Soneto da Separação
Mesmo que o ser existisse, ele não poderia ser conhecido, pois se podemos pensar em coisas que não existem é porque existe uma separação entre o que pensamos e o ser, o que impossibilita o seu conhecimento.
É triste sumirem-se com os anos as pessoas que contam como razão de ser da gente e ficar delas apenas o silêncio. Não ver nem ouvir mais quem se amou, a quem esteve tão ligado quanto a Igreja a Jesus. E as pessoas morrem todos os dias: de verdade ou no coração da gente. E continuamos a viver, apesar do nada, do vazio. Mas, se de um lado perdemos os que amamos, de outro eles aumentam sempre. São a razão da vida, necessários e vitais para nós como a fé em Deus. Ele eles mergulhamos num poço escuro.
Me pergunto quantas pessoas não ficam com quem elas queriam, mas acabam ficando com quem é suposto estarem.
O coração do outro é uma floresta escura, sempre, não importa o quão próximo ele tenha sido do nosso.
A verdade é, alguns relacionamentos são feitos para durar para sempre, e outros para durar apenas uns dias. A vida é assim.
Deixei os sonhos, os ideias e à esperança, para viver uma dura realidade, mas com os meus pés no chão
Não estou virando páginas, nem pulando capítulos. Eu estou trocando os livros. Romances com fim repetido não me roubam o tempo. Eu quero mesmo são os "Best Sellers"... da "literatura".
Descobri que o ódio é uma espécie de devoção. Muitas vezes gastamos mais tempo com quem odiamos do que com as pessoas que dizemos amar.
Como casal, nada a ver. Nossa relação sempre teve tudo e mais um pouco para não dar certo. Nossas diferenças, em todos os aspectos, eram gritantes, berrantes, alarmantes, problemáticas, dilemáticas, tragicamente antagônicas.
Há tantas coisas que exigem ser ditas. Onde você foi? Você alguma vez pensa em mim? Você me destruiu. Você está bem? Mas é claro que não posso dizer nada disso.
Eu nunca me esqueci dele. Ouso dizer que eu sinto falta dele? Sim. Sinto falta dele. Eu ainda o vejo em meus sonhos. São pesadelos, principalmente, mas pesadelos tingidos com amor. Tal é a estranheza do coração humano. Eu ainda não consigo entender como ele pôde me abandonar tão sem cerimônia, sem qualquer tipo de adeus, sem olhar para trás nem uma vez. A dor é como um machado que corta meu coração.
Mas um amor assim não desaparece simplesmente, não é? Não importa o quão poderoso seja o ódio, sempre sobra um pouco de amor lá no fundo...
"É capacitismo quando dizem que filhos autistas destroem casamentos e transformam o amor em cinzas."
Nunca conseguiríamos ficar juntos porque era demasiado doloroso… Excepto quando era inacreditavelmente perfeito.
Estou com medo de nunca conseguir afastá-lo da minha mente. Eu não o amo, mas tenho medo de que ele não me permita amar mais ninguém.