto tempo e inerente luz.
A segregar na luz o pranto
A unir o puro encanto
De um vago momento o qual reluz....
SONETO DE COPAS
Para ter uma relação de qualidade
É preciso encontrar um certo amor
Com o qual valha a pena jogar bem
O jogo da vida em dupla
Deixa de ser um necessário amor
E passa ser uma escolha de amor
Passa ser uma possibilidade de amar
Porque só depende encontrar o amor
Claro tem que haver Afinidade
Respeito a individualidade
Em busca da felicidade
A relação de qualidade soma prazer e amizade
Numa bela aproximação de duas unidades
Nao a fusão de duas metades de amor
__________________Norma Baker
( Primeiro Soneto da Escritora- 07/2007)
Boa noite... um soneto de amor
Tarde demais
Ao te rever depois de um tempo
Em minha mente voltou tantas cenas
Que mexeram com meus sentimentos,
Mas, agora é tarde; que pena.
Tive você sempre em meus braços
Por muitas vezes, meu ombro te afagou
Sentindo sua ternura em nossos abraços;
Só percebi que era amor quando acabou.
Em vários momentos fui seu confidente
Sem desconfiar que eram indiretas
Que me dava constantemente.
Agora ao te ver tudo voltou
Bateu em mim uma imensa dor
Só agora enxerguei este amor.
Soneto a um amor perdido
Sempre tão intocável
Meu amor por ti seria
Algo de sublime existência
Um fogo que ao cego ardia.
Equivoquei-me
E em minhas decisões, falhei.
Contentei-me
Com o simples fato de sangrar.
A dor que senti
Ensinou-me a amar
Mas não o mesmo alguém.
Sempre chegará
Outra pessoa
Até o verdadeiro amor encontrar.
SONETO 234 CONFESSIONAL
Amar, amei. Não sei se fui amado,
pois declarei amor a quem odiara
e a quem amei jamais mostrei a cara,
de medo de me ver posto de lado.
Ainda odeio quem me tem odiado:
devolvo agora aquilo que declara.
Mas quem amei não volta, e a dor não sara.
Não sobra nem a crença no passado.
Palavra voa, escrito permanece,
garante o adágio vindo do latim.
Escrito é que nem ódio, só envelhece.
Se serve de consolo, seja assim:
Amor nunca se esquece, é que nem prece.
Tomara, pois, que alguém reze por mim...
SONETO DO MEU AMOR POR TODA A VIDA
Ouvi a voz dos raios e trovões
Gritavam lá no céu pelo teu nome
E a chuva que caia em tempestade
Molhava toda alma de saudade
Pairavam lá céu mil nuvens negras
E dentro carregavam só tristezas
Choravam por eu ter te conhecido
E o choro por aqui era granizo
Tirei você dos céus e dei-te a terra
Dei sóis, dei céus, dei mar e primaveras
Poemas murmurados pela espera
Dei luas, dei-te estrelas e quimeras
E dei-te o meu amor por toda a vida
Por querer e para amar-te minha querida
SONETO DO AMOR NA PRIMAVERA
Dá-me todas tuas rosas nesta nova primavera
Dar-te-ei em troca muito mais do que esperas
Dar-te-ei luz, novas cores, novas eras
E meu amor, muito mais do que quimeras
Por tuas rosas, dar-te-ei a minha vida
Dar-te-ei tudo, tu serás minha querida
Para sempre a minha amada
Pela simples poesia desenhada
E nos caminhos mais floridos, dar-te-ei dias tão lindos
Entre todas tuas rosas, dar-te-ei a minha prosa
Dar-te-ei o meu estar e a razão mais exata de sonhar
Nessa nossa primavera, muito mais que tuas rosas
Dar-te-ei o meu calor, dar-te-ei todo meu ar
Dar-te-ei o meu amor, simplesmente por te amar
Soneto de amor
Motivo agreste, de grande dor e inspiração;
Desdenhando, seu prestígio e importância;
Me domina o ser mau, vence a ganância;
E me liberta, misérias do coração.
É tormento, é dor, que corta a respiração;
Dessa dor, que predomina, eterna e breve;
É carinho, que nos mata ao de leve;
É um caminho, sem retorno e sem perdão.
