Soneto da Saudade

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O eco da notícia

Olhem, olhem a notícia no jornal!
Ela é polêmica, má e ordinária;
Vejam! A notícia nacional!
Vejam, leiam é extraordinária!

A notícia esplanada toda,
espalhada feito folha no vento,
o povo no olho se farta da danada
e a notícia corre o cumprimento...

No intento declarante mais alerta:
- Perigo, cuidado! Não caia, caia,
caia, caia, no eco o tudo desperta!

De repente restou no eco: - Caia!
O eco para, parada caia e atenta..
- ...aia caia! Atenta a aia, o caia!

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A força da luz

Tudo, tudo mais que o tudo do tudo
vai indo, indo e vou vendo o tempo,
tempo de tudo no meu indo e indo,
de repente tudo para no céu límpido!

Tanto, mais tanto azul e mais azul,
lindo, o mais lindo azul celeste,
encobre a terra do norte ao sul
e no centro uma luz transparente!

A luz tão forte, mas tão forte e forte
mas, doce, serena, toca- me e sinto...
Sinto, sinto a luz, a luz puramente!

É assim na força que a luz emana,
que sinto - me composta e triunfante,
é assim que sou eu vida humana!

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Somente poemas

Somente poemas eu quero aqui,
poemas e mais poemas, apenas;
poemas aqui, poemas por aí,aí,
aí poemas, perto de ti poemas,

perto de mim muitos poemas,
traga poemas de todos os tipos,
que seja seus próprios poemas,
poemas belos e bem bonitos...

-Bonitos? De alguma forma bonito!
Os poemas são canções, músicas.
Em poemas e canções eu acredito,

acredito, acredito e acredito, é isso,
é isso, isso, é isso mesmo repito!
Poemas apenas, nada mais além disso!

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Princesa neutra

Por onde quer que alcance o olhar
À observar milhões de pintinhas
piscando para todo o céu iluminar,
as estrelas brilham quietinhas!

Se por um acaso a lua vier interromper
recobrarei as estrelas sem esconder.
A lua irá ficar ali a meu lado na dela,
mas, saberá que a estrela, que é bela!

Uma a uma brilha sem ofuscar a outra
formando uma grande constelação!
Nenhuma não brilha egoísta do contra.

Estivera eu por conta da imaginação...
do pequeno príncipe, a princesa neutra;
do seu pequeno grande mundo, a ilusão!

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Recordação

No que pode assentar a lembrança
De tudo o quanto a experiência faz
Ao que prove para si, ser capaz
Reside o crescer de uma criança!

Depois, eis que vem a adolescência
Em que o espreitar esta na esperança
Do futuro de paz, amor e ciência
No anseio da harmonia e da bonança!

Se faz única cada expectativa
No qual cada um tem seu viver
Naquilo que a teu olhar cativa!

Assim se desperta o merecer
Cada um na sua imagem atrativa
Posto a crescer, recordar e viver!

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A contracifra

Na contracifra de um ser
Que escrita tem cada um?
Na minha alma queria ver
Os olhos de um mutum!

Pusera contice no vento
Deleitou seu pensamento
O auça andando pra traz
Feito gente que mal faz!

Bem - querente tem a flor
Tem o raio do sol radiante
E a sinceridade do amor!

Qualquer intento do mal
Repudiais fervorosamente
Dissipais o demônio com sal!

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O prólogo da ceia

Quando a terra imponderada se fez
O elemento da matéria se compôs
No triscar da pedra o mito do camponês
Que por certo no talo seco, fogo pôs!

Com o fogo tudo transformou!
Uma pedra também do alto rolou
E logo dotou-se á mera percepção,
Descobrindo o homem sua razão!

Se a chama a pedra continha
O que existiria no aquecer da areia?
Ou no cálculo de uma continha?

Ao atentar para o sangue da veia
Descobriu-se na nudez que tinha...
Feito aí o prólogo da primeira ceia!

