Soneto da Saudade
- Se assim não for -
(Soneto)
Na verdade há mágoas palpitando no meu peito,
há sintomas de saudade de outro tempo,
silêncios adormecidos no meu leito
que se agitam conforme agita o vento!
E há sequelas agarradas à minha pele
incapazes de me deixarem respirar,
talvez um dia sejam brancas como a neve
e me deixem , como Florbela, "amar ... amar!"
Talvez os dias me possam ser mais leves
e os sonhos que hoje correm à minha frente,
ao meu lado, me possam ser mais breves ...
Se assim não for recordarei na minha gente
o amor de quem o sente e não descreve,
porque afinal, quem fala muito, muito mente!
Soneto
A saudade
É a sala da solidão;
É uma lembrança de quem partiu para a eternidade;
É lembrar de alguém que passou pela sua vida;
É a dor da despedida;
É uma vontade de rever quem não está perto;
É como um grito no deserto;
É lembrar de tudo que passou;
É um aperto no coração;
É peso da cruz;
É o momento de conversar com Jesus;
É chorar em silêncio;
É acordar e não dormir;
É um vazio cheio de emoção;
É transbordar pelos olhos o que encheu o coração;
poeta Adailton
Soneto in
Nuvens da saudade
Inquieto-me no silêncio da solidão
Às margens desse mar imenso de saudade
Os segundos vão passando lentos vestidos de ilusão
Numa alma penada afogada na fragilidade .
Pobre de mim! Moro no vagar do cansaço
Vivo aprisionada numa euforia quase calada
Em que os dias passam lentos faltando um pedaço
Vendo minha nuvem de sonhos sendo velada .
Acho que o vazio não desistiu de ficar
Nessa espera triste de um dia inda poder te encontrar
Assistindo de perto meus olhos flutuando .
Quem sabe um dia essa vontade cessa
E o alívio chegue depressa
Nesse meu coração tão cansado de chorar.
O soneto da lembrança
Não tenho lembrança de quem fui..
Nem saudade de quem eu era.
Só me lembro de dois velhinhos de mãos dadas em Paris.. Eu era o velho
Você a poesia,
Suas lembranças eram o ar.. E meu desejo a brisa.. Já tive noites mal dormidas
Perdi pessoas muito queridas...
Sinto pelas coisas que não mudei... Sim.. Eu sinto muito.
@marcosmagno_
Soneto da saudade maior
Hoje, amor, a saudade de ti é mar. Amplidão
Minha adoração, tão sua, freme em minh'alma
Amo-te com um ardor tão forte e imenso...
Numa dor que dilacera,roubando-me a calma!
E enquanto os minutos correm_ Laços do tempo!
Pairo em relembrar as tuas últimas carícias...
Quando eu, alegre, me desertava sob teus beijos
E tu, te perdias em meios à mim. Tuas primícias.
Porque te ausentas de mim, meu ser amado?!
Amo-te com a urgência dos loucos insaciáveis
Com uma fome doida, maciça e desesperada.
Talvez eu o deseje demais para teus infinitos...
É que gero em ti minhas utopias e quereres!
Em ti torno-me magia e luz. Poema em revoada!!
SONETO:
NAS ASAS DA SAUDADE
No sopé daquela serra passa um rio, riacho
Casinha de sapé na margem, um candeeiro, e um pavio
Apagado na escuridão,
Olhos de gato Incendeia à noite
E as estrelas também acendem,
Vento gelado, que me causa arrepio,
Nesta penumbra da noite,
Meu açoite,
É lembrar-me de nós dois,
Que, quão felizes fomos!
E por muitas vezes amamos!
Doce é meu delírio, que nutre esta solidão.
Das lembranças de meu bem, minha paixão!
Vejo-me sonhando acordado perante esta imensidão!
