Soneto da Saudade
Soneto XXIX
Amor é crível que sente sem se morrer;
é um sentimento eterno e perfeito;
é uma beleza que ama sem se esqueçer;
é um amor eterno que encanta,querida!
É um bem querer mais que mal querer;
é um bom coração que encanta sem se ver,
é um cuidar que ganha sem se perder;
é uma aurora que sente sem se machucar.
O coração é querer estar preso,querida!
é uma vida eterna que vive e morre;
é um bom carinho que ama e desamar.
Amar é nossa vida perfeita e fiel,
é minha bela sedução entre a gente;
como pode seu favor causar amizade?
SONETO MCCXXIV
A que devo contemplar este templo
Se o mal não destrói a primavera
Se pode julgar este exemplo
Então meu ódio por mal se venera
Em tão triste verão
Que não será contado a derrota
Belo é viver em vão
Pelo bem do amor que amarrota
Entro no campo de batalha
Vejo aquela cena
A regra é sair glorioso
Ou perder e cumprir tua pena
Se tu nota até o barulho do vento
Sabe que das palavras esqueci o acento
Soneto de Tristeza
Eu gosto de você
Como nunca gostei de niguém
Não sei se você gosta de mim também
Mais eu penso você desde o amanhecer
Ela diz que atração
Mais não entende meu coração
Ele está doente, dá e não recebe
E ela não percebe que ele só quer compaixão
Meu coração espedaça por não saber
Se um dia poderá acontecer
Algo entre eu e você
Amanhã ou outro dia
Eu nunca te esqueceria
Pois sem você não sei viver.
Vagarosa
Em todos os cantos encontro um soneto,
Palavras lapidadas, de amor,
Adjetivos que esquentam o corpo,
Numa forma ardente, como uma porção
De sensações, indo ao mesmo encontro.
Mulheres, que apaixonam a vida de um homem,
É capaz de torná-lo um cavalheiro,
Um grande buquê para a querida amada,
Uma pitada de vinho para adoçar o dia.
Escuta o cantar dos jograis,
Que cantam as composições dos trovadores,
Poemas a se espalharem por todos os cantos,
Sensibilizando no ar, todo o relento
Que vaga para o coração dos humanos.
Bate no peito, o calor profundo,
Um corpo em forma de escrita,
Curvos traço, corto palavras
Para mostrar a vida,
Os jovens podem viverem mais,
Eles sabem buscarem o amor,
E transformar tudo em poesia.
PRIMAVERA (soneto)
Ah! Chegou a estação da primavera
Quimera, com seu perfume multicor
Que sejamos tal. Ah! Quem nos dera,
Assim desabrochar no botão do amor!
Pelo chão musgos, nos troncos a hera
Em cada haste, a prenda do Deus cultor
Traz à poesia cor. O belo assim quisera,
E o afável em espera, cheiro acolhedor;
Cantam os pássaros, na doce aurora
O sol então suspira, e a vida ao dispor
Cada tempo, encanto, de hora em hora;
A qual a alma da terra gorjeia chão a fora.
Nasce a primavera... e neste tenro andor:
As flores diversas, ornam a variada flora...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
23 de setembro, 2018
Domingo, Cerrado goiano
MÁSCARA (soneto)
Bem sei das lágrimas na existência
Das dores ferinas no frágil coração
Onde o sangue se põe em ebulição
E a tristura traja de aflitiva aparecia
É onde borbulha em febre a emoção
Os devaneios são conflitiva essência
O peito atormentado quer clemência
E a vida chora ao se achar no chão
Nesta taça de amarga providência
O olhar no olhar, a doce compaixão
Pra ter esperança, tendo paciência
Então, da ventura fugaz, a ligação
Do amor com o amor, é sapiência
Sem máscara, pra existir a razão
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
VERSOS DE AMOR (soneto)
Os versos de amor não expiram, são eternos
Adoçam a amargura e embala o pensamento
E nestes sentimentos, tão a sensação ternos
Se ilusão ou loucos, não tem arrependimento
São trovas mansas e com vocabulários fraternos
De olhares, gestos, que se espalham pelo vento
Que ao peito trazem afagos e gemidos imersos
São palavras que vão além de um só momento
É canção com sabor que embebe a lembrança
A emoção. Se duvidoso de êxito ou sofrimento
Se o sim ou o não, é reticência, sem conclusão
Os versos de amor são uma variada dança
Que bailam no coração nem sempre atento
Musicados com suspiros e poesia da paixão...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/01/2020, 16’10” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Soneto de Natal
Um homem, – era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno, –
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,
Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.
Escolheu o soneto... A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca.
A pena não acode ao gesto seu.
E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
“Mudaria o Natal ou mudei eu?”
A distância permite saudade,
mas nunca o esquecimento.
Por mais longe que você esteja,
sempre estará no meu pensamento.
Quando vem a saudade
O tempo volta atrás
O amor vem a realidade
Te esquecer jamais
Quando vem a saudade
Tudo faz lembrar
Todo o amor que eu te dei
E tudo volta num piscar
Toda a lágrima
Que por você eu chorei
Não foi em vão
Agora eu sei
Todo amor que eu senti
Por você, não foi em vão
Com você aprendi
A escutar meu coração
Quando vem a saudade
Agora sei, que nunca esquecerei
O quanto te amei de verdade
Um amor que sempre levarei
Para toda a eternidade.
A paixão atrai os corações, a saudade força o encontro,
o desejo traz tua boca, mas somente o amor
pode juntar duas almas.
SAUDADE
na solidão na penumbra do amanhecer.
Via você na noite, nas estrelas, nos planetas,
nos mares, no brilho do sol e no anoitecer.
Via você no ontem, no hoje, no amanhã...
Mas não via você no momento.
Que saudade...
Ao amigo que perdi
O tempo passa,
a saudade fica.
Daquele olhar amigo,
que, sem saber como, perdi!
Já não tenho o seu ombro,
para poder descansar.
E até mesmo o seu rosto,
aos poucos,
o tempo teima em apagar.
Almofada mais fofa,
ainda não encontrei!
Quero correr para ti,
mas o vento levou-te,
para onde,
eu não sei...
Um dia me disseram para ter paciência porque a saudade é um sentimento nobre que poucos podem ter...
Que somente as pessoas que realmente tem capacidade amar podem senti-lo...
Mas infelizmente tudo tem seu preço...
Porque quem sente saudade é sinal de algo no passado foi inesquecível...
É sinal de alguém não apenas passou por sua vida e sim que permanece... E que faz grande falta....
Saudade dos seus olhos
Saudade do seu olhar
Saudade da sua boca
Saudade do seu beijo
Saudade do seu gosto
Saudade da sua pele
Saudade das suas mãos
Saudade do seu toque
Saudade do seu cheiro
Saudade do seu abraço
Saudade dos seus braços
Saudade das suas veias
Saudade da sua cor
Saudade do seu jeito de fazer amor
Saudade do seu jeito de sorrir
Saudade do seu jeito de dormir
Saudade do seu jeito de acordar
Saudade do seu jeito de reclamar
Saudade do seu jeito de consolar
Saudade do seu jeito de aprender
Saudade do seu jeito de ensinar
Saudade do seu jeito
Saudade do seu corpo
Saudade da sua alma
Saudade de você
Saudade de mim em você
Saudade de você em mim
Saudade de mim...
Saudade...
Tenho tanta saudade de você. Do seu perfume, do seu rosto, da sua pele, do seu sorriso, do jeito de implicar comigo, do jeito de me olhar, de sorrir, de me provocar...
A saudade é grande e me faz pensar, quanto tempo? Vou ter que aguentar longe de você...
Será que é para sempre. Passageiro? O que será? Eu não sei. Nem sei como vou suportar isso. Porque só penso em você todas as horas do meu dia, ao levantar, ao deitar, ao chorar, ao sorrir, eu só penso em você. Quero estar ao seu lado, te abraçar, te beijar, te acariciar, te fazer sorrir, te amar... Penso em você e sinto um arrepio, uma vontade de te ver. Que se seguisse meus impulsos, iria te buscar onde estivesse. Mas o medo, esse medo me consome, me enfraquece, me deixa fraca. Peço a Deus um sinal, só um. Para poder enfrentar esse medo, para poder deixar de ser fraca, para ser valente e buscar por ti, só um sinal. Só um... I love you.
Saudade aqui de você,
dos seus beijos no meu.
Saudade de você no meu olhar,
e do seu olhar confinando o meu
a querer somente te amar.
Saudade deste sorriso
enfeitando meu dia,
mostrando para mim a alegria
de viver e te desejar.
Numa profunda tristeza,
Afogo-me.
A tua ausência faz me pensar,
Chorando, lágrimas de saudade.
Saudade do que não vejo.
Mas do que desejo.
Amor que provocas ilusão,
Mas nos momentos de solidão.
Só vejo...
Uma profunda desolação.