Sonetos de Amor
SONETO:
NAS ASAS DA SAUDADE
No sopé daquela serra passa um rio, riacho
Casinha de sapé na margem, um candeeiro, e um pavio
Apagado na escuridão,
Olhos de gato Incendeia à noite
E as estrelas também acendem,
Vento gelado, que me causa arrepio,
Nesta penumbra da noite,
Meu açoite,
É lembrar-me de nós dois,
Que, quão felizes fomos!
E por muitas vezes amamos!
Doce é meu delírio, que nutre esta solidão.
Das lembranças de meu bem, minha paixão!
Vejo-me sonhando acordado perante esta imensidão!
GRETA ELLEN
Soneto dos Apaixonados
Aquela que nunca imaginara
Ser chamada pra uma dança
Talvez jamais pensara
Que teria tal lembrança
Então Dança menina, Dança
Enquanto você ainda não se cansa
dança menina, dança
Porque a noite é uma criança
Essa noite de céu estrelado
Que tudo se realiza.
Como algo que já fora planejado
Enquanto a menina que dança
Se perde no reflexo
De um olhar apaixonado
Desconfio - Soneto
Os dias são tão inertes e escuros,
As pessoas não se relacionam.
Existe o medo de dar de cara em muros,
Mas o que os aflige é a ferida que os direcionam.
No passado não tão longe,
Pessoas eram mais abertas ao próximo,
Hoje vejo que nada é como antes,
Cada um por si é o lema que levam para si próprios.
O amanhã pode até ser novamente triste e acabado,
Só que eu não vou deixar de fazer novos amigos.
O fato de ter se esvaído a emoção e ter ficado um estrago,
Jamais me fará um homem de pedra que apenas terá inimigos.
O correto e o errado podem seguir direções diferentes,
Mas o que me une á você é exatamente o que nos separa.
Sentidos opostos, almas próximas, assim caminho em direcção ao nada.
Soneto do Confronto
Estava travado mais um confronto
Desta vez quem irá ganhar
Quem fica assistindo mais parece um tonto
Mas sempre não há motivos a festejar.
Um sempre pensa no amor
Mas sempre sem pensar
Outro sempre pensa na dor
Mas sentimento não há.
Este confronto sempre existirá
O coração cego por amor
E o cérebro com a razão questionará.
Feliz é aquele onde o confronto não há
O coração sem dor
O cérebro com amor.
SONETO DA CONFIANÇA
Aos céus os meus olhos ergo
Posso contemplar suas grandezas
Adorar-te é o meu maior desejo
Diante de alegrias ou de tristezas.
Mesmo com o corpo cansado
E a alma repleta de incertezas
Através da fé tenho respaldo
Para desfrutar de Suas proezas.
Tuas promessas eu aguardo
Ansioso por vivê-las
No momento apropriado
Com confiança eu espero
Nas situações adversas
O milagre tão almejado.
SONETO DE OUTONO 3
Quanto aperto em meu peito
Quanta agonia em versos presos,
Quanta lacuna entre meus desejos
Quantos sonhos fulgurados perfeitos.
Outrora saudade envelhecida
Em gotas de versos rabiscados,
Hoje tormento de outono malgrado
Entre doces primaveras entristecidas.
Lembranças de incensos amargos
Exalam sobre os versos
D’um soneto de perdição,
D’uma alma triste e abatida
Como pétalas doces feridas,
D’um amor que arde no coração.
Soneto à uma Deusa
Logo quando te vi comecei à transpirar
Seu sorriso era lindo e seu jeito encantador
Me senti como se estivesse nas nuvens: subindo para às estrelas
Eu tinha encontrado um lugar para descansar
Um ombro amigo que procurava por anos
Era uma meta para mim deixar o passado para trás, e viver o futuro
Vi em você o completo do incompleto,
o perfeito do imperfeito
Em você encontrei refugio
Não estou mais só
Pensamento e sentimento se harmonizam
Agora estou tranquilo, posso seguir meu caminho
O que era antes solidão virou sonho e desejo,
Agora posso voltar a caminhar, pois você está ao meu lado
Não estou mais só
SÓ UM SONETO
Tu foi, tu veio
Eu fui, eu vim
Mas ainda anseio
Você perto de mim
Tu veio, eu fui
Fugi, de mim
Mas pude crer que tudo flui
E que não termina assim
Há tempos que tergiverso
Tempos em que o tempo não é nada
Tempos em que no tempo não há regresso
Por esses versos, te digo
Regresso, enfim
Por você, eu vim.
SONETO DO REGRESSO
Exultante o espírito se revelou
Quando por fim encontrou
Aquele que agora ilumina
Um amor que nunca termina.
Aquele que seu destino cruzou,
Sorrindo, então, lhe falou:
“Vem agora, aqui estou!”
E o espírito a casa regressou.
Sabia que virias me buscar,
Sempre estive a te esperar.
Agora volto a caminhar!
Eterno amor e amigo,
Toma-me a mão, fica comigo,
Certo é, sigo contigo!
SONETO DE SENTIDO
Andei sem direção, sem um caminho
Por muito tempo andei na contramão
Olhava os fatos, mas não via a razão
Até que mudei da água para o vinho.
Por muito tempo estive só, perdido
Não sabia o que, na vida, eu iria ser
Mas hoje eu sei: Ser tudo pra você
Pois no amor encontrei, enfim, o sentido.
O tempo que perdi não vai voltar
Foi se, ao sopro do vento, ver o mar
Na verdade, não sei se foi perder
Creio que é, a evolução, contrapartida
Mas tudo isso passou e volto a dizer
Que só o amor é o sentido desta vida.
"" Depois de um soneto
a poesia e o poema não se contiveram
tiveram um caso
não por acaso
nasceu a trova
como prova
de que os poetas não só imaginam
mas existem sim
histórias e histórias de amor..
Tentei ser poeta de finas palavras e sonetos
Ouvir inspirações da alma,
Projetadas em alegrias e tristezas
Rimas frustradas e rabiscos insólidos
Poesias cantadas com soar de paixão
Porém, só consegui provocar o amor
Quando fui realmente simples e direto ao dizer-te:
Amo você!
O soneto da amargura
Do que não tem nada
Vive apenas a agrura
De uma pessoa criada
Assim tenho tanto ódio
Rancor como amarga fruta
Não cheguei no topo do pódio
Que perfaz minha conduta
Singelo com o chinelo
Que sou e uso aos pés
Como um plebeu donzelo
Aflito como todo semita
A vida que tem outro viés
Que a donzela não permita
A ARTE VISTA { soneto}
Será que minha arte e' igual a tua? será?!.
A vejo em casa, no trabalho, na rua...; nua.
Me vejo... a vejo... ensejo de ser, arte crua.
Queria só por hoje saber, Minh 'arte... será
Igual a tua? Vistes por fora melhor que dentro.
Então!. A visão que vês e' a arte forjada ao léu.
Os saberes, que atuam por olhos, sob o céu.
Além... delineando as cores, sóbrio pelo centro.
Despojais de jugos, e dizei-me, dizei-me vós:
Que arte e' esta? Persegue-me a todo lugar,
Na pintura, poesia, rachadura, até mesmo ar.
Deveras devo preocupar-me, estou sem saber.
Moldar-me-ei com outra visão senão a minha.
Será que tinha arte igual a tua? Tinha?!.
poeta_sabedoro
A VOZ DO PASTOR {Soneto}
Ouço grito ecoando pela montanha mais alta.
As pobre-ovelhinhas seguindo o velho pastor.
A relva verde dantes já não se repete pela cor.
O velho levanta o cajado e ordena "as peralta".
Se falta o prover o bom pastor sai a desbravar.
Novas terras há de encontrar sem inseguranças...
As ovelhinhas já acostumadas com mudanças...
Não hesitam na voz seguir, pois cegas alinhavar.
Oh pai, Que nunca um pastor deixe sua ovelha!
São tão cordeiros... pois elas nunca se enfurecem.
Dóceis que vão a perdição sem notar e parelha.
Quando se vê já desvirtuou-se de ser o que era.
Que a voz do pastor não se perca delas, pobres!
Que o pastor não se perca, pobre homem, Fera!
poeta_sabedoro
Soneto de encontros desafortunados
Dois corações que se encontram,
Mas não podem se unir.
Uma conexão forte,
Que só pode ser vivida em silêncio.
Um sentimento de perda,
E de saudade.
Um desejo de estar juntos,
Que nunca poderá ser realizado.
Sinto muito pelo nosso desencontro,
Pois gostaria de estar pronto para gente se encontrar.
Mas, continuo me recuperando,
Há muito ainda a superar.
Não seria justo com a gente,
Mergulhar nesse novo amor,
Sem estar maduro para amar de novo.
Soneto: Juizo Final
"Chegará um dia em que o juízo final
Virá sem aviso, sem contemplação,
E todo homem será julgado igual,
Sem distinção, sem exceção.
Os pecadores, então, terão de prestar contas,
Por cada ato, por cada omissão,
E as almas justas, em paz, terão o monte,
Para desfrutar a glória e a salvação.
As trombetas tocarão com força e estrondo,
E os vivos e os mortos se reunirão,
Para ouvir a sentença do justo julgamento.
Mas antes que chegue esse momento,
Sigamos o caminho da redenção,
E vivamos em paz e amor, com nosso próximo e com Deus, em cada momento."
Soneto à Estrela do Meu Coração.
Tu és a bela estrela, nas estradas do meu céu,
Brilhando com doçura, como um farol na bruma,
Teu riso, doce música, ecoa além do véu,
Nas noites tranquilas, onde a esperança é sonhos.
O sol se pondo, no porto do meu coração,
Tua luz se ofusca, mas nunca se esconde,
Ainda que a maré leve a nossa canção,
Teu amor, um farol que eternamente responde.
O vento alado das tardes dominicais,
Sussurra segredos entre as folhas verdejantes,
Teus passos na areia, lembranças imortais.
Caminham ao meu lado, em gestos tão constantes.
A sombra dos ipês, no verão tão distante,
Guarda a essência pura dos momentos de paz,
E mesmo nas tempestades, em dias tão errantes,
Teu amor, minha âncora, me guia e me traz.
Nos braços do tempo, em cada estação,
Teu ser é o abrigo, a minha inspiração.
São nas vazias
Ruas da minha solidão
Entre prosas e sonetos
Dos molhados becos escuros
Que estão abandonados todos
Os poemas que te escrevi
Durante toda a minha vida
Soneto da distância
Quando dois corpos querendo se tocar
E a distancia o fazem separados
Esperam o ansiosos o tempo passar
E acalmar os corações atribulados
A esperança o fazem acreditar
Que ao fechar os olhos serão confortados
Isso os farão relembrar
Que quando ama não esta isolado
Assim, quando a noite chegar
E a solidão não te fazer bem
E no céu só restar o luar
Sei q vai olhar pro céu
E estarei olhando pra lá também
E estaremos unidos por um mesmo véu