Sonetos de Amor
Soneto: Amando
Coração que bate-bate
Como asas de borboleta
Senta na flor como não quer nada
E depois voa levando sua calma
É nas asas desse silêncio
Que o amor se faz presente
Respira cheiro de flor
E contradiz deixando poeira
Mas quando o amor é de verdade
A saudade visita sempre
Acalma o coração daquele que é valente
O coração põe-se a vibrar
Faz verão o ano inteiro
E primavera nos dois olhar
Autora #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 09/06/2020 às 14:30 horas
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
#love
Soneto meu
Vês esses olhos de luzes coroados
Em diamantes que brilham ao luar
Vês você andar sozinha
Vês o céu sem estrelas
Você deixei, naquele pranto
A flor sem razão apodrecida
"A aurora convertida
A Rosa que apodreceu e foi esquecida
Deixe de lado e vem para cá minha amada
Vês desse rio a esfera metálica
Em sucessivo aljôfar desatada
Parece ter olhos de rubis
Vês hoje tudo, e amanhã nada
Vês você agora e depois ser esquecida.
Por: Daniel B. Souza
Procurei,
em trova, soneto e prosa,
nos versos líricos do poeta;
o significado de Te Amar?
Perdi-me, e não sei quando,
talvez em rimas poetando;
este teu sorrir a Florejar.
SONETO Nº 5
Algumas Verdades
nem tudo que é lógico
é óbvio
nem tudo que parece
é rótulo
nem tudo que eu quero
eu mostro
nem tudo que é forte
é sólido
nem tudo que é caro
é luxo
nem tudo que eu digo
é tudo
nem tudo que eu procuro
apuro
nem tudo que é lei
é seguro
nem tudo que é base
suporta
nem tudo que é briga
é revolta
nem tudo que é prático
é rápido
nem tudo que é simples
é barato
nem tudo que é feliz
é alegre
nem tudo que é fé
é prece
nem tudo que é unido
é junto
nem tudo que satisfaz
é muito
nem tudo que parte
separa
nem tudo que divide
é metade
nem tudo que falta
é saudade
e nem tudo que eu digo
é verdade
Soneto da distância
Quando dois corpos querendo se tocar
E a distancia o fazem separados
Esperam o ansiosos o tempo passar
E acalmar os corações atribulados
A esperança o fazem acreditar
Que ao fechar os olhos serão confortados
Isso os farão relembrar
Que quando ama não esta isolado
Assim, quando a noite chegar
E a solidão não te fazer bem
E no céu só restar o luar
Sei q vai olhar pro céu
E estarei olhando pra lá também
E estaremos unidos por um mesmo véu
“Soneto despedida, sem adeus”
— À momentos que julgo minh’alma despovoada
— No instante que a saudade aperta
— Sinto-me desprotegida, a vagar
— Não é um lugar que eu gostaria de estar
— Me vejo caminhando sozinha num deserto, sem ter você por perto
— Na escassez de tuas carícias
— O frio me visita, as noites parecem contraditórias
— Não sei como bloquear você de minha memória
— Espero que o tempo venha acomodar esse louco sentimento.
— Alinhar essa história, trazer sossego e alento, paz e contento
— Necessito dessa ordenança, não ter a mente vagando nessa contradança
— Você chegou radiante, feito o amanhecer.
— Brilhou…me amou, e partiu!
— Se foi, como um melancólico entardecer e nem se despediu!
Rosely Meirelles
Soneto XV – Luar
O brilho dela, luminoso prateado
O esplendor de sua essência
Seus feixes de luz pelo céu estrelado
Venha até mim fulgor da eminência
Passei-as pelo céu do meu coração
Seu toque me desarma o pensamento
Uma doce voz ecoa, é uma canção
O amor este é o seu elemento
Quanto mais alimento, mais sinto o aumento desse tão poderoso sentimento, que dentro de mim já se tornou mais do que um alento
O tempo pode até passar, mas como haveria eu de esquecer de ti? Sempre virá sobre mim, a lembrança de quando te vi, no meio da rua, observando a luz da lua.