GRETA ELLEN
Soneto da saudade
Saudade da chuva
Harmonia terrestre
Saudade estava
Acalanto a alma
Saudade do sol
Estrela terrestre
Saudade estava
Acalanto a alma
Saudade estava
Da minha doce amada
Pensante fada
Saudade estava
Da madrugada... Atordoada
Assim serena, ô doce amada
Soneto da distância
Minha amada vive muito longe de mim
No mais alto monte da saudade
Tão distante deste mar sem piedade
Onde habito sem sossego até fim
Onde vivo e morro de desejo
Não suporto sofrer tão mal assim
Nunca pude sequer lhe dar um beijo
Para ter seu corpo quente junto a mim
Dois amantes que a sorte condenou
Ao destino fatal do abandono
A distância se impôs e ordenou
Que jamais pudessem se encontrar
Nesta estrada sem rumo sul ou norte
Onde o amor se consome até a morte.
Soneto para Ayronn
Ayronn, meu filho amado
vim aqui te visitar
A saudade bateu forte
que não pude controlar
neste local está seu corpo,
mas sua alma está com DEUS.
Hoje me encontro perdido,
nem sei se quero me encontrar
A realidade fere a alma,
e desta dor quero afastar...
O vazio tomou conta da casa,
é um pro canto, outro pro outro
os momentos de nossa interação
nos perseguem dia após dia...
Filho lindo, descanse em paz,
até que um dia irei te encontrar
então iremos nos abraçar eternamente.
Soneto amor de antigamente
— Hoje remexendo aquele desgastado baú da saudade,
— Encontrei aquela carta envelhecida, me fazendo lembrar de um amor antigo
— Um amor amigo, que me trouxe amargura e também felicidade
— Amor da mocidade.
— O tempo passou, más ao ler aquelas mal traçadas linhas
— Senti um afago na alma, que chegou me trazendo calma.
— Revivi, através daquela escrita, o amor amigo.
— Me vi contente ao reviver aquele amor antigo.
— Nas suaves linhas da carta, com vínculos detalhados
— Sobre quando éramos namorados e caminhávamos lado a lado
— Chegou também recordações de sentimentos, sofrimentos e lindezas.
— Foi como mergulhar na imensidão,
— E trazer de novo, vida ao coração.
— Foi lindo encontrar naquelas linhas, tamanha beleza… Tantas recordações!
Soneto
Por Adailton Ferreira(Poeta Adailton)
Saudade
Um pingo de lágrima que cai no rosto.
Inundando o coração.
Um aceno com uma das mãos -Tchau.
O rosto sumindo pelo retrovisor- Despedida.
São as lembranças de uma vida.
De alguém que partiu para a eternidade.
Aqueles momentos de felicidade que marcaram história.
Que insistem em "morar" na memória.
A pessoa que sempre esteve ao seu lado.
Que não morreu junto com o passado.
É uma dor sorridente.
E está viva no presente.
É ver apenas aquela pessoa.
Em meio a tanta gente.
"Soneto da saudade"
Ha esse meu coração tão tosco, tão pobre, não sabe os caminhos do coração , que em devaneios, suspira, ó doce agonia de não saber, ó nostalgia do que não existe e faz tanta falta, néscio sou, e tanto desconheço, no ímpeto de minha vontade procuro e não acho, arcaicos são meus desejos tão pequenos, eles são, você os vê ? Dúvida cruel é ? Então me esqueço, pra que um dia mi lembres, de que se amei, amei, naquele tempo, amei hoje, amarei sempre aquele desejo de ser feliz......
Soneto da saudade tua
Não consigo ficar sem te escrever
cada cheiro teu que comigo ficou
tornou versos que comigo chorou
aqui nesta ditadura no meu viver
São sonetos que a paixão poetou
São momentos de amor sem ter
perdidos nesta dor, dói pra valer
latejando no coração, ali aportou
Sem o teu sorriso a quem recorrer
o teu olhar a recordação eternizou
os meus retalhos, estou sem coser
Por fim, vagueio, não sei onde vou
é trilha sem som, sem como finalizar
é tal saudade, que ainda não passou
Luciano Spagnol
2016, 07 de junho
Cerrado goiano
Dor secreta (soneto)
Se a saudade que escuma, alternasse
com o pesar que perfura, e caísse fora
e nalma tirasse o dragão que devora
as lembranças seriam uma catarse
O coração é um ser que também chora
que põe o suspiro a escorrer pela face
prensa o sufoco no peito num repasse
e quando encontra a solidão, tudo piora
Há, ilusão, uma piedade que causasse
uma esperança que pudesse ter agora
um alento que no ombro cochichasse
Se se eu pudesse ter uma outra outrora
mesmo na dor que chora, e estampasse
um parecer venturoso, eu iria embora...
