Soneto da Saudade

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(SONETO) MADRUGADA (CALMA)...

No silencio da madrugada
Consigo escutar
As batidas do meu coração
Solitario coração

Nem mesmo o vento frio
Que sopra la fora
É capaz de apagar
A chama que Invade
O coração nessa hora

Traspassando a divisao
Do nosso ser
Enchendo o propio peito
Da brisa leve que acalma
Aflição e a solidão da alma

Lagrimas que escorreu
Dos olhos e trasmitindo
A voz da alma inexprimivel
Madrugada calma...
A terminar e se esconder

Pureza da alva ao subir
Resplandecendo a aurora
Que do amanhecer
É a primeira luz

Poderia continuar a falar-te
Madrugada calma...
Mas o Sol da justiça
Ja vai chegar
E o trabalhador dispertar

Madrugada calma...
Que me inspira, me encina
Descobri que juntos
Não tem mais solidão
No meu coração.

JUBILA CANÇÃO (soneto)

Bendito sejas o amor, ao coração meu
Que desnudou o breu da minha solidão
Em luz, das andas minhas na escuridão
Quando a sombra, me era o apogeu

Bendito amor, que me estendeu a mão
Como quem no amor oferta o amor teu
Sem distinção, pois, dele dor já sofreu
E então sabe aonde os vis passos dão

Bendito sejas, que no prazer plebeu
Trouxe amor à vida e, boa comunhão
Ao pobre pecante, dum âmago ateu

E então, neste renascer com gratidão
Que no peito uivou e angústias moeu
Do solitário pranto, fez jubila canção.

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano

SONETO DE PERDÃO

Meu amor, peço-te: não fiques triste
Se algum mal, porventura, te fizer
Pois nosso sentimento me persiste
E perdurará haja o que houver

Meu amor, vem cá: dê-me tua mão
Pensa: se o mal que foi-te cometido
Foi, por mim, feito a ti despercebido
Não sou, por fim, digno do teu perdão?

Quem ama sabe, sim, que sofre e morre
Sabe também que vive à redenção
Assim que vive, e morre, quem se entrega

Se nada vale a vida que decorre
Sem teu perdão, (oh!, dor que me carrega)
Diz-me, então: de que vale amar em vão?

Soneto do(a) lobo/ovelha

Somos todos brancas ovelhas,
Em um rebanho soturno e misterioso
Quando da verdade ascendem a centelhas
Adentro no rebanho surge um lobo.

O preço faz caro, muitos danos e perdas
Livres ao caos, reluzem as máscaras
Caídas na grama entre tantas ovelhas
Qual for lobo, não será identificada

Sou eu, um lobo ovelha?
Ou uma ovelha lobo?
Um caçador dissimulado, de fábula velha

As máscaras estão aqui e também ali
Criamos nossa própria ovelha
E andamos pela sombra, disfarçados por aí.

SONETO DO AMOR PERDIDO

Desejo-te toda a felicidade dos meus dias,
Para que enfeites a tua vida com amores...
Só não te desejo as minhas loucas utopias
Que são quentes, às vezes vãs, e sem cores!

Por onde andar espalhe as minhas alegrias
Porque são divinas, sem regras e sem dores...
Mas não se esqueça, amor, das melancolias,
Que a dor me fere, em fragrância de flores...

A minha alma se despede do teu mundo
Alegre, mas com um sentimento profundo
Porque já não sou, amor, a sua realidade...

Eu tremo, estou em prantos, mas sou forte
Para enfrentar o momento triste da morte,
De um amor, que em mim jurou eternidade!

SONETO DO DESEJO

Ao tempo em que me viu amor
Depois de tão sentido passar
Em fremente paixão com tão primor
Esquece ao mundo por encontrar...

Não tem mais sentimento nem ardor
Qual este cumprido a inflamar
Com tão sorriso e com tão fulgor
Em outro corpo por ti provar...

