Soneto da Saudade
SONETO N° 5
Meu amor, minha querida
Você fez de mim uma nova vida
Uma alma inculpe
Você fez uma coisa boa!
Os meus passos agora são perfeitos
Meus pensamentos estão limpos
O meu coração é um rubi lapidado
Minha boca produz bons frutos
Da solidão se fez um paraíso
Na solitude orações e vigílias
Meu coração está desfalecendo de amor
De mãos dadas pela eternidade
Você é tudo o que preciso
Tua companhia é só o que eu quero ter
EM: 01/10/2021 | P. DO SUL - RJ
SONETO N° 6
Quando a gente faz amor
Para alcançar o sentimento
Eu fecho os olhos
Galopamos por uma longa estrada
Contemplo todo o teu corpo
Com a minha boca
É fácil dizer que eu te amo
E eu transbordo de tanto prazer
Todo o gesto é um sinal de amor
A sua voz tão calma
A me pedir
Tuas lindas mãos me tocam
E eu falo bem baixinho no seu ouvido
Sussurros de amor
EM: 01/10/2021 | P. DO SUL - RJ
SONETO ÀS MÃES
O coração de mãe é obra prima
Ele que pela dor e amor caminha
E que, de tudo, põe o filho acima
Mãe que batalha às vezes sozinha
De tão única, mãe não possui rima
Porque ela é singular como uma rainha
É quem dá bronca e logo depois mima
E de fato a melhor mãe é a minha
Mãe é ríspida e meiga como a rosa
Pois o humor de mãe sempre se alterna
E mesmo quando briga é formosa
Mãe é cúmplice em ótima baderna
É exagero de amor que não se dosa
Cujo defeito é não ser eterna
Soneto: noites escuras
Em noites escuras eu clamo
Meu pensamento flutua sem destino
Sinto a tua companhia como bálsamo
Na madrugada quando perco o sono
E vivo em forma de pesadelo
O passado que ficou tão presente
Que minha memória não anula
O amor que em mim cravaste
Nas noites intermináveis eu rogo
Que amanheça bem rápido e urgente
Para eu sair logo do vazio do âmago
Para o raio de sol cravar minha pele
E a alegria tomar conta de mim
E a desilusão por hora não se instale
@zeni.poeta
'SONETO DE UM GRANDE AMOR'
Um dia pedi a Deus,
Você para mim, e vi
o brilho nos olhos teus
Ao declarar me para ti,
Tu és um sentimento
Sem nenhuma explicação,
és a voz do meu silêncio
Numa louca paixão.
Que posso dizer eu
Desse amor sem fim ?
Se teu amor não é meu
Mas vives dentro de mim ?
Tu fostes para mim meu tudo e meu nada
Meus sonhos coloridos
Dos meus contos de fada !
Me afoguei nesses louco amor,
e até a morte te amarei
Com intensidade, fidelidade e fervor !
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei - 9.610/98
Soneto: Esperança
O vento batendo na porta
Sem compostura nenhuma
É o eco dos sentimentos
É tudo que você tanto guarda
Palavras, dores e angústias
É entulho no caminho
Às vezes temos que falar
Se livrar do que pesa
O vento sopra com jeito
A voz é engolida a seco
E as angústias saltam do peito
Eco da dona vida
Nada acontece sem fé
Rega pra ser florida
Autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 25/05/2022 às 18:20 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
Meu quinto soneto
O Sorriso
É um ato de amor;
É uma demonstração de felicidade;
Ás vezes discreto;
Ás vezes exagerado;
É uma gargalhada;
É a moça com o aparelho nos dentes;
É um fingimento,descontente;
É a extravagância do banguelo;
É a inocência de uma criança;
É a queda de um distraído;
É aquilo que estava preso na Garganta;
Ás vezes não é vingança;
É derrubar quem um dia te machucou;
É surgir do nada.Solto, livre e sincero.
poeta Adailton
O Silêncio
Meu sexto Soneto
É verbo no imperativo;
É calar mesmo sentindo a dor;
É o pedido do professor;
É a mais dolorosa resposta para um bom entendedor;
É expressar com um olhar tudo o que sente no coração;
É o momento de oração;
É falar com Jesus;
É suportar o peso da cruz;
É o grito no deserto;
É não dizer aquilo que não vale a pena;
É a noite na cidade em quarentena;
É o porquê que muitos não podem compreender.
