Soneto da Saudade
Saudade daqueles dias amanhecidos e abafados. De quando a envolvia em meus braços e ela presenteava-me com seu perfume sincero de meiguice. Ao abraça-lá um instinto despertava do simples. Era o mesmo que fazia-me caminhar a passos largos e ansiosos. Um instinto de proteção.
Ah, e se por acaso conseguires me esquecer, finjas que sentes saudade e que fui único para você, não deixe esta pobre alma saber que não passei de um brinquedo, de um passatempo pra você
E hoje me bateu uma saudade. Não uma saudade que se traduz em quilômetros, e sim, saudade daquela pessoa que já fez parte da minha história. Saudade daquele abraço que já foi dado e que não pode ser repetido. Saudade daquela palavra já pronunciada, mas que já não pode ser ouvida novamente. Saudade daquele momento único, que foi aproveitado ao máximo, simplismente por já sabermos que desencontros acontecem. Só nesse momento, pude entender o real significado daquele clichê, "saudade não tem braço, mas aperta."
Existe uma saudade que me incomoda... Quanto mais presente, maior é... Que estranho modo de gostar de alguém.
Se esta sentindo saudade, feche os olhos, e volte naquele momento, lembre-se de tudo o que viveu, das palavras ditas, dos sorrisos dados, dos abraços recebidos, das lagrimas derramadas, dos olhares cruzados, de cada segundo vivido ... Mas uma coisa é certa, ela não passará, apenas irá diminuir...
Saudade do tempo em que te via todo dia mesmo que não trocasse ao menos uma só palavra com você, mesmo assim saudade, saudade do tempo que via teu sorriso teu andar, que já me fazia feliz por muito tempo.
E a gente tenta se segurar, mas quando a saudade aperta as lágrimas caem involuntariamente... Tudo que tá certo começa a parecer errado!
Se a saudade gritasse, eu acho que ela já não teria voz, pois grito de saudade a todo momento, mais grito em silêncio. Sinto muito sua falta.