Soneto da Saudade
Soneto Nº 3
Faraó
Acreditava que o mundo
Vivia em torno dele
Ele achava que era o equilíbrio do Cosmos
Ficava agitado por causa de um sonho
Prendia por qualquer erro ou matava
Se achava Deus
É assim que os loucos pensam
E como se eu tivesse
Sentado nesse trono, delirei
Delirei delírios místicos, de grandeza e fiquei agitado
Até um estresse do Faraó
Fazia se preocupar com o equilíbrio do universo
E eu tô aqui preocupado com o equilíbrio do verso
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Edson Felix
19/02/2021
Brazil
Soneto natural
Vivo dias felizes
Vejo pessoas infelizes,
Velejo para Marataízes.
Vislumbro os mares
Velejando ao lado dos pares,
Vangloriando a imensidão dos ares.
Vagando contemplo as aves
Vovô vigiando as saias das mulheres,
Vovó apaixonada pelo padre.
Soneto: encontro
Sinto felicidade em ver teu sorriso
Em desbravar o mundo
Na curiosidade de ter acesso
A luz do sol dourado
É um caminho sem volta
Encontrar o tesouro da vida
Onde a alegria no peito habita
E a alma se desnuda
Se encontrar no mundo
E achar o significado da tua existência
Sendo acolhido e abraçado
E que o amor se espalhe
No encontro do eu interior
E nos teus sonhos você mergulhe
@zeni.poeta
SONETO AO VALAPRAISO DE GOIÁS
Valparaíso de encanto peculiar
Que no Centro-Oeste brilha noite e dia
Bela cidade fácil de se amar
Com tamanho aconchego que se cria
Ela encantaria até certo sabiá
É berço de cultura com poesia
E o poeta é mais feliz vivendo cá
Tendo o céu enluarado em noite fria
Lugar acolhedor e bem conciso
E entre tantas Etapas se fez ninho
Da finda flor do lácio em Valparaíso
É cidade de realce entre os vizinhos
Pois no valparaisense há o sorriso
De brio por ser daqui, no qual me alinho
Soneto; decepção
Ainda lembro de você nos meus braços
Com sorriso no rosto de felicidade
Que o tempo transformou melancólicos
Pela dor que transcende a verdade
A tristeza está marcada no meu rosto
Quando olho no espelho não me vejo
E o grito trancado no meu peito
Com a alma deprimida lacrimejo
A decepção ao longo dos anos
Em conhecer a tua essência
Me faz perder noites de sonos
E que a vida preserve os sentimentos
Que autrora valeu a pena
As mágoas um dia sejam levadas pelos ventos
@zeni.poeta
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Lei 9610/98
Soneto da Felicidade
Se me veres triste, sozinho
Andando pelo caminho
Procurando explicação em lugar nenhum.
Se enganou, não era eu.
Mas se me veres a sorrir
Seja noite ou seja dia,
Esse sim sou eu.
Tentando espalhar alegria.
Em casa ou na rua, seja qual for o momento,
No primeiro encontro ou no casamento
Meu sorriso estará lá.
E o motivo da minha felicidade?
Creio que seja Você!
Ou quer motivo maior???
Soneto da Vaidade
Não finjas dentre os espelhos alegria
Nem clame realce em seu andar,
Pois enxergo seu andarilhar e sua sina,
Então deixe-se verdadeiramente vagar.
Ou siga pelo real jeito andante,
Palpavel, pois não se prega a suas crenças,
Por isso espero que tais rimas alcance,
A quem rima o real e as diferenças.
Vaidade, eu, ego; nos alimentam,
Vaidade, eu, ego; diz que existo,
Talvez por viver daquilo que aparenta,
Vaidade se faz tudo que exprimo.
Por "ser" futuro, passado, eu, outrora;
Por vez deveria viver o agora.
Nunca compreendi seu soneto incompleto,
entre tantas fontes no universo sois intensa.
entre as lagrimas mortas na imensidão.
Soneto do dia 7
Hora canta
Hora dança
Hora chora
Hora brinca
A hora passa
O tempo passa
Um tempo termina
Outro tempo inicia
A cada intervalo uma era inicia
A cada era espera alegria
Um desejo de felicidade que não termina
Pensa que a canseira é tristeza
Logo percebe que não é uma menina
Suas alegrias se iniciaram e que se lembre nesse dia
meus sonhos.
Soneto.
Nos sonhos que teço com fios de luz,
Caminhos se abrem, vastos como o céu,
Onde a esperança, qual estrela que seduz,
Brilha intensa, desenhando um véu.
Os anseios dançam, no vento a fluir,
Como folhas que abraçam o calor do sol,
E em cada suspiro, um mundo a existir,
Transcendendo as sombras, rompendo o farol.
Ah, mas não são só ecos do que virá,
São promessas tecidas em cada olhar,
Os passos firmes que o destino traz.
Na sinfonia suave da vida a soar,
Saber que, por fim, o coração se faz
Realidade, um sonho que nunca se apaz.
Soneto da Eternidade
No manto azul da noite, o sonho invade,
Trazendo a paz de estrela cintilante,
O tempo se dissolve em eterno instante,
E o coração se acalma no leito da saudade.
Na voz do vento, ouço a eternidade,
Que sussurra segredo, calmante.
Enquanto o céu desenha, radiante,
A essência pura da imortalidade.
Na vastidão do ser profundo,
Mergulho em pensamentos infinitos,
Buscando a verdade além do mundo.
Pois sei que no silêncio dos aflitos,
Há um eco de luz que nos inunda,
E torna eternos nossos gritos.
Soneto da Vida Plena
Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê, não ouve a música do ar,
quem não encontra graça em si, se apaga,
e ao amor-próprio, deixa de amar.
