Soneto da Separação
Eu ia te ligar pra fazermos as pazes, mas uma voz me chamou.
- o que você quer? - perguntei.
- que você se lembre de mim. - ela respondeu.
- você nunca me ajuda em nada!
- se você me ouvir posso economizar suas lágrimas, suas decepções, seus créditos e seu tempo.
- como?
- apenas faça o que eu digo.
Eu obedeci aquela voz e por isso demorei tanto pra te ligar. Era a minha dignidade. E agora ela me pediu pra te ligar e avisar tudo, por consideração a tudo que passamos.
De qualquer forma, estou muito melhor sem você. Obrigada por me mostrar que você ainda é um idiota. Se não fosse, não teria me atendido me chamando de amor, mesmo eu ligando do celular da minha prima.
E se você for capaz de imaginar uma vida sem mim, então me restará desejar-te boa sorte.
Só não poderei desejar-te um novo amor, pois guardarei a esperança de que tenhamos pelo menos isso em comum.
Avuou
Uamor quê ser visto pra pudê ser reconhecido
Uamor quê ser dado para pudê ser compartilhado
Nú tenha Medo Sô!
Modiqui ele é como Pólvora
Tem Chama Infinita
Primeiro acendi
Depois é semeado
Si espáia nu vento Duoiá
Como suspiro Suspenso
Feito bola di Sabão
Então eu te corto!
Não preciso do seu amor
Porque eu já chorei o bastante
Eu me cansei!
Estive seguindo em frente
Desde que dissemos adeus
SINTO MUITO
Que pena de sentir quem pouco sente
De quem sente e pouco pena
De quem pena e não deixa sentir
Que dó de deixar quem muito deixa
De quem deixando pouco leva
De quem levando perde em não deixar
Que perda de penar quem dó, ré, mi
De quem ré não deixa ir
De quem sol pena sentir.
Da falta
Do improvável nasce o perturbador
Tomou dimensões insuperáveis
Massacrou enquanto pôde
Com o calor da sua presença
Partiu massacrando o que restava
Com o frio da sua ausência
Deixe Voar
Das imaturas lembranças
Hoje noites mal dormidas
Sonhos que nada valem
Das cinzas, renascença
Mas como é difícil ser Fênix
Com o frio da sua ausência
Deixe voar
Efêmeros, incontestavelmente
Da linha tênue entre amor e ódio
Você fez abismo
Lamentável avença
Que fez de mim passageiro
No frio da sua ausência
Já entendi.
Nada será como antes.
Éramos amigos e amantes, agora não mais que distantes.
Onde antes havia som suave e gentil,
agora somente uma voz dura, por vezes hostil.
Tudo bem, eu entendo, fiz por merecer.
Outra prioridade está aí no seu coração,
eu vejo, eu sinto, eu choro. Minha maior desilusão.
Te prometi nunca mais brigar. Veja bem, meu bem, também desejo a paz,
Juro que sim.
Mas o lugar onde quer me colocar é frio, muito frio.
Não combina com o calor que produzimos por diversas vezes a fio. Não consigo suportar.
Se é isso o que queres, te desejo nada mais que felicidade.
Mas vou partir.
(...)Só sei que amor a gente não implora
Amor é certeza, não existe um “talvez”
Não se coloca um coração em penhora.
Para este amor eu farei um funeral
Se foi mesmo amor, doeu de uma vez
Não creio em amor unilateral.
Experimento a louca mistura...
Vontade tê-lo perto ao mesmo tempo querer atirá-lo longe...
Sem entender, em pensamento, te atiro do décimo andar e corro desesperadamente para salvar-te!
Doce encanto que quebra à meia noite...
Doce raiva que se refaz ao meio dia...
Nesse enlace descompassado se faz o motivo de todo o meu presente e de todos os melhores cotidianos!
AMARRAS SOCIAIS
As decisões deliberadas da vida representam o desligamento máximo com toda a humanidade.
Nos faz olhar para os outros buscando companhia.
Porém, transforma nosso próprio ser em um estranho.
É errado ser correto? Ou seria correto o errado? Vida! Sabemos o que significa?
A única coisa que se sabe é que devemos continuar vivendo os erros da vida e esperar que às vezes saibamos fazer a coisa certa.
Para sempre, até que a morte os separe.
Sinto falta de quando você me fazia falta;
Saudade de me alegrar na tua chegada;
Quando meus olhos não te avistavam, me angustiava;
Ouvir o ecoar de tua voz doce como uma sonata;
Me entorpecer com o perfume que do teu corpo exala;
Reconhecer a alma gêmea dentre tantas almas;
Mas o tempo passa;
De tudo você se tornou nada;
Triste fim para duas almas.
Mais uma manhã sozinho
Cadê você que sempre esteve aqui?
Acordo e fico te esperando...
Contando o tempo
Cada segundo, cada hora
É como se nos perdêssemos
Em toda imensidão que há no universo.
Que força é essa que ainda me prende aqui?
Tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo
Meu companheiro dos momentos mais intensos
Cadê você que sempre esteve aqui?
Será que um ainda vai voltar pra mim?
Pensamentos longínquos, coração aberto
Aqui estou eu
Um cara perdidamente apaixonado, arrependido...
Seria essas umas das dádivas mais verdadeiras
A que nos foi concebido nesse mundo?
Você vive em mim, está aqui agora
Meu pensamento está aí onde você está
Uma hora tudo voltará ao seu eixo
O coração fala que essa viagem vai acabar
E que a fé em uma nova caminhada
Renascerá nessa nossa chama
Faz bem acreditar nisso.
Meus amigos me avisavam que você não presta
Mas pra um apaixonado só o que interessa
É viver esse amor, foi falso enquanto durou
E agora você vai se sentir tão pequeno
E agora vai provar do próprio veneno
Seu feitiço agora acabou
Ficou claro quando um novo amor rolou
Chora, chora
Agora chora, chora
Seu feitiço virou contra e quebrou sua cara
Escolheu a pessoa errada para humilhar
E ainda veio achando que ia sair por cima
Comigo não
As contas que deixou pra trás
Vou mandar para casa dos seus pais
E essa foi a última vez que me levantou a mão
Comigo não
Joguei todas as suas cartas e risos
As crises de autoestima na lata do lixo
Catei coragem para me livrar
Cortei suas asas para enfim voar
E acabou
Percebi que não senti nada quando você passou
Nem amor, nem ódio, nem mágoa
O que passou, passou
Se eu deixei de te amar? E óbvio que não,
Por que estou tão frio? Pra não doer mais,
O que tá doendo? O simples fato de você não perceber o quanto eu pedia pra você se amar e me amar, o tanto que eu tentei te amar mas você só matou esse sentimento com rajadas de vento levando meus sentimentos, agora tudo acabou e o que sobrou foi um menino sofrendo se perguntando como vim parar aqui dentro.
Olhando pra cima a luz da saida se distância.... Sera que eu deixei de amar ?
Parece ser tarde demais, ando cansado. Parece que me perdi no excesso do afeto.
O amor, sempre como uma lâmina de dois gumes, flutua entre
as sensações da paixão e a realidade.
As vezes, mentimos para nós mesmos, tentando abafar a dor, mas cada mentira cria um abismo entre nós e a verdade.
No fim, somos como
objetos numa prateleira - ora desejados, ora esquecidos.
Talvez o amor, no fundo, seja um esforço compartilhado, algo que precisa de cuidado mútuo para realmente crescer.
Que possamos nutrir o que é bom e aprender com as tempestades do excesso e a secura da falta.
Antes de ser luz para o outro, preciso iluminar a mim mesmo, meu próprio caminho.