Soneto da Espera

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SONETO DA FAMÍLIA

Família é assim, muda só o endereço
Se complicada, simples é a tradição
No sangue é o amor, o amor é união
Mas o que mesmo conta é o apreço

No fado a certeza a favor do coração
Nos traços, esboço do fim e começo
Nos problemas, garantia no tropeço
Nas brigas, e arrelias é irmã confusão

Família em família tem direito e avesso
A emergência numa quase legislação
É nome, é sobrenome e de vital preço

Tem pai, mãe, avós, tio, primo e irmão
Tem sim, tem não, tudo nosso adereço
Distante ou próximo é sempre ocasião

Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO PRA MIM MESMO

Viva a vida, não se sinta largado
O amor no coração é muito mais
Tire a tristura, não olhe para trás
O caminho por Deus é marcado

A vida é de momentos, de sinais
Se passou, deixe lá no passado
O que derramou esta derramado
E a felicidade nos trazem os ais

Se é o sábio popular, é sagrado
Saudades são os nossos cais
De chegadas e partidas, legado

Então, as quimeras são cruciais
Encare a realidade, diga obrigado!
Pois o passo dado, não volta atrás!

Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

LÁGRIMA (soneto)

Quando meus olhos leram o cerrado
Umedeceram de lágrima ressequida
Que pagou os meus pecados da vida
E o que devo, ainda num tempo calado

Por outro lado, brada a poesia, e lida
Se não é como gastaria, é um estado
Faço todos os dias, pois me é sagrado
Nela, as lágrimas, escrevo a dor doida

Também rimam a felicidade, o meu fado
No poema misturado, n'alma repartida
Porém, cada lágrima, um sonho sonhado

De lágrima em lágrima, a poesia cumprida
A existência traduzida, o verbo anunciado
E segue, poeto, até a hora da despedida...

Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO PRUM ADEUS

Tendo a cova por último ornamento
Na incógnita lápide minha pequenez
Lembrança na lembrança, um talvez
Sob a terra o mais vil esquecimento

No redobrar dos sinos, a total nudez
Dum defunto sem data de nascimento
Um ninguém, de solidão e sofrimento
Dos que à vida, na vida foi escassez

Deixei atos em versos de sentimento
Podem até ser os tais sem a polidez
Mas, foram vozes, e não só momento

No adeus, o adeus com total lucidez
Pois se meu fado foi sem argumento
Então, pós morte, perde-se a validez...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO AO PÉ DO PEQUI

O fado ao pé do pequi, no cerrado
pôs-me a ouvir e um soneto narrar
estórias que eu não podia imaginar
e que fez da gratidão o meu agrado

Era o destino me propondo reciclar
pra me tirar do espírito aperreado
do fútil que estava acorrentado
me dando a chance doutro lugar

Sim, ai eu pude então ser evocado
qual a terra prometida, vim me achar
na eterna busca de ser encontrado

De filho pra pai, pai me vi no olhar
então na compaixão fui anunciado
e entendi o doce sentido de amar...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano
ao meu velho pai

Inserida por LucianoSpagnol

quase soneto cheio de si

ó minha amada, canto em teu louvor
como se fora nato noutras terras
mais adestradas nos bailes do amor,
em Franças, Alemanhas, Inglaterras;
canto-te assim com tal engenho e arte
que até Camões invejaria o fogo
com que me ardo, outrora degredado
entre mil musas lusas e andaluzas,
e agora regressado aos seus brasis,
ó minha ave, minha aventura
e sobretudo minha pátria amada
pra sempre idolatrada, salve, salve:
o resto é mar, silêncio ou literatura

Geraldo Carneiro
Lira dos cinqüent'anos, Relume-Dumará - Rio de Janeiro, 2002, pág. 86.
Inserida por pensador

CERRADO NUM SONETO

Bendito és tu, cerrado de cascalhos
que em tuas ramas o belo derrama
num céu imenso e cheio de drama
de exóticas flores e tortos galhos

Escancaraste a janela num monograma
dum horizonte rubro e de secos borralhos
num contraste de luz e sombra em talhos
que a admiração esculpe num panorama

Bendito sejas tu, trançado em retalhos
de relva rastejantes que no chão flama
refrescantes nascentes, e áridos atalhos

E do seu sol poete, poemas declama
ipês florescentes e avoengos carvalhos
que encenam vida, e a vida proclama...

Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DA OBSERVAÇÃO AUTÊNTICA
(para dar um jeito na falação egocêntrica)

Para o bom entendimento de certas ocorrências
deve ser preciso ficar à distância necessária
de quem tem um intento de fazer maledicências...
Ter juízo é abdicar da arrogância sectária!

Todo sectarismo atrapalha uma pesquisa imparcial,
recusa um manifesto da ponderação analítica,
tem revanchismo canalha, não prioriza o essencial
e abusa do dialeto de uma acusação inverídica.

O necessário julgamento do fato observado,
além de ser indiscutivelmente mais criterioso,
é solidário e isento de um desacato aloprado.

O bem convincente Poder da Paz é vitorioso
ao combater a falação egocêntrica
e promover a observação autêntica.

Inserida por paulomarcelobraga40

SONETO DA COMPAIXÃO
(Para quem tem feito traição)

Existe esperança para alguém readquirir aquela
forte credibilidade que outrora chegou a ter?
Uma triste desconfiança que vem destruir a bela
cumplicidade pode ir embora sem retroceder?

Quem já desconfiou algum dia permanece desconfiando
da ocorrência traiçoeira e da versão falsificada?
Quem aconselhou: "confia e esquece", estaria estimulando
uma reincidência da primeira traição praticada?

Como um ser traído deve atuar diante do impasse
causado por qualquer uma espécie de traição?
É permitido chorar bastante, mantendo a classe.

Quem assim tem chorado, sentirá sentirá compaixão
pelo que fez a criatura causadora de tanto choro.
Eis a postura consoladora para quem tem decoro.


Paulo Marcelo Braga
Belém, 17/03/2015
(01 hora 17 minutos)

Inserida por paulomarcelobraga40

SONETO DO CURSO EVOLUTIVO INSUBORNÁVEL


A pessoa incompetente imagina que avacalha
a inspiração correta e o poder que tem
toda boa gente que nem se amofina e trabalha
com a intenção honesta de viver bem.

Quem sabe manter uma necessidade verídica,
faz (com fé) o que estiver ao alcance da cidadania,
mas é incapaz de dar qualquer chance à hipocrisia,
até que se acabe o "prazer" da maldade política.

Se alguém consegue ver além da aparência externa
realmente não se ilude com imagem fugaz
de quem renegue o poder e o bem da essência eterna.

A deficiente visão da rude politicagem é capaz
de se apaixonar pelo abuso permissivo deplorável,
antes de vislumbrar o curso evolutivo insubornável.

Paulo Marcelo Braga
Belém, 16 032015
(22 horas 23 minutos)

Inserida por paulomarcelobraga40

Não era um verso
Um soneto
Um contratempo...
Não era uma partida
Uma historia,uma saudade
Quem sabe seria um sorriso
Um beijo,detalhes....
Eram simplesmente nada
Mais que momentos
Eternizados entre eu e você

Inserida por HannaLessa

Soneto a um amor perdido

Sempre tão intocável
Meu amor por ti seria
Algo de sublime existência
Um fogo que ao cego ardia.

Equivoquei-me
E em minhas decisões, falhei.
Contentei-me
Com o simples fato de sangrar.

A dor que senti
Ensinou-me a amar
Mas não o mesmo alguém.

Sempre chegará
Outra pessoa
Até o verdadeiro amor encontrar.

Inserida por biapresentacao

Soneto a quem se foi

Sinto medo
Medo que você não entenda
O porque do meu choro
Tão incessante ser.

Sei que errei
E perdão eu peço
Mas já não estás aqui
Para me perdoar.

Quero encontrar-te
Abraçar-te
E falar tudo que guardei.

Perdoa-me por minha falta de amor
Por este ardor que conservo em meu peito
Por em teu leito, ignorar-te.

Inserida por biapresentacao

Soneto III

Dor,
Arde em meu peito
E escorre pela boca
Gosto que ao fel mais amargo.

Ardor que não se sente
Nem se vê
Contraditório
Tornei-me você.

Deixei de ser quem era,
De verão à primavera,
De mim ao sofrer.

Paradoxalmente,
Estou tão preso quanto liberto
A este mundo de incertezas.

Inserida por biapresentacao

Soneto IV

Não sei o que sinto
Insisto, desisto?
Persisto.

Todo o ocorrido
Há de se esvair
Com palavras bonitas
Hei de te perdoar.

Insisto, pois em ti
Achei minha salvação
E é meu dever, salvar-te.

Persisto, pois esta fase há de passar,
a ti devo minha vida,
E à tua vida, a minha devo dar.

Inserida por biapresentacao

Soneto V

Devemos desistir dos nosso sonhos?
E se forem tão inalcançáveis?
Tão distantes, que em mil anos
Seriam pouco para conquistá-lo?

Ao contrário do que dizem,
Nem tudo vale a pena
Principalmente se a pena for forte
E a vontade fraca.

Mas, se ambos forem fortes?
Diria "talvez"?
Negaria a ti mesmo a possibilidade?

E se ambos forem fracos?
Neste caso, "talvez" não existiria
Pois fraco, somente tu serias.

Inserida por biapresentacao

Soneto do Passarinho Apaixonado

Passarinho apaixonado.
Coloca o chapéu de lado.
Enche de sonhos uma flor.
Num dia lindo de amor.

Vestiu seu belo terno colorido.
Arrumou bem o seu bico.
Queria boa impressão passar.
Para a namorada ele encantar.

Fez voos rasantes e impressionou.
Um chapéu de flor arrumou.
É para oferecer a sua bela

Pois ela será seu amor infinito.
Cantará todos os cantos mais lindos.
Quando ele pousar na janela.

Inserida por daysesene

Soneto da beleza
Avistando a terra com a lupa.
Vênus o planeta mais brilhante.
Vai fazendo sua passagem...
Vai olhando enviesado.

Um quadro vai-se pintando.
A Lua em tom acinzentado
Um corpo vai abraçando.
Um calor vai-se aproximando.

Vai encostando-se à Lua.
Vai brincando de ser duas...
Vai assim acariciando.
Vai brilhando...

Vai chegando e cochichando.
Ohhhh Lua... Só estou te bajulando.

Inserida por veramedeiros

Soneto do ser

Ter fé...
Se regenerar a cada dia.
Amar a vida.
Fazer sacrifícios.

Agradecer pela fartura necessária.
Realizar sonhos.
Falar com os anjos.
Reverenciar Deus.

Cultura ancestral.
Deixar-se no templo.
Buscar a paz.
Tomar vinho.
Comer o pão sagrado.
Perdoar...

Amar...Viver.
Conhecer a sabedoria dos anjos.
Proteger-se.

Inserida por veramedeiros

Somente,
um soneto,
para acalmar
o conceito,
que faço,
do seu jeito,
de amar.

Inserida por Carlosdaliga