Morre lentamente quem se deixa escravo
do hábito, dos mesmos trajetos, fiel,
quem não muda a marca, não arrisca o novo,
ou não conversa com um estranho, cruel.
Morre lentamente quem faz da TV um guia,
quem evita a paixão e o mundo inteiro,
e prefere a certeza, a sombra fria.
Morre lentamente quem evita o mistério,
quem se queixa do destino, o tempo é traiçoeiro,
e abandona o sonho, antes de vê-lo inteiro.
Soneto de Carol Barreiros
Desejo é palavra forte:
entorpe, cativa, move.
A procura de tu, do teu beijo.
No meio dos livros, comove.
A busca, o desencontro com teu cheiro.
Nada além do mesmo, tua ausência.
Nenhuma palavra substitui teu beijo.
E a solidão matando a paciência.
Meu corpo, invisível, sem cheiro.
É a ausência que maltrata.
A memoria inexistente, teu beijo.
O calafrio do encontro, desejo.
Tua boca tocando minha alma.
A razao de tudo,teu beijo, acalma.
Soneto da Arte Divina
Música e poesia são cartas celestiais,
Psicografadas da energia ao redor,
Em cada nota, em cada verso, a dor ou amor,
Tradução sublime de contos imortais.
A arte é o canal, o elo consagrado,
Que conecta o divino ao ser encarnado,
No sopro do vento, nas ondas do mar,
Vozes ocultas começam a ditar.
É o eco do universo, o grito velado,
Que ressoa na mente, como um doce amparo.
Assim, o invisível toma forma e cor,
Unindo o céu e a terra em puro esplendor
O tempo Sonêto
O tempo passando por mim
o que fazer? vou viver,
no silêncio da noite sem fim.
na penumbra do meu triste ser.
De volta aos tempos vividos,
Que de longe vaguejo no passado,
Que vivi deveras,não foram perdidos,
Valeu,os amores que trago guardado.
Jornada longa,curta pela rapidez,
Em que os anos nos impõe o castigo,
De só viver aqui só uma vez.
Adormeço, e esqueço a lembrança,
foge,um pouco ainda respiro,
vivo a incerteza do que será? e o tempo nos alcança.
Soneto de esperança
Quando pego a caneta pela mão
E eu risco a esmo em um livro de poesia
Não sei que pensamento me alucina
Rabisco inconsciente “Amadeus”. Não!
Recuso a ti em mente, se te recuso
E volto ao meu recluso pensamento
Mais grita e se expande o sentimento
Já me vejo diante do teu vulto.
Balanço as mãos ao vento e só me admira
Que esteja em frente a mim sempre mais nítido
No espelho do banheiro em que me via
Amadeus não é o amor de uma vida
É um consolo para um semblante aflito
A espargir água santa na cortina.
AMOR ERRADO
(soneto)
Na verdade não eras quem pensei,
Talvez um erro a mais na minha vida,
Um erro que não quis! Porque me dei?!
Mal chegaste já estavas de partida...
Hei-de lembrar que nem te despediste...
Que acabou o que não chegou a começar...
Porque vieste? E porque partiste?!
Deixaste-me só, a um canto, a penar!
Mas ouve amor fechado, vento agreste,
Mar bravo que não tolero mas desejo,
Do meu amor por ti, nada soubeste!
Adeus Amor Errado! Silêncio frio!
Corpo que não toco, olhos qu'inda vejo
Nas margens indiferentes do vazio!
P.S./ Dedicado a alguém que já não importa referir. Ficam os versos.
- PUNHADO DE CINZA -
soneto
Eu sou o punhado de cinza esparso ao vento
que a longitude da vida abandonou
na brancura terna, plácida do tempo,
quando o teu amor tristemente me deixou!
E quantas lágrimas em meus olhos por fim!
Ninguém mas viu brotar dentro do peito
e ninguém as viu cair dentro de mim,
afogado no silêncio do meu leito ...
Trago uma sombra profunda em meus olhos,
um vulto, uma noite, um triste entardecer,
vago e manso, que muito me põe a padecer!
Há gritos no meu corpo, tantos, tantos molhos ...
É quando a tua imagem vem poisar sobre mim
e tantas lágrimas em meus olhos por fim!
- À Mesa -
soneto
Na Solidão da mesa dos meus sonhos
há um hoje tão diferente que pensei viver,
ausência de ternura, d'olhares risonhos,
só há amargura e desejo de morrer!
Há mesa do que sou não há nada do que fui
e a quietude do nada que acontece é fria,
da dor à melancolia, tudo me possui,
tantas vezes que o disseste e eu não via!
Agora é tarde! Não me tenho nem a ti!
E o que tenho afinal não vale nada
porque afinal do teu amor me perdi.
Estou sentado à mesa com a solidão
e na penumbra dos meus olhos consagrada
vou bebendo do meu próprio coração ...
Soneto para Sua Majestade a Rainha Isabel II de Inglaterra aquando da morte do Principe Philipe.
- O NOSSO AMOR -
Quando o nosso amor já não for o que foi outrora
lembra-te que as cinzas que de nós ficaram
são apenas pó, silêncio, o fim de tantas horas
que as horas da nossa história não marcaram!
Porém verás que serei o que sempre fui pra ti!
O mesmo olhar, a mesma Alma, sempre teu,
nada em mim mudou, além de já não estar aqui,
e de sofrer, sentindo que pra nós tudo morreu!
Adeus! Palavra que me corta o paladar
que me toca no silêncio e na quietude
junto às praias do cansaço, frente ao mar.
Tantas voltas dei ao mundo, foi em vão,
eu nunca encontrei a tua juventude
noutros olhos, nem o toque que tinha a
tua mão ...