Soneto da Separação
Chega, chega, chega
De passar a noite em claro
Chora, chora, chora
Que dessa vez eu não volto
Deixa ou não deixa
Eu que vou me permitir
Chega, chega, acaba por aqui
Não, eu não tenho
Previsão de voltar
Se você quer saber
Meu silêncio vai te falar
Não adianta mostrar
Pra quem não quer ver
Eu nunca vou precisar
Só de metade de você
Hoje é o fim da tua regalia
Da tua história de querer me abusar
Nunca fui o homem da tua vida
Nunca fui tanto para você me declarar
Estive certo por tanto tempo
Mas você soube bloquear meus pensamentos
Feriu meu peito deixando a paixão desaguar
Tem vezes que eu penso que é melhor
Largar isso tudo e não arriscar mais
Tem vezes que eu penso que é mais fácil
Não querer demais
Tem vezes que eu penso que é melhor
Bailar a solitude e deixar o cais
Mas você é o mar desse naufrágio
E dói demais
superar
a tristeza de não ter mais você
e seguir como se o rio esquecesse o leito antigo
procuro as palavras para te cobrir
mas me faltam letras
tropeço nas sílabas do teu nome
(mesmo que já não possa lembra-lo inteiro)
já vivo sem você
costuro cavalgo comungo
só não sei
como partir inteira
retomar pedaços
fatias
de um corpo que foi meu
(as marcas da história de cada um)
as marcas da nossa história
emolduram
um jeito velho de ser
um jeito esquecido e velho
de ser mulher
desisto de te amar
por uns instantes olho a madrugada
que colore de cinza as estradas
da minha cabeça
temos poucos anos e uma bagagem densa
Bem que eu podia ter te dado um buquê de flores
De vez em quando respeitado as suas dores
Te levado pra conhecer o mar
Ou toda sexta te levado pra jantar
Se eu pudesse voltar no tempo
E salvar o casamento que eu afundei
Te amaria mais te entenderia mais
Assistiria aquele filme contigo
Como se fosse um rio meu amor
Você levou meu coração
E eu fiquei sentado aqui
Reinventado o céu e o chão
Que bom que a gente nunca se entendeu
Que bom que a gente se perdeu
Pra cada folha um papel
Pra cada letra invento meu
Apagar da chama...
Não conheci amor outro, senão o seu
Mas, como disse o poeta, em sua inspiração
Em vívida experiência, ao amor verdadeiro
"Mas que seja infinito enquanto dure"
E se viver for sentir, em mágicos minutos
O arrepio na alma que silente se inquieta
Desde a alvorada até o dito consumar
De seu corpo a trazer-te ao meu amar
Infindos momentos, antecederão o encontro
Meu coração cativo, a perder o freio das batidas
E no entrelaço do abraço, ditarás a sentença ávida
Que seu ardor feneceu, saberei: valeste minha vida
As vezes precisamos organizar as coisas em nossa mente, reestabelecer prioridades, fazer substituições. O silêncio não é uma pedra que levanta o muro nesses casos, mas sim uma forma de calar a tormenta que as vezes nos alimenta.
Já dizia Sigmund Freud: a ciência moderna ainda não produziu um medicamento tranquilizador tão eficaz como poucas palavras boas.
Eu to olhando nossa foto deitado no chão
Apaguei a luz botei no mudo a televisão
Só ouço o meu coração
Eu sei que deve estar cansada querendo dormir
Mas espere um pouco por favor preciso te dizer
Dorme com Deus, boa noite
Eu ainda amo você
Sei que é tarde
Mas eu precisava ouvir sua voz
Eu prometo me conter
E não falar de nós
Só não desligue por favor
Droga lícita
A dependência emocional e como uma droga que ao ser negada ela ti consome em pedaços. O amor não correspondido é como um câncer que fere o coração se espalhando no vazio deixado.
Vivemos em pares.
Só, somos incompletos.
Pares se amparam, pelo respeito.
Pares se separam, pelo ego.
Pares também se matam,
é o sentimento de posse!
Fk
Meus amigos me avisavam que você não presta
Mas pra um apaixonado só o que interessa
É viver esse amor, foi falso enquanto durou
E agora você vai se sentir tão pequeno
E agora vai provar do próprio veneno
Seu feitiço agora acabou
Ficou claro quando um novo amor rolou
Chora, chora
Agora chora, chora
Seu feitiço virou contra e quebrou sua cara
Escolheu a pessoa errada para humilhar