Deste colo quente com tão desejo
Que o viveu momento igual ao meu
Em conforto será por um só beijo

Se ao seu corpo por tão profundo
O sentir igual ao mesmo seu
Tremente aos lábios por um segundo.

Soneto de Nenhuma Dor

Nenhuma dor dói mais que dor nenhuma,
Nenhuma palavra pode até ser um soneto,
Nenhum sorriso não quer dizer tristeza,
Nenhuma verdade torna o silêncio obsoleto.

Nenhuma dor me traz a solidão,
Nenhuma ausência me faz sentir sozinho,
Tanta paixão me deu nenhum amor,
A solitude amplia meu caminho.

Nenhum ocaso me faz pensar que é tarde,
Nenhuma verdade me faz refém do medo,
Nenhum perdão me ameniza a mágoa.

Nenhuma lembrança é a dor que ainda arde,
Nenhuma saudade tem o gosto azedo,
Nenhuma agrura me arranha a alma.

Soneto da Ilusão Quebrada

Quem sabe, talvez, eu me aprimore
Talvez eu devesse ler um pouco mais...
Aprender mais sobre esse folclore,
Um pouco mais sobre meus ancestrais

Talvez estes poemas amadores que faço
não tenham o que é realmente preciso
para fortelecer este estranho laço...
São rimas que faço de improviso...

Rimas, estas, pobres e sem sonoridade
Sem nenhum tipo de ambição profissional
Que apenas expressam a minha vontade

Vontade que a cada dia parece ser mais banal
parece ser mais carnal, com mais sexualidade
com textura, e com sabor de que está no final

SONETO DA AMIZADE.

Confesso-te tudo minhas amigas e amigos
Os meus segredos
Conto te tudo meus queridos
Os meus anseios e medos.

Amor incondicional
Não se sabe quando começa
Se esta mal
Ajuda-te depressa

Sentimento tão nobre
Quem não te conhece
É um coração pobre

Todo ser tem necessidade
Um sentimento que enobrece
Tu és bendita Amizade

'Soneto Dos Sentimentos'
O amor é um tesouro,
Um sentimento duradouro.
Companheirismo para a eternidade,
Uma paixão, uma amizade.

Algo a mais que um beijo,
Um sorriso, um desejo.
Com carinho e ternura,
Leva à loucura.

Quem já teve uma paixão?
Quem não teve não sabe quão
O sentimento é forte e provoca ebulição.

Deixar-se levar, dar-se uma chance.
Mergulhar de cabeça em um romance,
Nem que seja só mais um lance.

Soneto dos meus dois amores

Meus dois amores nem mais estranho existe
um posicionamento em oposição
um sentimento em que em mim persiste
uma dor que alivia o coração.

Um é pensamento e exaltidão,
o outro é frieza e agonia,
um é suspiro e paixão,
o outro vive a se queixar de falta de alegria.

Dois amores que já vive outros amores
e eu aqui em martírio e ternura
vivendo uma loucura inquieta.

Amados meus, meus terrores!
meus pesadelos de alma pura
residentes apenas na memória de uma poeta.

Soneto à E.F.F.

De um amor doce fez-se pranto
em seu presente e seu passado
prometi amor eterno e portanto
esse sentimento em mim é consagrado.

Com outra pessoa você vive
e meu coração acalentado
mas com você sempre estive
em cada sonho meu acordado.

Um dia perdido te terei novamente
promessa que você fez ra mim
um dia, onde exalei alegria

Depois meu pecado foi prudente
creio que já suficiente castigou-me, enfim,
arrependimento em meu coração contagia.

Soneto à T.R.

De um sentimento fraterno fez-se uma paixão
a amizade de um homem e uma mulher
fogo que aqueceu o coração
uma confusão que não se sabe o que quer

A distância em ligação
quilômetros de saudade
um gostar moldado a mão
prazer e felicidade.