- Eros Delyon
Ah! Que saudades de um certo soneto
O qual ontem deixou-me posto em lágrimas
O soneto que com suas últimas rimas
Fez-me querer ter sido mais inquieto
“Por timidez, oque sofrer não pude”
Gasto de toda minha coragem agora
Se não quero que meu amor vá-se embora
Devo fazê-lo ficar, amiúde.
Não desperdiçarei minha juventude
Não sentirei remorso em minha velhice
Mártir do sofrimento e solitude
Mesmo que não o beije por tolice
Mesmo que eu não sofra se tu me iludes
Não vou sofrer pelo que nunca disse.
O soneto da amargura
Do que não tem nada
Vive apenas a agrura
De uma pessoa criada
Assim tenho tanto ódio
Rancor como amarga fruta
Não cheguei no topo do pódio
Que perfaz minha conduta
Singelo com o chinelo
Que sou e uso aos pés
Como um plebeu donzelo
Aflito como todo semita
A vida que tem outro viés
Que a donzela não permita
Soneto: Sedução e Desejo
Na dança das estrelas, a sedução,
Um jogo ardente de desejo e fogo,
Teu olhar, chama acesa, tentação,
Em cada gesto, um convite, um jogo.
Na pele, o tato suave, feitiço,
Carícias que incendeiam a paixão,
Desejo que se acende, como um vício,
Nos labirintos do meu coração.
Tua voz sussurrando segredos quentes,
Em versos que revelam a luxúria,
O tempo para, e nós, serpentes,
Dançamos na luxúria, sem censura.
Sedução e desejo, nossa sina,
No calor do amor, a noite ilumina.
Soneto: Anjo
Como um anjo que da graça se reveste,
Você, com luz, meu coração ilumina,
Com asas de bondade, amor domina,
Em você, virtude e beleza em preste.
Nos dias mais sombrios, sempre esteve,
Com serenidade que o céu ensina,
Seu toque é como bálsamo que anima,
Um anjo na Terra, o mundo percebe.
Com amor, em silêncio, a todos guia,
Nas asas da compaixão, voa e alça voo,
Em cada gesto, o bem, sua magia.
Anjo, você é raro, de valor sem igual,
Na vida, sua luz é um farol a brilhar,
A dádiva divina que o mundo jamais esquecerá.
Soneto I
Amo-te por amar, sem condição, Pois amar por razão, seria ilusão. Não sei porquê, mas te amo, não, Outra forma há de amar, só a paixão.
Te amar assim, sem lógica ou razão, é a única maneira de me entregar. Não há conveniência em meu coração, Amar-te é simplesmente me encontrar.
Por que amar? Não sei responder, apenas sinto, Este amor que transcende qualquer explicação. É a essência pura, que em mim habita, e eu minto,
Se não confessar, é você, minha inspiração. Então, que seja assim, um amor instinto, Que só sabe amar, sem pedir razão.
ROSEIRA {soneto}
Embaixo de uma roseira, apreendo a poesia...
Poesia que faz da roseira uma trepadeira...
Vi uma rosa ao chão escura, da vida se ia...
Vi outra Viçosa que ainda da vida sem beira...
A pobre roseira posta pelo jardineiro arqueada,
Contemplava a vida de focinho pro chão.
Jardineiro desavisado, roseira chateada.
Sua sensibilidade não o chegara então?
O homem sempre destoando a natureza.
Seria a rosa morrendo, o próprio mal?!.
Seria o chão, não o chão, mas "a profundeza"?!
Qual rosa conhece o mal na verdade?
A que estava ao chão morrendo ou...
