Soneto da Fidelidade Shakespeare Amor
O que é que há, pois, num nome? Aquilo a que chamamos rosa, mesmo com outro nome, cheiraria igualmente bem.
Tarde demais o conheci, por fim; cedo demais, sem conhecê-lo, amei-o.
Quando a boca não consegue dizer o que o coração sente, o melhor é deixar a boca sentir o que o coração diz.
Duvides que as estrelas sejam fogo, duvides que o sol se mova, duvides que a verdade seja mentira, mas não duvides jamais de que te amo.
Se eu pudesse descrever a beleza dos teus olhos e enumerar teus atributos em épocas vindouras... diriam: o poeta mente! A Terra jamais foi acariciada por tal toque divino.
Os botões fragrantes ás vezes dão abrigo a lagartas; o amor devorador, de igual maneira, demora nos espíritos sublimes.
Amor não é amor,
se quando encontra obstáculos se altera,
ou se vacila no mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
cujo valor se ignora lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora,
seu alfange não poupa a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
antes se afirma para a eternidade.