Se o teu carisma, perdura entre levas;
Minha procura é uma batalha só por si;
Querer-me teu não é dádiva que devas.
Teu doce ser ilumina as noites cegas;
És flor de estufa, mais amada que vivi;
Amor assim, não mereço e não me negas.
Soneto verbo ser no futuro
Seria tudo diferente
Amor novamente iria sentir
Um sentimento assim impertinente
Algo diferente do que já vivi.
Seria algo feliz
E acalmaria meu coração
Seria tudo que sempre quis
A vida passando em uma canção.
Espero que concreto se tranforme
De lindos olhares em direção
Forme um só molde
Revelando uma nova paixão
Sem dor e sem pesar
Um simples bem querer de amar.
Soneto do amor ao nada
De que adianta o amor?
Por quê tanto?
Não se cheira, não tem cor.,
Apenas causa dor, espanto.
Compara-se com sombra no escuro,
Compara-se com poeira no mar,
Compara-se com uma luta de espada e escudo,
Estamos apenas sujeitos a entregar-se a amar
Entreguem-se as loucuras desse sentimento:
Viva, ria, sorria, você amou;
Sofra, chore, humilhe-se, você sofreu por isso.
Mas a vida não acaba aqui,
Tem muito por intervir,
A vida não acabará aqui.
Soneto da menina adormecida
Doei de mim o amor que nem sabia que tinha
Doei de mim palavras que eu nem conhecia
Doei de mim o tempo que eu nem tinha
Doei de mim o olhar, o silêncio mais profano que sentia.
Perdi a alegria de cada dia,
como quem se esconde em plena folia.
Deixei o amor sair de dentro de mim,
como quem precisa soltar às algemas da melancolia .
Me enganei tentando dizer que nada sentia.
Me enganei por inteiro,
feito menina adormecida.
Sai de dentro de mim, como quem acorda de um sono profundo.
Aprendi, errei, aceitei e compreendi.
Não sou mais o que era, sou agora quem devo ser. E o resto que espere.
Soneto do amor livre
Deixo livre meu amor para amar.
Deixei desenhado seu rosto junto ao mar,
com pequenas ondas a levar...
a imagem do homem que amei e deixei livre para voar.
De joelhos na areia vejo se desmanchar "meu amor"
A brisa suave me embala e o sol me toca.
Quero voltar a sonhar,
mesmo com o coração em "pedaços" um dia eu ei de amar.
Com versos simples de amor profundo,
deixo escrito aqui o meu amor por ti,
que vivi mais que perdi.
Do meu amor eu vou lembrar...
Como estrelas a contar,
assim, o meu amor eu vou guardar.
Soneto do sonho mágico
Busco-te entre sonhos impossíveis
onde o amor é mais que amar,
é uma união mágica, Suave névoa,
mas, eu não posso te contar
nem eu mesma me atrevo em acordar,
também para quê? Se é tão bom sonhar
já que em minha realidade voce não está.
Que vento lindo agora eu sinto...
um leve toque, um suspiro,
num segundo eu acordo.
Molho o rosto e me lembro de tudo.
Olho no espelho e logo digo:
- Meu amor, toma-te esses versos, dai-me um beijo,
mate minha sede e me faça sonhar novamente.
Soneto I
Falta disto eu sinto
Amor, isto espero
Mesmo sendo sincero
Porque nunca minto!
A fata me consome
Me corrói por dentro
Sinto e assim lamento
Me sinto sem nome.
Carência, tal resisto
Mas nunca escondo
Puro, sem confronto.
Brando, calmo fico
Como o baixar da maré
Com tudo, me sinto rico.
Soneto.
Soneto de amor
Soneto de amizade
Soneto de paz
Soneto de alma.
Linda canção
Canção melodiosa
Conduz a memória para o desconhecido
Almeja simplicidade.
Soneto complicado
Soneto ardente
Sempre crescente.
Soneto da vida
Carismático soneto
Declamado no doce coreto.
Michelle Zanin é escritora.
Autora do livro de poesias Vida.
Editora Zerocriativa.