A outra Viçosa, ou o jardineiro de meia idade?..
poeta_sabedoro
BORBOLETA MAGICA {soneto}
Cintilante como uma centelha de luz
Brinca e esnoba rebolando aquém
Seu brilho atraente como se aduz
A um expectador pelo seu desdém
A borboleta graciosa vive ao natural
Sua casa e' regada de flores, flores
Não, não plástico industrial- artificial
Sua beleza e' posta viva, sem dores
A existência deve ser sempre plena
Não cabe a isto negociar a saúde
Assim como o mundo tal nos alude
Sempre plena, e quando só amena
A vida deve ser sempre como magica
Uma borboleta voando sendo trágica
poeta_sabedoro
AVENTURAS DA ALMA { SONETO}
A jornada começa com um "traçado caminho":
De sonhos, ânimos acendidos e esperança.
Esperança nova: velozmente ou de mansinho.
A velocidade não conta, mas a temperança.
Num caminho e' possível a felicidade plena.
O que um mar de chuvas nos da' de frescas,
O céu azul em sol e esperança quiçá acena;
Uma nova estação ou somente terras secas.
E' preciso esperar o inesperado pelo coração.
O coração nunca pensa no mais simples,
O coração nunca decora uma canção.
O animo e' da alma o coração não sabe.
O Coração e' cego quando fala a alma.
E mesmo sem razão pede p/ que acabe.
poeta_sabedoro
Soneto para a Lua.
Ela sempre esteve lá
Eu, eu sempre estive aqui
De tanto quanto te quis e quero
Hoje anelo, te sentir
Que meu verso seja esmero
A ponto de que meu Peito
Seja de você o Eleito
Tú tens em ti algo especial
Sentimento mais puro e sincero
Nele escondes o perfeito e o belo
Tú és a paz angelical
Na verdade, lua
Não és corpo celeste de brilho inerte
Tampouco somente humana, menina ou mero flerte
És um anjo santo
És fogo, água, o frio e o manto
É a calmaria na tempestade, é a letra e o canto
De tantos outros céus que eu poderia ver,
Sorte minha foi conhecer
Você.
"" Depois de um soneto
a poesia e o poema não se contiveram
tiveram um caso
não por acaso
nasceu a trova
como prova
de que os poetas não só imaginam
mas existem sim
histórias e histórias de amor..
Soneto de realidade
Outra vez uma história mal contada...
E acada frágil argumentolançado,
quebro, como umvaso despedaçado,
retrato da minha alma machucada...
A decepção bruscamente instaurada...
O afeto assim se fez, menosprezado,
a confiança, este bem tão estimado,
destruída, implodida; reduzida a nada...
Humilhado, sem ter tidoo ônus de errar,
iludido, perdido no limbo desse ínterim,
até sentir o açoite da traição aestalar...
Respiro consternado, perante o fim,
quizera eu, apenas a utopia de amar,
sem que fosse usado isso, contra mim.
SONETO QUE TE DOU
Escute este soneto que te dou, cerrado
o fiz sob o céu com o olhar envolvido
o coração aturdido no pasmo prendido
versos os farei, pra ti, chão articulado
Se são poucos para lhe ser servido
hei de fazê-los pra te ser anunciado
poema dum sublime a ser mediado
de suas variações que aqui alarido
São sons repletos do vário, moldado
nos cascalhados e no vento corrido
entre arbusto de esgalho aveludado
Versos meus, os faço seus, provido
de admiração, dum sertão alumiado
onde o diverso no cotidiano é vivido
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
A UM TRISTE (soneto)
O meu destino é talvez a do azar
Jurando as venturas... de maneira
Que com o acaso se possa sonhar.
Vidas de má sorte várias, herdeira!
Outros êxitos talvez já pude gastar
Fui, um aventureiro na tranqueira
Do fado. E infausto agora a chorar
Ou pesado no sortilégio, na beira...
É brado num temor sem tamanho
Num luto da felicidade: permitidos
Mártir na dor, um desígnio estranho
Por isso, lamento aflição e pranto
Sentimentos dos heróis vencidos.
E com a alma cartada no recanto...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro, 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando