Soneto da Saudade

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Rorejo

Ao nuance mais belo da vida,
Há sempre lindo amanhecer!
Pétalas, folhas no rorejo flora
No espetáculo do bem viver!

Porque somos parte de tudo
Entre porções da existência;
Também um pouco do nada,
Entre razões do ego absurdo!

Preencha-se e continuemos,
Vamos juntos, seguir o rumo
Neste universo onde vivemos!

Que seja tudo o bom proveito
Para a vida de bem e aprumo,
Não para o mal e o desgosto!

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Sem superstição

O azar bem ao ver não existe!
Mas, há quem prefere assim,
Á culpar o gato e a sexta treze,
Isso é uma desculpa pra mim!

Coisa da invenção da preguiça,
Que se deixa de agradecer o dia!
Daí, desatento, é pego a enguiça,
Esse sim, atrasa e torna-se tardia!

Pois, sem bem, todo mal vem
No dia, na hora e quando quiser,
Basta deixar vazio seu coração,

Atraindo o mal, dispersa o bem!
Coloca fé e Deus a te proteger,
Viva livre e sem tal superstição!

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A arte

A arte é a parte do encanto criado:
Ás vezes serenidade, outras vezes
um arrebatamento do algo na alma,
sem intento de nada, só expressão!

Ao talento cabe tudo, até o pecado,
ou o silêncio, ou um grito de vozes!
O que importa é a paz que acalma
os sentimentos dentro do coração!

A arte tem um que de Deus e oração;
Há saudade, amor, encanto, intuição,
tem filosofia, sabedoria e realidade!

Veste-se de sonho e também ilusão;
Traz também a beleza ou a reflexão,
ou qualquer coisa de uma liberdade!

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Entre elos

Ah! Meu amor tão ardente,
Coração em brasa quente!
Na boca o beijo puro, doce,
No amor somente eu e você!

O ninho aconchega a cama
Entre lençóis a perder-me!
Embebo do mel que derrama
No meu feitiço a envolver-te!

Nesta hora a esperteza,
No corpo esguio e belo
O carinho faz destreza!

O instinto faz-me o zelo
Enverda-me na correnteza,
O coração e a flor em elo!

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O quebra - cabeça

Certa vez veio - me a seguinte ideia:
- Nossa vida é um quebra-cabeça!
Quem não sabe jogar, fica na platéia,
Fica a ver, que o outro o jogo vença!

No jogo vence quem sabe encaixar
Cada peça no seu devido lugar!
Na vida vence quem sabe lutar,
Ama a própria vida sem se queixar!

Se o objetivo é sempre uma meta,
O sonho consiste em se realizar
E o quebra-cabeça é a descoberta!

Á quem a própria vida sabe decifrar,
Criar estratégia na própria conduta,
De repente, aprende sozinho a jogar!

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As bênçãos das crianças

Ainda que o mundo pareça torto,
que se ouça muitas reclamações
que ainda discutam sobre aborto
é que ao crime quer dar explicações!

O universo é muito mais bonito
do que se imagina qualquer um,
entre estrelas a criança é o mito
se abençoada nascem uns alguns,

no berço encantado de esperança!
Abra seus braços em lindas ações
para contemplar toda luz da criança

e todas as almas nas constelações...
Debruçem o perdão se é fiel a aliança
Deus perdoe e abençoe todas as criações!

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Assombro de metrô

Ainda que o assombro me cause
nas vezes em meio a multidão
eu talvez do conforto abuse,
se não dependo desta condução!

Aos milhões diariamente vai cheio,
se empurra na muvuca de sempre
desta falta de educação receio...
com bolsa ou algo que eu compre,

se em meio a multidão vá furtivo
neste meio sem nenhuma condição
haja visto um ladrão e seu motivo...

que Deus me livre o pensamento
se houver por acaso um arrastão!
Cruz e credo! Deus dê o livramento!

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Fios que tecem

Meus cabelos quando crescem
Às vezes, no corte da mudança,
Outras vezes ao vento balança,
Outras, linhas de fios que tecem!

Gosto deles de qualquer jeito
Se assentado no liso perfeito,
Ou ao acaso com friz, eletrizado.
Não gosto deles todo chapado!

Fica com aspecto de lambido
Do tipo de cuspe de boi babado
Prefiro do jeito que ele nasceu!

Afinal o cabelo é todo meu
Se ele te causa desagrado
Vá fazer chapinha no seu!

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Ócio criativo

I

Do ócio das vagas horas
Um conceito de aprumo
Concedeu ás memórias
Seguir algum novo rumo!

O apreço logo se fez belo
D'alguma coisa de efeito
Elaborar sem preconceito
Artefatos ou um castelo!

Sei lá desta tua habilidade
Mas, sei dizer de um fazer
Este da minha capacidade,

Não é convencimento o tal,
Fazer do afinco de querer
Deste jeito sem ser metal!

II

É um autodidatismo o ato
Que se descobre na ação,
Ficar só no ver, é papo...
É preciso fazer co'a mão!

É nisso que reside o sentir
O de se colocar no lugar
Daquele que prega o provir,
Que devemos progredir!

Meu convite de aceno real
É para toda alma sem idade
Á descobrir um novo ideal!

Cá dizer aos nossos neurônios,
Que a nossa criatividade
Espanta até, maus agouros!

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Deus está sempre contigo

Respire tão profundamente
para que sinta o ar na mente
e em todo o corpo seu,
depois conecte com Deus!

Deixe que o silêncio te invada,
sinta a paz e não pense em nada...
A paz de Deus flui em você,
e a serenidade se manifesta!

O seu coração está tranquilo,
a emoção flui em equilíbrio
teus sofrimentos não mais existem!

Deus te ama e é seu amigo,
a sua serenidade agora é agradecer
pois, Deus está sempre contigo!

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Cio da alma

Quantas linguagens existem
Quantas leituras fazem
Quanto o silêncio diz
Quantos poemas já fiz?

Não sei se é preciso contar
Porque o que importa a mim
É a resposta que tenho a dar
Á Deus que destinou meu fim!

Se mil vezes poemas crio,
Sem muito que preocupar
Deve existir alma no cio!

Ou eles descem lá do luar
Pois, não sinto gelido frio
Se na noite mergulho no mar!

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Rastro cívico

O que se cria num toque se amplia
No novo a coisa, passa á outra valia
De repente tem ela uma outra função
A coisa é mesmo o criar da interação!

Olha para a coisa feita e depois imita
Não fora assim o ser de um eremita?
Ao encontrar- se no distanciamento,
Os primeiros a fazer do pensamento,

Uma forma de meditação a ser seguido?
Eureca! Quando algo descobria Ludovico
Não servira de ideia no fazer de um penico?

Até mesmo a estrela que foi fazer fuxico
Deixou no caminho um rastro cívico
Que humano desenhar o crucifixo?

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Olhar de japa

À este olhar de japa
Nada do intento escapa
Ela vê o fim escondido
No íntimo mais profundo!

Não tente moldar intenção
Com dizeres de reticências
E seus status sem razão
À provocar maledicências!

Meu olhar é sincero e puro
Assim também é meu ato
O mal não gosto e não aturo!

Se minha amizade quer de fato
Não se traia a ser imaturo
Pois, decifro qualquer intento!

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Arre! Minha gente

Na nervura branca da ressalva
Surgira a flor mais pura e alva
Entre o verde louro sobressai
Até que a tinta desbota e sai!

Enquanto isso na menuta
Da admoestadora conduta
Os pincéis vão no deslize;
No movimento fazer reprise!

Outra vez a treinar de novo
O letreiro deixo lá no poste
A mercê, por conta do povo!

Já que o campo é faroeste
Há luta até na casca do ovo
Arre! Luta boba, minha gente!

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Resgate

As missões fizeram lições e desbravamento
Na história está contada e não se pode negar!
E uma coisa acenta - me trigueiro um espanto:
- Onde se perdeu a história do padre a explorar?

Se tudo tem uma razão, veja só o que vou contar:
- O Padre José de Anchieta e os jesuítas por cá,
Fundaram Itaquaquecetuba, á faciltar, diz Itaquá
Mas, na cidade nunca do padre se ouviu falar!

Que povo sem memória e sem conhecimento!
Por que não há levante, um grande monumento
Alguma coisa que lembre a relevância histórica?

Deixaram a mediocridade fazer a destruição
Mas, ao meu ver tem um jeito e uma salvação:
Alça do historico de tudo faz a cidade turística!

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Ousadia

A pintura é uma escrita na tela
Onde contorno minha ousadia
Para passar a hora com alegria
Esquecendo qualquer mazela!

Oxalá, pudesse alguém dizer:
- Para que serve esta pintura?
Queria poder tudo responder,
Contudo, prefiro a compostura!

A resposta de mim, já tenho
Não tenho que provar nada
Neste simples eu que componho!

E assim sendo, é sempre bom
Descobrir - se nesta caminhada,
Talvez em mim, mais um dom!

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Perambulando no verso

O que não se inventa, não existe,
Assim a coragem faz a ousadia!
Inventos até de estranha moradia,
N'alguma arquitetura persistente!

Retortos esparsados deste edifício,
Plange o concreto fazer sacrifício!
Á saquear atenção de quem passa,
Ao comum, a estrutura ultrapassa!

Então no ápice do meu argumento
Com o espanto pelo lado de dentro
Na construção versar pensamento,

Que também tem um jeito bêbado!
A minha alma no próprio encontro,
Perambulo no verso sem segredo!

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Tom de tese

O tom da cor da folhagem
Desperta-me coisa mística,
O mistério de uma imagem,
Não funesta, mas artística!

Ao pensar no aspecto da cor
O que faz uma pigmentação
No vasto de toda a criação
A luz do dia ou a lua do amor?

Seria minha ingenuidade até
Pensar apenas na fotossíntese
Ou pensar na natureza com fé!

Por certo, os bichos na síntese
Também tem mistério até no pé
E gente também no tom da tese!

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Esplendor de Deus

Cladonota inflatus seu nome,
Bicho estranho, meio esquito
Pareceu-me...rubra lhe repito:
O órgão orgulho do homem!

Onde foi reportar-me atenção
Ri de mim nesta descoberta,
Não resisti fazer comparação
Compor poema nesta escrita!

Deste jeito sei da existência
Onde de tudo Deus é criador
Atenho-me mais consciência,

Das existências fenômenicas
Em que tudo é Deus esplendor
Sem fios de ciências eletrônicas!

Inserida por marialu_t_snishimura

Brasil querido

Brasil, meu Brasil brasileiro eu canto
Meu hino na inocência de um sonho,
Minha ingênua alegria e esperança,
Trago neste meu jeito de uma criança!

O nosso povo já foi guerreiro e heróico,
Hoje meu lamento num brado retumba
Evoca no peito um sentido adormecido,
Enquanto perco - me nesta penumbra!

Mas, de certo ainda meu amor eterno
À Pátria amanda é imenso e tão vívido,
Posto a cantar no meu coração fraterno!

Flâmulo minha bandeira em sentido,
Mesmo que pareça apenas engano,
Meu país eu amo e o tenho querido!

Inserida por marialu_t_snishimura