A volta tão esperada
em contagem regressiva
e o coração ficou apertando

Um mar de alegria em esplanada
férias de uma vida
realidade ficou chorando.

SONETO DE AMOR ARDENTE

Não, eu não sei! Só sei que te sinto assim
Igualmente lindo sorrindo para mim
Com olhos cor de mel, mais puro e doce
Um olhar de deixar o rosto vermelho

De tão intensa chama reluz em você
No amor se faz presente com emoção
Intensos suspiros e súbitos gemidos
Sensações intensas faz-se estremecer


Puro prazer, em contraste, desamparo
Estampado em seu rosto luxurioso
Nossos corpos se fundindo em murmúrios

Respiração de mais pura excitação
Com uma voz perigosamente sedosa
Aumentando a pulsação do coração

Soneto da Beleza

não digo que tu és bela, porque
se dissesse estaria mentindo
a palavra que a sua beleza defino
não existe, mas a muito quer nascer

essa palavra é somente sua
porque só nascerá para você
feita sob suas medidas de florescer
aliás, feita sem medida nenhuma

porque sua beleza não pode ser medida
é algo que não pode ser classificado
nem mesmo pelos mais sábios Druidas

um pássaro que só pode ser apreciado
e quando chega a hora da despedida
o coração fica todo despedaçado

Soneto do Eu

sou apenas mais uma confusão
dentro de uma cabeça
entender talvez eu não mereça
porque estou cheio de explosão

amante da vida
e principalmente, amante do amor
dele já usufruí muita dor
mas sei que o bom vem em seguida

escravo do mundo dos outros
mas um escravo conciente
sou mais um no meio dos loucos

que está preso nas correntes
de muitos, sou o pouco
aquele que aprecia o diferente

Soneto da Vida

Simplesmente a vida passa
Quase imperceptível como a brisa leve
Não importa o que dele se faça
Mesmo bem vivida ela é breve.

Simplismente a vida é triste
Como um domingo chuvoso e nublado
Mas essa simplicidade só existe
Para quem nunca amou ou foi amado.

Simplesmente, tão simplesmente a vida é ingrata
Pois choramos, amamos, vivemos
Mesmo assim a cada dia a própia vida nos mata
Todo o dia um pouco morremos.

Só nos resta viver intensamente
Simplesmente, não mais que simplesmente.

SONETO DA FANTASIA
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Quando o escuro da noite cobre os teus passos
Tu segues sem embaracos pela noite vazia
Buscando a esperanca de uma alegria
Buscando prazeres de estranhos abracos

Segue as fantasias de um amor grande
Tentando mostrar alegria nos olhos tristonhos
Talvez procures os rastros de teus sonhos
Que tu perdestes nao sabes onde

E assim tu segues uma sombra invisivel
Desejando ser feliz na tua vida
Uma vida que ja foi linda e invejada

E assim tu desejas este sonho impossivel
Aumentando as magoas de tua alma ferida
Se iludindo em cada madrugada

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Soneto ao tempo

Por que deixar o tempo cauteloso
Desenrolar assim nosso destino
Nos protelando vagaroso
Brincando feito um menino

Se esse tempo soubesse
O pouco tempo que tenho
Até faria uma prece
Como a fazer sempre venho

Se esse tempo tormento
Entendesse dos meus anseios
Não perderia mais tempo

Enfim, se esse tempo saudade
Tivesse de mim compaixão
Esconderia a verdade,
dentro de uma canção.

SONETO

Às vezes é só o tamanho da sua alegria
às vezes é só o tamanho da sua decepção
às vezes não é, nem um e nem outro
às vezes são só coisas do coração

muitas vezes são só palavras
em outros casos oração
algumas vezes são viáveis
outras vezes é a situação

todas as alegrias gritam
todas as tristezas somem
todas as palavras voltam

tudo a sua volta, sente
tudo em você é diferente
tudo na vida mostra a gente.

B.