E outros não merecem saber.
É,ás vezes, a responsabilidade do que dizemos.
poeta Adailton
Soneto
Meu pai era um homem feliz
Ele nunca precisou de riqueza para viver.
Ele nunca estudou, mas era educado.
Criou a sua família trabalhando no roçado.
Nunca reclamou de nada mesmo no "cabo da enxada."
Tinha Paciência de Jó.
Era homem de uma palavra só.
Ás vezes fingia não ouvir para não discutir.
Gostava de achar graça.
Bebia "as suas cachaças".
Não mexia com ninguém
Aos filhos queria muito bem.
Lutava pela nossa felicidade.
Lembro-me com saudade.
A sua partida era esperada
A doença o venceu.
poeta Adailton
SONETO DOS FINADOS
Dia dos mortos, túmulos... Finados!
Dois de novembro, fé, um ritual.
Almas no céu? Inferno? Funeral.
Cemitérios, os corpos enterrados.
Covas, ossadas, pó... desencarnados!
Orações, rezas... Um tempo no umbral.
Lamentações, espírito imortal...
Mortes, óbitos, ciclos acabados.
Desafinados, só boas lembranças?
Ó sumida pessoa falecida,
Aos teus filhos deixaste uma herança?
Fecha caixão, velório, despedida.
Anos se vão... A única esperança:
Reencontrá-los no além, fim da vida.
Soneto do primogênito
Sua pele clara
suave e macia
seus olhos castanhos marcantes
feito a luz do dia.
Você trouxe a doçura
dos meus antepassados,
a virtude dos bons meninos
e a beleza dos ferozes felinos.
Teu sorriso é a reluzente e fria aurora,
que em minha vida,
é o amor de outrora,
de antes, de sempre e de agora.
Soneto da paixão recente
É felicidade plena,
senti logo de início,
por ti, todo sacrifício,
se torna coisa pequena...
Você faz valer a pena,
tudo... Qualquer artifício,
mesmo sendo malefício,
ou qualquer insensatez terrena.
Por ti faço o que for...
Afim de que resolva,
abrigar-me em teu calor.
Vem... Me leve, me envolva...
Inebria-me com teu amor,
e nunca mais me devolva!
Soneto de realidade
Outra vez uma história mal contada...
E acada frágil argumentolançado,
quebro, como umvaso despedaçado,
retrato da minha alma machucada...
A decepção bruscamente instaurada...
O afeto assim se fez, menosprezado,
a confiança, este bem tão estimado,
destruída, implodida; reduzida a nada...
Humilhado, sem ter tidoo ônus de errar,
iludido, perdido no limbo desse ínterim,
até sentir o açoite da traição aestalar...
Respiro consternado, perante o fim,
quizera eu, apenas a utopia de amar,
sem que fosse usado isso, contra mim.
Sonho e Desejo ( Soneto)
Despir-se o corpo e afoguear
Encolerizar-se pelo coração que bate arfante;
desejos desse instante!
Sonhar com natureza as estrelas e o mar;
Álacre o clarão do luar!
O sal deixar o mar,
Buracos negros e as estrelas se dissiparem
Da natureza o verde desarvorar,
O fogo do corpo e do sol e apagarem.
O mal desaparecer,
Da prisão domiciliar sair
O clarão da vida reaparecer,
Deixe-me contemplar,
Antes de me despedir,
Quão lindo o verde de seu olhar.