Luciano Spagnol
12/06/2016, 16'10"
Cerrado goiano
SONETO EM RETIRO
Quem dera, a saudade, que agora sinto
Da ausência de um alguém, fosse ilusão
E a mim e de mim apenas uma invenção
Eu seria no fado felizardo, e não absinto
Quem dera, este poema falasse de paixão
E fosse correspondido neste amor faminto
Pra cochichar doces versos que pressinto
E só pensa em você, e só pra ti faz menção
Mas a realidade é que estás na distância
E a solidão comigo veio num oferecido
Me sufocando nesta saudade em questão
Mesmo para ti eu não ter mais importância
Serei sempre um devoto e comprometido
Por ti... Pois este amor vai além da razão.
Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano
SONETO EM SUSPIROS
Quando a saudade aparece
O tempo no tempo regressa
A dor no peito feri em prece
Misericórdia, roga promessa
Toda lágrima chorada, refece
A motivação é o que interessa
Se tristura ou júbilo, houvesse
É nela que a razão se expressa
E sempre se sabe, não esquece
Torna eternidade, na alma fenece
Pois, o vazio dói reto na saudade
E a solidão, pra ausência confessa
Suspiros, uivos, numa tal remessa
Que põe jogada ao léu a serenidade
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
SONETO VAGINDO
Na saudade a alma não canta
Chora, e triste fica o triste riso
O peito pulsa numa dor tanta
Que o nada se torna conciso
A memória vem e nada espanta
A vida se encolhe num improviso
A alacridade deixa de ser santa
E a solidão surge sem dar aviso
Quando a saudade se agiganta
O olhar se perde nu, no infinito
Tão frívolo, que não hei escrito
Aí um nó se enlaça na garganta
A lágrima pela face sai a procura
Dum vagido, pra banzar a tristura
Luciano Spagnol
09/08/2016, 06'20"
Cerrado goiano
MEDIDA DO AMOR (soneto)
Não se tem saudade, sem ter lembrança
Não se tem amor, sem que se tenha dor
A separação é a pétala de uma rara flor
Que se desgarra do fado em sua dança
A nossa existência é um bafo de vapor
Na emoção tem renúncia e esperança
É nos riscos que nos faz perseverança
De um olhar, um sonhar, de um clamor
Não se deixa os trilhos de ser criança
Sem paixão, afeto, calor a se interpor
Pois, na vida sempre há semelhança
A distância de um amor, vai onde for
Sua medida não se afere na balança
Viverá sempre conosco, no interior...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
VENDAVAL (soneto)
Entre a saudade, a aridez do cerrado
ressecando as lembranças tão sós
adormecendo luas e sóis para nós
em suspiro e soluço ali amargado
Eis que um vendaval de tão feroz
arrombou-nos os sonhos sonhado
deixando o intervalo assim atado
num amarrilho lamento, num retrós
Aí, neste embaraçado, eu atordoado
Oh! Amor, nem sei se estou acordado
ou tão pouco adormecido na ilusão
Só sei que pouco a pouco aqui calado
na solidão, o coração tão esperançado
em vigília, que aporte de novo na paixão...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
SONETO DOS AUSENTES
O alvo do meu amor, vai além
Duma saudade na vida vivida
Da ação da chegada ou partida
Sou aquele que do amor advém
Sinto no coração e é sem medida
Até porque, ele que me mantém
No fado, sonhos que nele contém
Pois, são curas pra qualquer ferida
Se há tristura, há alegria também
Junto e misturado, n'alma perdida
Por isso, dele eu sou sempre refém
Vários são os ausentes, e na dor parida
Outros, lembranças, que o afeto detém
Porém, todos histórias de vida repartida...
Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano