Soneto da Espera
TEMPO EM SONETO
Se tempo é a minha fortuna, quero ir além
Ter quem, no essencial tempo para amar
Tempo nas palavras pra falar com o olhar
Tempo no tempo pra ter tempo, também...
Porém, que este tempo traga um lugar
Que se possa no tempo confiar a alguém
Tempo ao tempo que esperança contém
Criando tempo no meu vário caminhar
Se tempo é tudo que tenho, me convém
Aprecia-lo com tempo, assim, respeitar
Cada tempo que o tempo no fado detém
Então, no tempo eu ter afeto sem desdém
E cada detalhe do tempo, o bem embalar
Sem objeções e ofensas ao tempo... Amém!
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
Soneto O caminho do coração
O caminho pra chegar em meu coração
É muito simples...basta começar com olhares
E se os teus olhos, assim como os meus brilhares
Terás em meu pensamento reação
Se por mim tiver muita aspiração
E se meu sorriso espontâneo ganhares
Poderá andar comigo em muitos lugares
E quem sabe, bem de perto sentir minha respiração
Por ti e pelos momentos que passarmos juntos
Os risos provocados por tal felicidade
A espera de mais uma vez, unir em pensamentos
Mais uma vez ter a oportunidade
De mãos dadas em soluços dizer sentimentos
E andarmos...na mais completa naturalidade
Soneto Ao sorriso
Olho o sorriso esplendoroso
Teus olhos lindos de sol infindo
Como uma luz, vão espargindo
Por ser tão poderoso
E em teu regaço amoroso
Nosso amor vai fluindo
E de você eu vou fruindo
Me acalentando, dormindo
Amor meu, doce amor do meu coração
Nunca vi tamanha perfeição em teus traços
Que afeta a minha fala, e até minha respiração
E mesmo que eu esteja morrendo, caido, em pedaços
Por alguém que me dê, tanta inspiração
Se for pra morrer de amor, que seja nos teus braços
SONETO SURTO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
És meu lado perverso, escuridão,
minha parte sinistra e venenosa,
distorcida, manchada e sem perdão;
lado espinho mortal de minha rosa...
Quem azeda o poema, faz a prosa
se perder nos umbrais do coração,
quando sou natureza perigosa
numa fuga da própria perdição...
Mas meu lado melhor tem mais espaço;
não estás na magia do compasso
que me rege no tempo habitual...
Minha vida prossegue, traço planos,
em meu lado melhor morreste há anos;
és apenas um surto pontual...
UM DE JULHO (soneto)
Se sois, inverno, no cerrado se sente
De tempos frios com tal bravio vento
Que tomais a secura como elemento
E neste movimento, és inteiramente
Nuvioso,horas breves, chão sedento
Da mesma natureza, e tão diferente
Dias vão que passa no fugaz poente
Rubente o céu num encaixotamento
E desta vida em tudo ó mês valente
Sê da metade do ano, planejamento
Férias breves do docente e discente
Como do calendário és afolhamento
E teu entardecer não mais reluzente
Tudo em vós, julho, traz sentimento
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
SONETO FEROMÔNIO
Ao som da música, fecho os olhos,
nos teus braços me deixo embalar,
a volta do teu pescoço me prendo,
E meu peito encosto ao teu.
Ao teu toque sutil ao corpo meu,
sinto o feromônio em teu abraço
e o pulsar quente do teu desejo,
a tua saliva com a minha se perdem...
Fecho os olhos e sinto , ai como sinto, nossos corpos envolvendo-se numa dança sem fim... Membros alteram...!
Teu detalhe penetra fecundo
Toma posse do meu corpo sem pausa ou hesitação ....
Selvagem, sutil , pulsante a riste, o membro furioso vai e vem...
afunda-te no meu desejo ao ritmo forte instintivo da paixão
_____________Norma Baker
Soneto
O amor à alma fortalece,
É doar na sua plenitude,
Ao coração que estremece,
Desde tenra juventude.
O amor que alimenta a alma,
Vem do maior amor sagrado,
Alimenta o corpo e acalma,
O espírito e o corpo alado.
Nunca desista de ti amar,
Este é um grande segredo,
Para sua alma festejar.