Soneto Vida
O grande mistério da vida
Com toda a docilidade
Uma conduta mais atrevida
Nos oferece a crueldade;
A criança alegria e liberdade,
Juventude um encanto e doçura,
Nos brinda com amargura
A sua tão fragilidade,
Ensina - nos a ser forte,
Entendemos que não é sorte,
A felicidade com trabalho merecido;
Dores aprendemos a suportar.
A velhice o amargo esperar,
Num canto talvez esquecido.
Set/01/10
Missias
SONETO DE INFIDELIDADE
De tudo, a quem me queira, retirarei acalento,
Antes, e com tal gelo, e sempre e tanto
Que mesmo em face do menor encanto,
Dele se esvaia o meu pensamento
Quero esquecê-lo em cada vão momento
E com desprezo, espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar seu pranto
Ainda que ele esteja em sofrimento
Assim, quando mais tarde me procures,
Quem sabe a sorte, amiga de quem joga
Quem sabe a solidão, fim de uma noite
Eu possa me dizer de quem eu "tive"
Que não seja imoral (posto que é droga)
Mas que seja finito enquanto eu não ame.
Soneto das Lágrimas e Feridas
Quando busquei afeto, em dia tão cruel,
Recebi palavras duras, frias, sem alento,
Críticas cortantes, frias como o vento,
Ferindo a alma, amargando o papel.
Coração magoado, lágrimas quentes, mãos frias,
Boa noite num visor, gelado e distante,
Em prantos queimei velas, num clamor constante,
Soluçando à lua, em noites vazias.
Calei-me para dar-te voz, cedi aos teus caprichos,
Quis fazer parte, mas só encontrei distância,
Fechei os olhos aos teus deslizes, em relutância.
Perdi-me, murchei-me, dividi-me em fragmentos,
Deixei de lado meus desejos, apaguei-me no escuro,
Enquanto eu era um vulcão, eras apenas um fósforo
Soneto da Dor e Superação
Cansado de chorar, vago por migalhas de afeto,
Ajoelhado ao destino, em prantos e rezas, eu clamei,
Queimei velas aos deuses, por teu amor implorei,
Desfiei a lua em lágrimas, num gesto incerto.
Nas estrelas lancei a dor, por teu amor,
Desfiz-me em vários eus, para teu bem-estar,
Machucado em mil, pra te engrandecer, te elevar,
Feri-me, para poupar-te, ocultando meu temor.
Sorrisos camuflando tristezas, dei-te aos montes,
Desfiz-me para ganhar teus elogios e carinho,
Deixei de ser eu, tentando ser nós, montes.
Tantas vezes oprimindo a dor, busquei ser amado,
Encontrei desprezo onde esperava abrigo,
Das cinzas renasço, em mim mesmo, reencontrado.
Soneto do Coração Ferido
Em meio às sombras, meu coração se parte,
Ecoam os gritos de um amor desfeito,
Cada lembrança crava, em mim, seu jeito,
E a dor se espalha, como fria arte.
Cicatrizes profundas, marcas que não somem,
Vozes do passado sussurram meu tormento,
Em lágrimas que vertem, meu desalento,
Revelam o silêncio que os sonhos consomem.
O peito dilacerado clama por paz,
Enquanto a saudade aperta, sem compaixão,
Sinto-me perdido, sem rumo, sem cais.
No abismo da dor, sigo a rastejar,
Sem saber se um dia haverá salvação,
Neste mar de tristeza, aprendo a lidar.
Soneto Cruel - A Ferocidade da Verdade Humana
No olhar infecto, a turba ignóbil rasteja,
Afogando-se na podridão sem rumo;
Vãos são seus gritos, seus gemidos sumo,
Na selvageria humana, onde viceja.
Riem-se a ciência e a filosofia insana,
Enquanto o mundo, em seu delírio, padece;
E a multidão ignorante se esquece
Da alma em trevas, da agonia taciturna.
Vertem-se visões de sangue e desespero,
Em vastidão de almas em decomposição;
Ecos abafados de um grito último e sincero.
Desperta, consciência, e enfrenta a provação!
Pois somente tuas chamas refulgem
Neste reino grotesco de bestas e ilusão.