Soneto da Separação
Se você está com alguém porque acha que o amor e a paixão vão durar para sempre, esqueça.
A paixão é uma centelha, logo apaga.
A Simplicidade de Uma Vaga lembrança
Diferente de tudo que imagino
A Distância doí
Mas não entenda mal, isso não é algo ''péssimo''
Pois, pegar sem poder toca-la
Escutar sua voz com a tonalidade diferente
Vê-lá com sorriso incrível e não poder beijar teus lábios nesta hora
Me fez desejar mais desse sorriso
Da mania boba de suas gírias distintas
Do cabelo que vive se bagunçado sozinho
Da vontade louca de fazer coisas ''inimagináveis''
E nós permanecemos aqui
Esperando por este encontro lucido
Deste sonho incrível que surgi
Das mãos que irão se tocar e dos corpos que irão se amar com apego
Andando de boca em boca
De copo em copo, um dia por vez
Pensando na volta, motivos não faltam
Meu Deus, o que você me fez?
Sol e sal, carnaval
Queria tanto te encontrar
Mas que pena que você fugiu de mim
Sem querer, eu fui perceber
Que não sou nada sem você
Mas você nem me ligou
Partiu
Deus
Quando voce questiona Deus:
O porque dos fatos...
O porque das perdas...
O porque das Lembranças...
O porque de você...
Quando você entende Deus:
O porque das historia...
O porque dos porques...
O porque dos momentos...
O porque das lembranças
O porque de nós dois...
O porque do olfato, do cheiro, dos cabelos e do seu sorriso...
O porque...
Não vou ficar feito dois de paus
Esperando você decidir
Agora que sou a rainha de copas
Não fico mais aqui
Você era o meu girassol
Esqueci de te regar e te dar Sol
Nosso amor não foi invencível
Nosso esforço foi visível
A gente sabe foi incrível
Ainda te encontro em outro nível
Uma espécie de perda
Usamos a dois: estações do ano, livros e uma música.
As chaves, as taças de chá, o cesto do pão, lençóis de linho e uma
cama.
Um enxoval de palavras, de gestos, trazidos, utilizados,
gastos.
Cumprimos o regulamento de um prédio. Dissemos. Fizemos.
E estendemos sempre a mão.
Apaixonei-me por Invernos, por um septeto vienense e por
Verões.
Por mapas, por um ninho de montanha, uma praia e uma
cama.
Ritualizei datas, declarei promessas irrevogáveis,
idolatrei o indefinido e senti devoção perante um nada,
(– o jornal dobrado, a cinza fria, o papel com um aponta-
mento)
sem temores religiosos, pois a igreja era esta cama.
De olhar o mar nasceu a minha pintura inesgotável.
Da varanda podia saudar os povos, meus vizinhos.
Ao fogo da lareira, em segurança, o meu cabelo tinha a sua cor
mais intensa.
A campainha da porta era o alarme da minha alegria.
Não te perdi a ti,
perdi o mundo.
Ela
Ela era jovem e bela
seu sorriso encantador
era toda sonhadora ela
e acreditava no amor
Ela acreditou ter encontrado
o amigo namorado
que envelheceria com ela
que seriam pra sempre casados
Mas o tempo passou
e Ela envelheceu
e entristeceu
e o eu sorriso desapareceu
Ele não percebeu
o mal que lhe fizera
nem se quer reconheceu
que havia destruído ela
Pensou, mereço coisa melhor
não se olhou no espelho
partiu, sem dó sem dor
virou as costas, não aceitou conselho
Ela ficou amarga
e entristeceu
e quase morreu
Como uma flor
maltratada murchou
e mesmo com muita dor
ela ainda se levantou
Verdades Lastimáveis
Doeu
Doeu saber que você iria embora
Doeu saber que você me jogou fora
Doeu não te ver pela última vez
Pesou
Pesou o que você me disse
Pesou minhas atitudes estúpidas
Pesou na minha consciência
Tentei
Tentei me recuperar, para não te machucar
Tentei te querer, sem me afastar
Tentei te explicar, que não sou melhor
Para ti, e para quem está ao meu redor
Mas não foi suficiente
O meu egoísmo te afastou
O meu medo te desconsertou
E minhas promessas de amor
Teu coração liquidou
E agora
Agora me resta aceitar
Que seu amor deve estar pelo ar
Pronto para um outro pulmão respirar
E eu ficarei sozinho
Só eu e meu caminho, repleto de vazio
De que é feito o amor?
Dizem que o amor é paz
O que o amor me deu
Ninguém vai me tirar
O meu amor só crê
Nas visões que o amor me dá
Se uniu dois corações
Não vai mais separar
Vacilou, perdeu e agora chora
Implora me pedindo pra voltar
Desencana, vai, sai da minha cola
Esquece, dessa vez não vai rolar
Pare, engula seu choro
Faça a maquiagem, deixe de bobagem
O amor sempre bate na porta de quem
Já não quer nem saber
Guarde seus risos, manias
Suas fantasias, mentiras mesquinhas
Pra outros amores, suporte suas dores
Que eu vou viver só
Recuperando as memórias
Do que eu fiz
No tempo junto ao seu lado
Fui feliz
Quem sabe um dia eu te encontro
Por aí
Será que ainda vai lembrar
De mim?
Louco Amor
Louco amor de chegada
Constrói
Eleva-se
Divide
Soma e multiplica
Engrandece
Sorriso
Pluraliza-se.
Louco amor de partida
Diminui
Enlouquece
Desvanece
Cala-se
Transforma e aponta
Distancia-se
Bloqueia
Solidão
Singular.
Louco amor.