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A felicidade interna

Vou tentar um poema engraçado
Para dar de presente a um amigo
Que põe o humor no seu calçado
Ou tenta fazer da lua seu abrigo!

Contudo, tudo o quanto consegue,
É ir ali onde a horta faz convite
Daí colhe repolho, batata e segue,
Come tudo e se farta com apetite!

Depois disso a felicidade aperece
No bom senso ele tenta o drible,
Porém, o inevitável acontece:

- A felicidade interna sai no puum...
A alegria é pra ele algo incomum
E a sequência prossegue: pum, pum!

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O novo déu

Déu do cum-quibus
Buscaram os urubus
Co'a caça na mata
Balburdiava a floresta!

-Isso lá é campanha?
Resmungou o sabiá!
-Para! Só acompanha!
Interveio o velho preá!

Temos que escolher?
Perguntou o coelho!
Temos! É um dever!

O urubu pressionando:
- O dever é um direito!
Acabou se gabando!

II

E daí que na floresta
Depois de toda a festa
Veio a torta do repolho
Trazido pelo boi caolho!

Eita! Que tudo tinha gosto
Dos prazeres dos deuses
Fartaram-se todos eles,
Depois viera o desgosto:

- C'o pum a atmosfera poluíram!
Passou a chover reclamação!
Até greve, os bichos fizeram.

Só que depois de toda confusão
Esqueceram do que reclamaram
Estavam prontos para nova eleição!

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Perigeu em órbita

Perigeu meu cosmo em órbita
Entre os períscios, projeto de luz
Hastilho as estrelas que reluz
No faetone de uma reta!

Meu giro certo feito falena
Pouso no céu faisqueira
E na terra todo o bem conjuro
Sem rasto de mal ratinheiro!

Sou ninféia de dons celestiais
Em fradice ensina os frades
Eu não tenho mais que ais!

Dado que, conto meu passo
Que contérmina não se escondes
Á ser livre e conter-me no espaço!

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Vão do nada

Abre a cortina e expia tua liberdade;
Voe por onde possa sentir- te pleno
Nada é tão urgente quanto fazer - te
É tão mais prudente sentir-te sereno!

Não vivas ansiosamente pelo futuro
Nem tenteis resgatar-te no passado
O presente é mais que suficiente a ti,
Viva plenamente o instante no aqui!

Não apegas - te do lugar e das coisas
Nem ao monte daquilo que te afeiçoas
Aquela exigência do que dita a moda,

Dispensa está regra que incomoda,
Valoriza as pequenas coisas boas
Afinal, o tudo é o ser no vão do nada!

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Bereré

As campanhas de eleição
Não passa de ato ceráceo
Esse de promessa em vão
Que se crê apenas um nécio!

Ainda se põe fazer bereré
Não vêem que andam de ré
Ao eleger qualquer candidato
Que fala de olho no mandato!

Tudo que falam é coerente
Não é atoa que engana a gente
Mas, vou dizer uma real:

- A mudança é o ideal!
O jeito é passar o pente,
Pra fazer um Brasil diferente!

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Boca azul

A pedra mostra -me uma boca azul
A boca feito de montanhas brutas
Côncavas rochas e solitárias grutas,
Voa pássaro no céu de norte à sul!

Eu também quero voar nas alturas
Amar o infinito da glória neste vôo
Semear alegria á tudo que perdôo
Abre - me as asas sem amarguras!

Sem o mal vejo suspenso o oceano
O tudo no meu universo hei de unir
Nem que o desejo for um engano!

Farei em toda pedra um jardim florir
Atravessarei a gruta do teu desengano
E neste tudo enfim meu fim à possuir!

Inserida por marialu_t_snishimura

Alquimia humana

Lapideis em si uma pedra bruta
Recolhe de dentro seu tesouro
Redescobre - te no verde louro
Na alquimia humana da labuta!