Correto é viver sem medo,
E barreiras ultrapassar.
Fazer da vida um bel enredo.
"Soneto da saudade"
Ha esse meu coração tão tosco, tão pobre, não sabe os caminhos do coração , que em devaneios, suspira, ó doce agonia de não saber, ó nostalgia do que não existe e faz tanta falta, néscio sou, e tanto desconheço, no ímpeto de minha vontade procuro e não acho, arcaicos são meus desejos tão pequenos, eles são, você os vê ? Dúvida cruel é ? Então me esqueço, pra que um dia mi lembres, de que se amei, amei, naquele tempo, amei hoje, amarei sempre aquele desejo de ser feliz......
UMA TRAMA (soneto)
A trama da perda tece o vazio
com fios do sofrer trançados
numa arte com a dor casados
que não abafa o frio arrepio
Ter e perder, já estão tramados
no fado, sem nenhum extravio
mesmo que a sorte cate desvio
as intenções darão seus brados
Pratique perder no ritual e feitio
para assim adoçar os finados
alvejando o olhar no ato sombrio
Perdi, perdeu, são passados
até perder, viva sem fastio
pois elas não deixam recados...
Luciano Spagnol
06, setembro, 2016
Cerrado goiano
Soneto do Amor.
Embriaga-me esta sensação estranha
em pequenas doses de amor e euforia...
Brinda-se ao desassossego e agonia
derramados sobre a soberba da qual
me fez desnudo em covardia.
E amando assim não sou mais eu, mas
desolado como estou, sem nada dizer
tendenciosamente fico mais desconsolado.
O que o tempo fez, faz perecer, e o que fez
de mim, faz parecer que logo estou perdida-
mente apaixonado...
SONETO BREVE
Curto é o caminho que termina a vida
E nele: por do sol, luares, risos e dores
Pra no final mancheia de terra e flores
E se deixar saudade lágrima na partida
E nesta despedida, que seja sentida
Se não, que seja pelos reles valores
Afinal: - amei e tive os meus amores
Todos na forma pela alma absorvida
Senti sabores por onde pude passar
Tive traidores, mas aprendi a perdoar
Não se vive inteiro se não tiver amor
E na morte, brando quero ter o olhar
Minha fé é minha sorte, meu rezar
Neste sonho vou sonhar com o Criador!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
AMAR (soneto)
E agora! Eu quero ter paixão
E assim, poder ter um amor
Viver de amar num coração
Paixão de amor, aonde eu for
E neste encanto, ter emoção
Num doce viver, e ao dispor
Um romance de flor, de razão
Suspiros, com ar arrebatador
Então, beber de magos lábios
O afeto citado nos alfarrábios
D'Alma, que faz a gente sonhar
Para na sensatez dos sábios
Mostrar e sem ter ressábios
Que bom, é ter e poder amar!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
SONETO TRISTE
Criei um soneto tão triste
Que meu soneto chorava
Saiu triste porta afora
Entristecendo a aurora
Calou mamíferos e aves
Calou os bichos das águas
Silenciou toda tarde
Choramingando suas mágoas
Nem a noite estrelada
Do meu poema tristonho
Que triste e desconsolado
Sonhava com a namorada
Que um dia saiu sem rumo
Levando todos os sonhos
Soneto de Despedida
Que não sejam só promessas, palavras
Que seja, contudo e antes de tudo, o ato.
Que não seja o que evolui, apenas.
Mas que seja a pureza do princípio, o nato.
Que não seja o imutável, mas que não mude.
Que seja ao menos o mínimo, mas cresça.
Que não seja só mais uma paixão - que ilude
E se não for para subir, que ao menos não desça.
Se não for para sorrir, que eu chore.
Se um dia for florir, que eu regue.
Que se tiveres de partir, que eu não implore.
Se não for nos seus braços, que eu nem me aqueça
Se não for o nu e cru da verdade, que eu apenas negue.
Se não for a tua voz, e o teu beijo, que eu esqueça.
SONETO XVII
QUEM SABE LÁ NA FRENTE... QUANDO VOCÊ VIRAR UMA PESSOA PENDENTE DE SEUS PRÓPIOS SONHOS VOCÊ PODE SE ENGANAR OU ATÉ MESMO SE PERGUNTAR COMO SE INICIA OU SE FINALIZA A ORIGEM DO AMOR.
