Soneto da Saudade
A distancia foi criada para sentirmos a saudade, mesmo que dolorida, mais que as vezes faz-se necessária, para que possamos dar mais valor a presença, para fortalecer os laços emotivos, para que cada volta torne-se motivos de alegrias, de comemorações, para que possamos apreciar os reencontros, para matarmos a saudade, de quem tanto gostamos, de quem tanto amamos
Sentir falta é diferente de sentir saudade. Saudade é quando aconteceu e foi embora. Falta é quando não aconteceu por que foi embora.
Eu passei as primeiras duas semana com saudade, minto. Passei os dois primeiros minutos com saudade, depois ela me consumiu, me deprimiu e em seguida me matou. Foi a morte mais dolorosa que alguém poderia ter. Um tiro, uma facada, até tirando membro por membro com um alicate doeria menos, do que morrer de saudade. Ela é lenta, e faz com que você lembre de cada minuto de vida, é como se seu corpo e sua mente não respondesse mais aos seus comandos. Continuaria a escrever, se ela não estivesse me fazendo chorar. Dói e muito, e foi de saudade que morreu o amor.
Você aprende que a distância aumenta o querer e que a saudade às vezes é uma ótima companhia. De perto nem todas as vontades são iguais.
Ser sua saudade. Vontade. Alimento. Ser seu calor, arrepio e frio. Sua casa. Seu caso. Morada. Ser seu cá. Seu lá. Seu nós.
Perguntaram-me o que carrego dento de mim. Minha vontade era responder amor, saudade boa, felicidade aos extremos. Mas fui sincera, disse que dentro de mim havia apenas uma oquidão, uma oquidão infinita de vazios.
"Distância, a lágrima que alaga, a dor que não para, a angústia que me mata. Saudade amarga, solidão acompanhada".