Carregue - se d'alguma ousadia;
Aquela de querer balançar a lua
Numa corda de cipó, por garantia
Pra fazer algazarra durante o dia!

A vida não é nada mais que isso:
Uma mistura homogênea de tudo
Uma felicidade incoerente do riso,

Neste tempo humano do absurdo!
Pois, viver é ser não mais que leve
No contínuo fazer do próprio mundo!

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Formiga ligeira

A formiga na jura da mudança
Porque tinha em si esperança!
Mas, na via que corre a conversa,
No rumo se segue a controvérsia,

Perdera o rumo da trilha da escolha
Escondida ficou debaixo da folha,
Pois, já desviaram - se do caminho,
O rumo já longe do centro do ninho!

Será que não há mais salvação,
Á qualquer ponto desta trincheira?
Recolheram - se na acomodação,

Perderam - se em meio a barreira
Supostamente na euforia ou ilusão
Ficou a formiga a pensar ligeira!

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Saibam ser pais e ser filhos de verdade

Se um pai sabe ser verdadeiro,
Ser amigo e ser conselheiro!
Não importa como o filho veio
Se da geração ou do coração!

Uma vez por Deus escolhidos
Os filhos serão sempre filhos
Obstantemente, pai sempre pai
Ambos na sua missão apraz,

Para ambos a responsabilidade
Mas, há pais que só os filhos fazem
Para abandonarem sem moralidade

E filhos que não cumprem sua parte
Desonra o pai e vivem na vadiagem,
Estes não são filhos nem pais de verdade!

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Estampa

Minha relação com o tempo
Desafios em mim estampo
Fazendo minha doce pintura
Ou pelejando na dura escultura!

O resultado não tem importância
Se meu treino no tempo desfio,
Podes ser tu critico, em mim confio,
Pois tenho polido alguma elegância!

Nesta arte igual escrita faço o gosto
Aquele sentir d'alguma sensibilidade
Onde moldo e pinto talvez meu rosto!

Assim é possível fiar tranquilidade,
Desfazer qualquer tipo de desgosto,
Quiçá, a estampa da mera liberdade!

Inserida por marialu_t_snishimura

Brasão e Kamon

No vasto campo onde tudo se estende,
Observa a natureza que tudo se aprende!
Estiliza as coisas, faz na alma abertura,
Desta forma o Suzuki ou o Nishimura!

No Japão já disposto no esquema
No simbolismo a fazer sobrenome
Da origem a representação, o nome;
Os clãs em forma de um emblema!

Neste ritmo pensei aqui no Brasil
Os sobrenomes sob o céu azul anil
Tem emblema no berço de origem?

Todo fazer é imaginário da modelagem
Onde a diferença está no criar, na teima
Se brasão ou kamon, não tem problema!

Inserida por marialu_t_snishimura

Picadinho

Quando se fala da vontade e do querer
No rumo certo do que tem a afirmação
Tem o lado incerto do mal da castração
Que interrompe o caminho do seu saber!

A ideologia do mal faz a corja do ladrão
Ceifar o sonho da criança no seu crescer
Na escola a imposição se faz aborrecer
É coisa vedada sem aprumo e sem razão!

Na correnteza natural o rio tende seguir, ir
Deveria ser assim o desenvolver de gente
Mas, tem o castramento querendo impedir!

Por quê? Em cada mil apenas um se forma?
Por que tem escola de monte sem estudante?
É que, pica tudo na vã desculpa da reforma!

Inserida por marialu_t_snishimura

Ponto de vista

Em tudo o ponto de vista,
Há virgula da expectativa,
Há uma reticência e...logo...
Pode ser diálogo!

Um grande blá, blá, blá...
Eis, que o vento espalha
E tudo passa,
Feito fogo em palha!

Se contém-se é silêncio;
Muito se fala
É nécio!

Nisso tudo fico
Na perspectiva
Do belo pico!

Inserida por marialu_t_snishimura