O AMOR É UMA CHAMA INIGUALÁVEL QUE VOCÊ O SENTE EM APENAS UM CONTATO, É COMO UM ARDOR DE UMA PIMENTA VOCÊ SÓ O SENTE QUANDO O ESPERIMENTA...
HOJE EM DIA SÓ DEVE SE OBSERVAR Á DUAS COISAS PROCURAR E ACHAR A PESSOA CERTA E IGNORAR TODAS AS COISAS QUE VÃO A LHE INCOMODAR EM TODA A SUA JORNADA...
SOFRER HOJE NÃO VIROU ALGO DO DIA-DIA E SIM UMA CHANCE PARA VOCÊ TENTAR SE DESCULPAR COM TODAS AS SUAS CULPAS E PERDAS, ALGO MUITO DIFÍCIL ENTRE SÍ MESMO, VIROU ALGO PESSOAL (SENTIMENTAL), (ESPECIAL), POIS HOJE NÃO SÃO TODOS QUE ASSUMEM SEUS ERROS.
“HOJE EM DIA EXISTE MAIS GENTE PARA JULGAR DO QUE PARA RECONHECER SEUS PRÓPIOS ERROS”!
ARTESÃO
Curvo-me sob a penumbra, ante a luz da lamparina,
Tateando as emoções tecendo o soneto,
Meus versos desfilam com clareza alpina,
Sentimentos que eu julgava obsoletos.
A noite me conduz sob uma bruma,
A estrofe é o meu próprio dissover-se,
Em cada verso minhalma espuma,
No rubro sangue de mim faz verter-se.
O que tenho de mim, o que já tive,
O que vivi, o que já é passado,
O que foi belo e o que já não existe...
Como um artesão componho o poema
Do que se foi, e do que em ainda vive,
Do que amei e do que fui odiado...
Soneto A Lívia Pascutti .
Quando a terra com os seus olhos risonhos
Fez cair do céu a mais bela flor
Em seu caminhar fez se puro esplendor
Enraizando em nossos corações
Graça no sorriso , alegria no viver
Vida de doação aos que podem
Na vida ter a oportunidade em conviver
Linda , Bela , Jovial , Alma de mulher jornada celestial
Vai pelo mundo espalha seu Viver
Deixa a Vida aprender em seu muito conhecer
Amada por anos antes de nascer , sua
Presença na Terra alegra o meu viver
Vamos correr pelo espaço , e descobrir
A casa das estrelas lá moram todas as que
São na terra como você , encantam as do alto
Para as de baixo ascender .
Soneto da Triste Eleição
Meu país é minha casa,
Minha gente uma nação,
Mas a derrota que me arrasa,
Vem direto ao coração.
O caráter é algo humano,
Sua base é a moral.
Escandaliza a democracia,
o poder imperial!
O seu nome vem de novo,
Em mais uma eleição,
E vem eleito pelo pobre,
Seus problemas não resolve,
O dinheiro manda e move,
O poder de uma da nação.
Soneto da Eleição
Meu país é minha casa,
Minha gente uma nação,
E a alegria nos invade,
Em uma onda de emoção.
Vejo o pobre prosperando,
De comida e esperança,
Até a escola frequentando,
O adulto e a criança.
Nem só de pão vive o povo,
Mas de sonho e pé no chão,
Em quem voto eu resolvo,
E se quiser voto de novo,
O poder sou eu quem movo,
Pois o meu nome é nação.
SONETO SEM FIM
Não há ninguém no fundo de um poço,
Quem adivinha as voltas deste mundo?
E quem já sente “a corda no pescoço”
Descobre que o poço não tem fundo.
Quem sabe a vida seja só esboço,
De tão breve que é cada segundo?
Pois há no mundo ainda o alvoroço
De um fim - e eu ainda me confundo…
Eu escondi meus “nãos” ao dizer sim,
Descobri no que a vida aqui, consiste:
Só trago o que guardei dentro de mim!
Esboço riso e torno ao olhar triste,
Minha tristeza nunca chega ao fim,
Pois o fim realmente não existe!